quarta-feira, 21 de abril de 2010

Otimismo e realismo. Santidade na normalidade. Liberdade e santidade.

Sei que estas são palavras fortes, mas será que há outro caminho para a verdade? 
O otimismo precisa de apoio sobre a esperança num projeto seguro para a vida e não nas hipóteses. Se assim for, teríamos um caso de fantasia, de sonho irreal. 
Não se pode pensar ingenuamente de que tudo o que acontece no nosso mundo é um fruto do acaso ou de um projeto humano (já havia tantos) que irá trazer a felicidade ao homem, “livrando-o” dos vínculos com o infinito. 
A santidade não é um “bicho de sete cabeças”, mas é uma vida simplesmente n o r m a l. Apenas lembrando-se deste vínculo com o infinito e cultivando-o como preferencial e subordinando a ele as escolhas do dia-a-dia. Não é muito simples? Só isso, mesmo??? Então, por que todos dizem que tem de rezar muito, se comportar direitinho, ir à igreja e, além disso, não fazer muitas coisas gotosas...? 
Tudo aquilo, já é a consequência lógica e necessidade (vai senti-la realmente) desta opção pela vida, na busca do infinito, como valor preferencial. Se quero apenas o prazer, me satisfaço com as coisas que o proporcionam. 
É, tudo aquilo que satisfaz os sentidos, justamente chamado de sensualidade. Se quero mais que o prazer, se o levo à sério, então, busco a felicidade e procuro empregar aqueles meios que, mesmo exigentes, prometem a posse dela. 
Igualmente, se quero construir para o futuro, então, é preciso que empregue os elementos adequados, que não são submetidos a corrupção, como tudo o que é material (quanto a isso todos sabem do processo de morte que envolve todas as criaturas). 
Em soma, não é proibido isto ou aquilo. Deus quer o homem feliz. Deu lhe a liberdade plena, por isso não impede que este faça o que quiser (se Deus quisesse impedir não o conseguiria por acaso?). 
As escolhas e renúncias em vista do infinito e do domínio de si mesmo (condição para ser feliz, pois sendo escarvo, alguém pode ser feliz?) são imposições espontâneas e deliberadas de cada indivíduo. ‘Ser ou não ser, eis a pergunta’, parafraseando o célebre Shakespeare.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Vida e santidade. O sentido da vida.

Impressionante é que vivemos num país, na sua maioria, católico, mas, ao mesmo tempo, pouquíssimas pessoas se interessam pelo que é coração de fé católica: a santidade. Pelo Batismo foi implantado em nós o “germe” da santidade e deve ser cultivado. 

Mas, não só o Batismo que evoca a santidade. Já ao Povo da Primeira Aliança Deus ordenou: “Sede santos porque Eu sou santo” (Lev 11,44). Esta é uma ordem, não um conselho ou convite. E esta ordem nada perdeu de sua atualidade, a tal ponto que Jesus Cristo a reafirmou dizendo: “sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5,48). 
Tudo indica que, hoje, o problema nosso não está em discordância com este paradigma, mas consiste num conceito arcaico de santidade, que herdamos e assimilamos, sem questionar, investigar, tentar compreender... Sem dúvida, além dos condicionamentos do passado, este conceito tem sido explorado e alimentado pelos meios de comunicação e pela propaganda comercial, voltada ao lucro. 

Não é segredo que há quem tenha interesse e faz de tudo para que o homem não busque a santidade, mas que permaneça “suspenso entre o céu e a terra”, pois assim facilmente pode ser manipulado e explorado. Assim, poderá ser alimentado “só de pão” fabricado, entre outras, nas padarias do neoliberalismo moderno. 
Alguém pode dizer: exagero. E eu digo: oxalá que fosse. Como eu queria que fosse exagero mesmo. Mas, o aumento de  de pessoas dependentes dos produtos descartáveis da sociedade consumista, em que vivemos, só não assusta a quem está alienado ou envolvido seja pelo interesse e/ou lucro, seja pela dependência. 
Continuará...

domingo, 18 de abril de 2010

Amor: Eros ou Ágape? (continuação)

Continuação... 

Entre estes dois amores não existe separação clara nem contraposição, mas desenvolvimento, crescimento. O eros, é para nós o ponto de partida; a caridade, o ponto de chegada. Entre ambos existe o espaço para uma educação ao amor e ao crescimento nele. 
Vejamos o amor de um casal. No amor entre esposos, no princípio prevalece o eros, a atração, o desejo recíproco, a conquista do outro e, portanto, um certo egoísmo. Se esse amor não se esforçar por enriquecer-se, por crescer; se não cultivar a gratidão, a ternura recíproca, a capacidade de esquecer a si mesmo pelo outro e de projetar-se nos filhos, todos sabemos como acabará... 
Esta questão é importante e atual. O mundo do “espetacular” e da publicidade parece estar hoje empenhado em convencer os jovens que o amor se reduz ao eros, e o eros ao sexo. Que a vida é um devaneio no mundo onde tudo é belo, jovem, saudável; onde não existe velhice, doença, e todos podem gastar o quanto quiserem. 
Mas esta é uma grande falsidade que gera expectativas desproporcionadas, que desilude, provocando frustrações, rebelião contra a família e a sociedade, e abre com freqüência a porta à violência e crimes... 
A Palavra de Deus nos ajuda a recuperar o senso critico e a capacidade de discernimento frente às manipulações e extravios do mundo em que vivemos. Ela nos revela a verdade acerca da vida e ensina a inteligência, indispensável para desmascarar os “cavalos de Tróia”. 
Deus nos ajude que não se apague em nós a descrença no amor verdadeiro e na esperança de um futuro feliz. É preciso sonhar. E preciso construir no amor, que é a única força criativa.
 
Esta reflexão foi inspirada e tem a sua fonte na pregação do Frei Raniero Cantalamessa, franciscano capuchinho, pregador do Papa.

sábado, 17 de abril de 2010

Amor: Eros ou Ágape?

A caridade é o termo religioso que diz: amor. 
Quando a mensagem cristã do Amor, confiada por Jesus aos discípulos e seguidores, começou a ser anunciada ao mundo, o amor já tinha diversos fãs. Um deles foi o filósofo grego Platão, que escreveu sobre ele um tratado inteiro. 
O nome comum do amor era eros (daí os termos atuais erótico e erotismo). O cristianismo apontou que esse amor passional de busca e de desejo não bastava para expressar a novidade do conceito bíblico. Por isso, evitou uso do termo eros e o substituiu com o de ágape, que se traduz: 'dileção' ou 'caridade'. 
A diferença principal entre os dois amores é a seguinte. O amor de desejo, o erótico, é exclusivo; ele se realiza entre duas pessoas. A intromissão de uma terceira pessoa significaria seu final (a traição). Às vezes, até a chegada de um filho pode pôr em crise esse tipo de amor. O amor de doação, o ágape, pelo contrário, abraça todos, não exclui ninguém, nem o inimigo. 
O amor erótico, que é o enamoramento, por sua natureza, não dura muito tempo, ou dura só mudando de objeto, isto é, enamorando-se sucessivamente de várias pessoas. Quanto a caridade, São Paulo diz, o contrário, que ela “permanece”. E ainda mais, que ela permanece eternamente, inclusive depois de cessarem a fé e a esperança. 
(Amanhã continuaremos...)

sexta-feira, 16 de abril de 2010

‘’Amor Essência’’

Amor essência que brota de Deus. O conviver, a dor comungada por outros são tristezas observadas por mim. São como pessoas escravas de si próprias, não sabem o porque julgam, o porque condenam, o porque não perdoam... A essência que há nesta pessoa fica aprisionada por um intenso medo de errar, medo do desconhecido, o não saber amar traz dificuldades para a convivência... Meus olhos andam por aí, e observam seres, mas seres, não sei identificar muitas vezes o laço que os juntam, o que faz um vir e o outro ir... A morte em si leva aquelas pessoas que não conheceram a luz... Levam pessoas que cheias de esperanças tal vez colocados num lugar errado... Pessoas que não tiveram a capacidade de encontrar o bem, e esta superficialidade que encaderna o mundo, que faz com que as pessoas não abram os olhos. Eis a dor da humanidade, o amor não encontrado. 
Suh – 14-08-09
Agradeço a Suh, minha amiga virtual, por este texto, que ela mesma produziu e que realmente é bonito, sendo enriquecimento do nosso blog.
Numa fase da minha vida tentei me expressar através da poesia... Não foi a busca de um talento escondido, não. Mais que tudo, foi uma tentativa de expressão diferente, mais aberta do que as palavras do cotidiano. O que quero publicar neste post está na línea da “identidade” do blog que é a vida, cujo sinônimo é a santidade (ouvi uma vez alguém, com toda a razão, dizendo: ‘ser santo ou nada’) e, viver assim, se vive a felicidade. 

O meu viver 
Viva a vida! 
O meu viver se orienta Ao Infinito, Ao Amor Encarnado, Ferido pela morte Numa cruz. O meu viver se rejubila Porque a morte foi ferida Pelo Amor Encarnado. Ele ressuscitou! O meu viver se encoraja Para amar e sofrer, Perdoar e não desanimar Por causa do Amor Encarnado. O meu viver, bem-aventurado, espera, O Grande Encontro Com o Amor Encarnado, Atrás da porta da irmã morte... 
FN. 07/10/98

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Devo uma explicação aos visitantes por este nome do meu blog: “Ser santo para ser feliz”.

Obviamente não é uma coincidência. É um programa. Programa de vida. Possível ser realizado por qualquer pessoa, mesmo a que não seja, como eu, crente de Deus, revelado em Jesus Cristo. É o Cristo, quem continua oferecendo esta proposta a toda criatura humana (Mt 5,48), sem exceção.

Tenho a ousadia de dizer que este é o único caminho seguro que leva a felicidade. Nos posts seguidos tentaremos explanar mais amplamente e mais precisamente esta afirmação já que a felicidade (muitas vezes confundida com o prazer) é o maior sonho não realizado de muitíssimas pessoas. Enquanto isso, ele está aí... Não só um sonho, mas é uma possibilidade. Que tal fazer uma experiência? Mas, antes, nós faremos uma purificação do conceito da santidade que carrega, muitas vezes um sentido pejorativo e desmotivante. Até...

quarta-feira, 14 de abril de 2010


Este é o meu primeiro post na grande familia virtual.
Cumprimento, então, todos os BLOGGER’S.
Não tenho pretenções nem ambições de alcançar objetivo algum.
Inspirado pelo desejo de buscar (o não encontrado) e de encontrar (também aqueles que buscam) quero, apenas, me inserir nesta família específica para caminharmos juntos e nos enriquecermos com os nossos sonhos e com as experiências vividas.
Agradeço ao meu irmão, frei Fernando, da Provincia Franciscana Conventual de Brasília pelo apoio e estímulo nesta aventura. Inclusive, foi ele quem me ajudou montar este blog.
Tentarei ser fiel nas postagens e serei sinceramente grato pelas opiniões, sujestões, críticas, perguntas, dúvidas, discordâncias, enfim, pela participação neste espaço que não considero pessoal, mas... à serviço.
Ser grande

Para realizar grandes obras
não é necessário ter muitos recursos,
basta a sincera vontade e...
naturalmente, a fé.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

CREIO NA IGREJA, UNA, SANTA, CATÓLICA E APOSTÓLICA
















CREIO NA IGREJA,
UNA, SANTA, CATÓLICA E APOSTÓLICA...

A Igreja é Santa, Imaculada...
Porque Aquele que a gerou é Santo,
Infinitamente Santo...
A Igreja É e sempre Será...
Sacramento de Salvação...

Mas, atenção...
Ai daqueles que tentam trazer para dentro dela...
escândalos e podridão...
Esses jamais verão a Deus...
Esses provarão de Sua Justiça Divina...
que os lançará na ruína eterna...
No fogo do inferno que nunca se extinguirá...
Onde haverá somente choro e ranger de dentes...

Não temas pequeno rebanho...
Quem vos chamou à santidade...
vos santificará...
Pois, “Cristo amou a Igreja e se entregou por ela,
para santificá-la,
purificando-a pela água do batismo com a palavra,
para apresentá-la a si mesmo toda gloriosa,
sem mácula, sem ruga,
sem qualquer outro defeito semelhante,
mas santa e irrepreensível”. (Ef. 5,25b-27).

Por isso,
permanecei fiéis naquilo que aprendestes e crestes...
da parte do Senhor na Sua Santa Igreja...
Pois, depois da tempestade e das provações deste mundo...
Virá a calmaria dos Céus...
A eleição das almas benditas...
A glorificação dos filhos e filhas de Deus...

Portanto...
Permaneçamos firmes na fé e no amor à Igreja,
Corpo Místico do Senhor...
Porque, como diz Santo Agostinho:
“Quem não ama a Igreja não tem o Espirito Santo”.
Oremos...
“Creio na Igreja, una, santa, católica e apostólica...
Professo um só batismo para a remissão dos pecados...
E espero a ressurreição dos mortos...
e a vida do mundo que há de vir...
Amém!
...

“Que os homens nos considerem, pois, como simples operários de Cristo e administradores dos mistérios de Deus. Ora, o que se exige dos administradores é que sejam fiéis. A mim pouco se me dá ser julgado por vós ou por tribunal humano, pois nem eu me julgo a mim mesmo. De nada me acusa a consciência; contudo, nem por isso sou justificado. Meu juiz é o Senhor.

Por isso, não julgueis antes do tempo; esperai que venha o Senhor. Ele porá às claras o que se acha escondido nas trevas. Ele manifestará as intenções dos corações. Então cada um receberá de Deus o louvor que merece”. (1Cor 4,1-5).


Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.

Creative Commons License
FREI FERNANDO, VIDA, FÉ E POESIA by Frei Fernando,OFMConv. is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 2.5 Brasil License.