sexta-feira, 30 de maio de 2014

Eutanásia - um mal perverso

O termo “eutanásia” provém de dois verbos gregos “eu”, o que significa o “bem” e “thanatos”, que significa a “morte”. Temos assim: uma boa morte. Na antiguidade este termo era usado para falar da morte “serena”, sem sofrimento ou da morte boa e honrosa.
Ultimamente, a agressiva e sutil “cultura da morte”, que invade todas as áreas de vida (até mesmo a cultura e a arte) empregou o termo “eutanásia” para promover a prática de apressar a morte para eliminar o sofrimento. Na verdade, trata-se de eliminar da sociedade as pessoas portadoras das debilidades provenientes a idade ou da enfermidade, em vez de trata-las como requer a sua dignidade humana.

A respeito disso o Papa João Paulo II, diz que “torna-se cada vez mais forte a tentação da eutanásia, isto é, de apoderar-se da morte, provocando-a antes do tempo e, deste modo, pondo fim « docemente » à vida própria ou alheia. Na realidade, aquilo que poderia parecer lógico e humano, quando visto em profundidade, apresenta-se absurdo e desumano. Estamos aqui perante um dos sintomas mais alarmantes da «cultura de morte» que avança, sobretudo nas sociedades do bem-estar, caracterizadas por uma mentalidade eficientista que faz aparecer demasiadamente gravoso e insuportável o número crescente das pessoas idosas e debilitadas. Com muita frequência, estas acabam por ser isoladas da família e da sociedade, organizada quase exclusivamente sobre a base de critérios de eficiência produtiva, segundo os quais uma vida irremediavelmente incapaz não tem mais qualquer valor”1.

A eutanásia não é uma novidade e não foi inventada, recentemente, no mundo moderno. Já existia na antiguidade. Com a vinda do cristianismo o mundo foi conscientizado que a vida humana é sagrada e é um dom de Deus, portanto ninguém pode ter domínio sobre ela. Com a promoção da vida a Igreja contribuiu para a eliminação sucessiva de eutanásia da vida social.

No entanto, no século passado, os alemães, voltaram a propagar a eutanásia, como uma prática compassiva e humanitária de “ajudar morrer” àqueles que o desejarem. Logo, a eutanásia foi estendida para as crianças portadoras de doenças mentais e para os recém-nascidos, com graves problemas hereditários2.
Hoje, em vários países da Europa, começando pela Holanda (que em 2000 aprovou a lei que permite a eutanásia livre a partir de 16 anos; as crianças entre 12-16 precisam de consentimento dos pais. Cf. http://www.catolicismo.com.br/materia/materia.cfm?IDmat=40&mes=junho2001) a eutanásia é praticada com os critérios muito flexíveis i perigosos para o futuro da humanidade.

A prática da eutanásia é instrumento de um falso humanismo que promete eliminar o sofrimento e as dificuldades da vida humana. Ilude o ser humano ensinando que ele só tem direitos. Deve fazer o que lhe agrada, como que a felicidade dependesse da satisfação de todos os desejos. Deste modo promove-se uma vida que não corresponde com a realidade, pois esta, inevitavelmente, vem acompanhada pelos problemas e sofrimento.
A eutanásia não é um “direito” do homem, assim como não o é aborto. Sempre será atentado contra a vida sendo um homicídio (quando se acelera a morte por aplicação de um produto letal ou desligamento de meios que sustentam a vida) ou um suicídio (quando o próprio indivíduo deliberadamente acelera a própria morte). “Para um correto juízo moral da eutanásia, é preciso, antes de mais, defini-la claramente. Por eutanásia, em sentido verdadeiro e próprio, deve-se entender uma ação ou uma omissão que, por sua natureza e nas intenções, provoca a morte com o objetivo de eliminar o sofrimento”3. A eutanásia é moralmente inaceitável, independentemente das motivações, meios e circunstâncias.

Ao praticar a eutanásia “atinge-se, enfim, o cúmulo do arbítrio e da injustiça, quando alguns, médicos ou legisladores, se arrogam o poder de decidir quem deve viver e quem deve morrer. Aparece assim reproposta a tentação do Éden: tornar-se como Deus «conhecendo o bem e o mal» (cf. Gn 3,5). Mas, Deus é o único que tem o poder de fazer morrer e de fazer viver: «Só Eu é que dou a vida e dou a morte» (Dt 32,39; cf. 2Re 5,7; 1Sam 2,6). Ele exerce o seu poder sempre e apenas segundo um desígnio de sabedoria e amor. Quando o homem usurpa tal poder, subjugado por uma lógica insensata e egoísta, usa-o inevitavelmente para a injustiça e a morte. Assim, a vida do mais fraco é abandonada às mãos do mais forte; na sociedade, perde-se o sentido da justiça e fica minada pela raiz a confiança mútua, fundamento de qualquer relação autêntica entre as pessoas”4.

Hoje novamente é preciso conscientizar o mundo que a vida possui um valor inestimável. Ela é sagrada e tem o mesmo valor em cada criatura humana, independentemente o seu estado mental, psíquico ou físico. Ninguém, de qualquer maneira, pode atentar contra a vida, pois Deus é a sua fonte e o seu defensor. Ele é verdadeiro amigo da vida (Sb 11,26). Para ser amigo de Deus é preciso ser amigo da vida.


A eutanásia não é uma solução. A solução para o sofrimento e problemas humanos é o amor, ou seja, compaixão, misericórdia, diligência para com os doentes, idosos e agonizantes. Assim como a satisfação dos desejos não faz feliz, assim também o sofrimento não faz infeliz. Tudo depende da ótica com que se vê uma o e outra realidade (Cf. Evangelium vitae 67). Portanto, em vez de eliminar uma vida, deve-se buscar os meios adequados para humanizá-la, valorizá-la e sustentá-la - com amor.

Sejamos amigos da vida e construamos a civilização do amor pela prática da misericórdia.

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1 João Paulo II, Encíclica “Evangelium vitae”, No 64
2 Cf. Amai-vos, No 1, Ano XXXIII, pg.5
3 “Evangelium vitae”, No 65
4 “Evangelium vitae”, No 66




quarta-feira, 28 de maio de 2014

Gênero - Pseudo-dogma disfarçado

A teoria de gênero, que deve ser chamada de ideologia, prendeu atenção de várias pessoas e organizações que realmente se interessam pelo verdadeiro bem da humanidade. Desmascaram a “inofensiva” teoria e conscientizam as populações sobre os seus verdadeiros objetivos. Esta é uma resposta para o ousado avanço da ideologia, que sem mais se disfarçar pretende subjugar todas as nações, às suas teorias enlouquecidas, ou melhor dizer, demoníacas.
A ideologia em si, não possui poder nenhum, sobretudo por ser equivocada e por contrariar todos os princípios científicos. O poder possuem os governantes a quem a sociedade delegou os poderes. São eles propagadores e implantadores desta ideia nociva. Em vez de servir, tornam-se, cada vez mais, parasitos da sociedade, fingindo de cuidar dela, enquanto buscam seus próprios interesses a qualquer custo. As vezes sendo democráticos agem como autoritários totalitaristas, tanto mais quanto motivados pelos “subsídios” dos lobbys internacionais.
As recentes reações populares, em Rio e São Paulo, resfriaram um pouco estes avanços totalitaristas no Brasil, o que não deve levar a pensar que os eliminaram. Certos partidos políticos têm no “próprio sangue” o desejo do poder totalitário. É óbvio que não só no Brasil. O palco do totalitarismo disfarçado é a Europa, que define se como “modelo de democracia”. Talvez esta seja a concepção “democrática” de uma realidade totalmente oposta.
No ano 1999, na Alemanha, o governo decidiu implantar e realizar a ideia da teoria de gênero sem consultar a população e sem levar em consideração as suas reações. Somente agora, depois de tanto tempo, começaram as debates. Será que tal tipo de democracia queremos no Brasil? Parece, que melhor, não seguir este caminho.
Poder-se-ia esperar que uma sociedade pós-moderna, em nome da democracia real, deveria rejeitar todo tipo de ideologias ou dogmas que possam ter qualquer aparência de ameaça à liberdade humana. Enquanto isso, a ideologia de gênero prospera mais que nunca. A corrida atrás da liberdade, ou seja, libertinagem tornou-se um dogma que, na realidade não é sujeito a qualquer questionamento, discussão ou verificação. É um verdadeiro paradoxo.
De um lado rejeita-se qualquer tipo de imposição, do outro, submete-se a mais absurda, a do gênero, que aparentemente não agride os direitos individuais. Estas imposições são feitas arbitrariamente pelos determinados governos. Assim, como falamos do caso na Alemanha. Agora sim, iniciar-sem discussões e análises... Mas, será que aquelas decisões não causaram a sociedade danos irreparáveis?
Ora, o pão e a roupa são importantes, sem dúvida. Mas, o “pão escravo” e vestimentas “presidiárias” (a cegueira da moda), mesmo acompanhadas com umas doses de diversão, podem se tornar amargos. E será que serão suficientes para a felicidade? Melhor pensar nestas questões antes das eleições, que estão chegando. Depois, poderá ser tarde demais.
Me inspirei na reflexão, duma fonte de livre acesso. Identificação disponível, quando solicitada (FM).



quarta-feira, 21 de maio de 2014

Gênero - a batalha não acabou!

Há poucos dias nos alegramos com a vitória da vida e da família no nosso Parlamento. O Plano Nacional de Educação foi aprovado, sendo excluídas dele referências a ideologia de gênero.
As informações não foram bem precisas e só agora chegamos a saber, que aquelas vitórias, por sinal importantíssimas, aconteceram somente nas Comissões Parlamentares. Falta ainda a mais importante votação, a do Plenário da Câmara. Estava prevista para o dia 14 de maio, mas não aconteceu.

Vários deputados queriam votar o PNE, naquele dia, mas Henrique Alves (PMDB-RN), jogou definitivamente o balde de água fria dizendo que não poderia colocar a votação do PNE naquele dia por causa duas medidas provisórias que estavam esperando a votação. Justificou o legalismo regimental para adiar a deliberação do PNE, tendo em vista a necessidade do governo em ganhar tempo, e estudar meios de reparar o que os deputados petistas da Comissão Especial de Educação chamaram de "retrocesso", quando a CEE manteve o texto do Senado, rechaçando a ideologia de gênero no Plano Nacional de Educação (http://www.zenit.org/pt/articles/postergada-a-votacao-final-do-plano-nacional-de-educacao-no-brasil).
Resta-nos, agora, esperar e manter a atenção, rezando e conscientizando as pessoas, para que os inimigos da vida não encontrem novos meios regimentais (medidas provisórias, sessões de baixo quorum, etc.) para tentar derrubar o que já foi decidido pela Comissão Especial de Educação. 

sábado, 17 de maio de 2014

Católico e Maçonaria

Na postagem sobre a desobediência na Igreja escrevi que uma das formas dela é associar-se aos grupos e às organizações hostis à Igreja. Entre estas organizações encontra-se a Maçonaria e suas diversas ramificações, entre outras: Nova Ordem Mundial, Rosacruz, Lions Club, Rotary Club, Rotary Internacional, Estrela do Oriente, que também são organizações maçônicas. (http://intellectus-site.com/site2/artigos/maconaria-braco-direito-do-diabo2.htm).
O que falei naquela postagem é apenas uma parte da verdade sobre a Maçonaria. De fato pertença a uma das organizações maçônicas é ato de uma desobediência a Igreja, porque hoje é difícil imaginar que exista uma pessoa de consciência reta que não saiba qual é a posição da Igreja frente a Maçonaria. Mais provável encontrar alguém que não conhece porque se satisfaz com as informações correntes e/ou vantagens que lhe são prometidas pelos recrutadores daquelas organizações. Portanto, possuindo a ignorância vencível (que pode ser vencida se procurar a verdade) quem se associa à Maçonaria comete ato de desobediência e entra no pecado.
Não só por esta razão que um católico não pode se maçom e não pode associar-se às organizações maçônicas. A Maçonaria é uma organização altamente secreta, ateia e anticlerical, hostil e perigosa à vida cristã. Desde que se manifestou (não se sabe exatamente a data da sua fundação), no começo do século XVII, nunca foi vista pela Igreja como ambiente aceitável ou recomendado aos cristãos.
      Símbolos maçônicos
Há diversos símbolos que a Maçonaria emprega para, diversos graus e, que expressam a identificação com os fins e funções da organização e comunicação entre seus membros (não obstante aos idiomas diferentes).
As palavras de Goethe expressam a importância da simbologia nas organizações maçônicas: "O Simbolismo transforma os fenômenos visíveis em uma idéia, e a idéia em imagem, mas de tal forma que a idéia continua a agir na imagem, e permanece, contudo, inacessível; e mesmo se for expressa em todas as línguas, ela permanece inexprimível1.

Mais informações sobre os símbolos maçônicos publicaremos em breve.

      DOCUMENTOS OFICIAIS DA IGREJA SOBRE MAÇONARIA
Assim, o papa Clemente XII (In Eminenti, 28 de abril de 1738) proibiu a adesão à Maçonaria, punindo os desobediente de excomunhão (é a maior pena eclesial que existe).
O mesmo afirmaram: Papa Bento XIV, na Constituição In Eminenti (18 de maio de 1751), depois Pio VII, na “Ecclesiam a Jesu Christo” (13 de setembro de 1821), Leão XII, “Quo Gravioria Mala” (13 de março de 1825), Pio VIII, “Traditi Humilitati” (24 de maio de 1829), Carta Apostólica, Litteris Altero (25 de março de 1830).
Pio IX, na encíclica “Qui Pluribus” (09 de novembro de 1846), aqui o papa condena Maçonaria indiretamente, como quem coloca razão acima de fé e leva ao indiferentismo religioso. O mesmo Pio IX, no pronunciamento “Quibus Quantisque Malis” (20 de abril de 1849) faz a condenação expressa da Maçonaria.
Na Carta encíclica “Quanta Cura” (8 de dezembro de 1864) Papa Pio IX  fala sobre os principais erros da época e, também, da Maçonaria. No pronunciamento “Multiplices Inter” (25 de setembro de 1865) o Pio IX condena a Maçonaria e outras sociedades secretas. O mesmo faz nas duas encíclicas: “Apostolicae Sedis Moderatoni” (12 de Outubro de 1869) e a “Etsi Multa” (21 de novembro de 1873). Nesta última o Papa condena a Maçonaria, dizendo que os grupos maçônicos estão entre as “seitas” das quais “…a sinagoga de Satanás é construída…”
O Papa, na encíclica “Etsi Nos” (15 de fevereiro de 1882) chama a maçonaria de uma “seita perniciosa” em guerra com Jesus Cristo. Na encíclica “Humanum Genus” (20 de abril de 1884) o Leo XIII diz que: “Uma árvore boa não pode produzir mau fruto, nem árvore má dar bons frutos… a seita maçônica produz frutos que são perniciosos e do mais amargo sabor”.
Na Encíclica “Officio Sanctissimo” (22 de dezembro de 1887) o papa Leão XIII diz que a Maçonaria é um “contágio”, e é uma “seita das trevas”.  Encíclica “Dall’Alto Dell’Apostolico Seggio” [Do alto da sede] (15 de outubro de 1890) diz que o “programa maçônico” envolve “ódio mortal à Igreja”. Mais uma encíclica do papa Leo XII, a “Inimica Vis” (18 de dezembro de 1892). Carta encíclica “Custodi di Qualla Fede” (18 de dezembro de 1892) e Carta “Praeclara Gratulationis Publicae”  (20 de junho de 1894). Encíclica ‘Annum Ingressi’ (18 março de 1902).
No Código de Direito Canônico de 1917, no cânone 2335,  a Igreja declarou que “aqueles que se juntam a uma seita maçônica ou outras sociedades do mesmo tipo conspiram contra a Igreja ou contra as autoridades civis legítimas, estão sujeitos à excomunhão”.
O vigente Código de Direito Canônico, promulgado no ano 1983 também condena a maçonaria, no cânone 1734: “Aquele que se entra para uma associação que conspira contra a Igreja deve ser punido com justa pena; aquele que promove ou dirige tal associação, no entanto, deve ser punido com interdito”.
No mesmo período, aos 26 de Novembro de 1983, a Congregação para a Doutrina da Fé emitiu uma Declarando que afirma: “a posição negativa da Igreja sobre as associações maçônicas, portanto, permanece inalterada, uma vez que seus princípios sempre foram considerados incompatíveis com a doutrina da Igreja… os católicos inscritos em associações maçônicas estão envolvidos em pecado grave e não podem se aproximar da Santa Comunhão”.
A questão das relações entre Catolicismo e Maçonaria, com freqüência aparece, também em Anápolis, visto que muitos católicos são convidados a entrarem na Maçonaria, onde esperam desfrutar de benefícios materiais ou profissionais, sem prejuízo a sua fé. Todavia a filiação à Maçonaria é considerada pela Igreja Católica pecado grave, pois as concepções de Deus e religião são irreconciliáveis ​​com os da Igreja.
Esta é posição da Igreja. Definitiva para hoje, enquanto persistirem os atuais princípios maçônicos. Existe a INCOMPATIBILIDADE entre a Igreja e Maçonaria
Não se pode justificar pertença a Maçonaria recorrendo aos argumentos tipo: “conheço uma pessoa de dentro da Igreja..., um diácono ou um padre, ou seja, quem for que participa da Maçonaria e ainda recebe benefícios econômicos. Se, de fato, algum membro da Igreja desobedecer as resoluções referentes a Maçonaria, ipso facto, torna-se inimigo d’Ela (pelo pecado grave que rompe a Comunhão e impedimento de participar dos Sacramentos), conforme a Declaração da Santa Sé Apostólica, que publicamos a seguir. Um católico, seja qual for o seu status, só pode ser readmitido aos Sacramentos se romper efetivamente com esta organização.

Segue, na íntegra, a Declaração da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé:
“Tem-se perguntado se mudou o parecer da Igreja a respeito da Maçonaria pelo fato, que no novo Código de direito Canônico, ela não vem expressamente mencionada como no Código anterior.
Esta Sagrada Congregação quer responder que tal circunstância é devida a um redacional, seguido também quanto às outras associações igualmente não mencionadas, uma vez que estão compreendidas em categorias mais amplas.
Permanece, portanto, imutável o parecer negativo na Igreja a respeito das associações maçônicas, pois os seus princípios foram sempre considerados inconciliáveis com a doutrina da Igreja e, por isto, permanece proibida a inscrição nelas. Os fiéis que pertencem às associações maçônicas, estão em estado de pecado grave, e não podem aproximar-se da Sagrada Comunhão.
Não compete às autoridades eclesiásticas locais pronunciar-se sobre a natureza das associações maçônicas com um juízo que implique derrogação de quanto foi acima estabelecido, e isto segundo a mente de Declaração desta Santa Congregação, de 17 de fevereiro de 1981 (cf. AAS 73, 1981, pp.240s).
O Sumo Pontífice João Paulo II, durante a audiência concedida ao subscrito Cardeal Prefeito, aprovou a presente Declaração, definida em reunião ordinária desta Sagrada Congregação, e ordenou a sua publicação.
Roma, da Sede da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, 26 de novembro de 1983.
                        + Josef Card.Ratzinger                                                        + Jerônimo Hamer, OP
                                    Prefeito                                                                            Secretário

1/ Goethe (Johann Wolfgang von Goethe), pensador, cientista, poeta, romancista e teatrólogo alemão (Frankfurt am Main, Alemanha, 1749 - Weimar, Alemanha, 1832).

Leia mais sobe a maçonaria:






sábado, 10 de maio de 2014

Igreja “LIBERAL” & REBELDES

O texto seguinte é uma tradução da matéria de Dr. T.M.K., uma fonte de livre acesso. Identificação disponível, quando solicitada. Esta tradução é uma "contribuição" para o assunto da postagem anterior. Achei-a esta matéria interessante e objetiva, portanto, útil e esclarecedora para os que querem saber mais...

Nossos ouvidos invadem declarações apreensivas de paroquianos ​​de Jasienica que, por escrito, solicitaram ao Arcebispo Henryk Hoser para fechar a sua igreja paroquial, por causa do perigo real de profanação pelos desordeiros, que apoiam o rebelde padre Lemanski. A dolorosa divisão e cisma da comunidade católica neste lugar, se tornou um fato e a ferida dolorosa não só não cicatriza, mas, é aprofundada pelas pessoas de má vontade. Neste contexto, gostaria de mostrar o fenômeno de divisão numa perspectiva mais ampla e expor, tais situações como rebeldia, desobediência ou realização de ambições pessoais, numa dimensão maior, dentro da Igreja Católica.

Já estamos acostumados com as acusações frequentes à Igreja Católica e seus líderes, pelos ambientes sócio liberais da Europa Ocidental, de antiquadismo e conservadorismo. Também o Papa João Paulo II foi declarado, pelos liberais e post comunistas, como um conservador fechado. No entanto, durante o seu grande pontificado manifestaram-se, também, certos grupos de interesse que o consideravam como liberal e modernista agressivo.

Portanto, gostaria de apresentar brevemente, aos leitores do portal NaszDziennik.pl, um interessante fenômeno de movimentos cismáticos de corrente católica, a quem as iniciativas do papa João Paulo II, de buscar uma linguagem comum em busca da paz e harmonia com outros ambientes, não eram buscas de soluções inteligentes no caminho da paz, de compreensão e aproximação, mas evidências de liberalismo e modernismo do papa e da Igreja Católica após a reforma do Concílio Vaticano II.


Na convicção dos sedevacantistas ou lefebristas o pontificado de João Paulo II foi inconcordável com o espírito da verdadeira doutrina do catolicismo, identificado com a pessoa de São Pio X. Os cismáticos igualdam os erros do liberalismo e do modernismo com os ensinamentos pós-conciliares de João XXIII, Paulo VI, João Paulo I, João Paulo II, Bento XVI e Francisco, tornando-os destinatários das primeiras palavras da encíclica de Pio X, onde ele escreveu na introdução, que o objetivo dos inimigos de Deus é a destruição do reino de Jesus Cristo.

A Fraternidade Sacerdotal de São Pio X (SSPX), como ambiente que reprova ações "modernistas" dos Papas pós-conciliares foi fundada por arcebispo Marcel Lefebvre, a quem João Paulo II foi obrigado impor a pena de excomunhão. Apesar de muitos anos de esforços para criar uma plataforma de diálogo, com desobediente fundador, não se conseguiu voltar à plena comunhão. Lefebvre ordenava sacerdotes sem respeito a disciplina eclesiástica, até que ele e seus colegas (o já mencionado Fellay, Bernard Tissier e sacerdotes de Mallerais, Richard Williamson e Alfonso de Galarreta) foram declarados cismáticos no Motu Proprio «Ecclesia Dei» de 2 de Julho de 1988. Nesta carta, o Papa expressou sua profunda tristeza por causa da desobediência daqueles clérigos que se opuseram a primazia do Sucessor de Pedro.

Além de ordenar sacerdotes sem a permissão canônica os cismáticos rejeitaram diversas resoluções do Concílio Vaticano II, questionando, entre outros, o novo missal de Paulo VI, de 1970 e afrontaram a autoridade do Papa, em primeiro lugar de Paulo VI, em seguida de João Paulo II. Após a excomunhão muitos seminaristas e sacerdotes abandonaram a fraternidade, formando a Irmandade de São Pedro, acentuando assim a plena comunhão com Roma. Há muitos anos que a Santa Sé trabalha pela unidade plena da Igreja e renova tentativas de motivar a Irmandade SSPX à plena subordinação ao primado do Sucessor de Pedro. (Uma dessas tentativas foi decisão pessoal de Bento XVI para retornar à tradição da Missa em latim, que Papa apresentou no motu próprio, Summorum Pontificum, de 7 de julho de 2007).

Outro ambiente cismático são sedevacantistas, da Congregação de Maria Imaculada Rainha, que se separou da Igreja depois do Concílio Vaticano II.
Ambas as correntes acreditam que somente elas preservam o verdadeiro espírito tradicionalista de catolicismo romano, e todos os Papas conciliares e pós-conciliares, afastaram-se da verdade, optando por princípios modernistas. A principal luta ideológica acontece entre os sedevacantistas e a Irmandade de São Pio X.

Generalizando o problema, a objeção principal que deve dirigir-se a sedevacantistas, é um conclavismo1 destrutivo, enquanto a acusação relativa tanto a ultramontanos2, quanto a lefebristas é a falta de sucessão apostólica. Isto não prognostica nada de bom a ambos os movimentos cismáticos. Os sedevacantistas radicais na sua negação de todos os Papas, depois do Pio XII, já têm algumas dezenas de papas, espalhados pelo mundo afora, enquanto os moderados não possuem nenhum, considerando este fato como efeito dos pecados da Igreja.

Os lefebristas, por sua vez, ordenam seus bispos e sacerdotes, sem o consentimento da Santa Sé e, apesar de não negarem a própria essência do papado pós-conciliar, reconhecendo João Paulo II, Bento XVI e Francisco como Papas legítimos (sempre oram por eles durante a Santa Missa), não obedecem ao Papa em consequência da negação de algumas resoluções do Concílio Vaticano II.
Os lefebristas, não querendo obedecer ao Concílio, selecionam aqueles princípios que, de acordo com a ordem pré-conciliar ou conciliar, estão em consonância com o espírito da Tradição Sagrada. Desta forma, os mais altos hierarcas da FSSPX, desempenham o papel de "papas", decidindo quais regras, dogmas e ensinamentos estão corretos e quais devem ser rejeitados. Além disso, se alimentam de ataques ideológicos a Irmandade de São Pedro e a Igreja Católica.

Com outras Igrejas cristãs não mantêm contato nenhum, considerando-as como seitas não católicas, porque o único cristianismo é catolicismo. Ao mesmo, os sedevacantistas são muito mais radicais. Reconhecem o Papa João Paulo II não tanto como um herege, quanto a um apóstata, que traiu e completamente rejeitou a verdadeira fé cristã. As demais correntes cristãs consideram como seitas, cismáticos ou heréticos, dependendo das "infidelidades".

É assim, que é o orgulho, a falta de amor, a "busca de si próprio", a desobediência aos superiores causam a devastação entre os fiéis da Igreja.
Tenhamos a esperança que em Jasienica não surja uma nova igreja sob título de pe. Lemanski, porque tal perigo existe sempre, em particular no contexto em que, de acordo com alguns paroquianos de Jasiennica, a Santa Missa só é válida se for celebrada por padre rebelde. Sabemos, no entanto que o trigo onde há trigo, aparece também o joio.

Traduzido duma fonte de livre acesso. Identificação disponível, quando solicitada (FM).

Obs.: As seguintes observações 1 e 2 não constam no constam no texto original. Deliberadamente acrescentei estas informações para facilitar a leitura e a compreensão.

1/ Conclavismo - facção do tradicionalismo católico, derivado do sedevacantismo, cujos adeptos defendem que devido ao colapso da hierarquia pós-conciliar podem escolher o seu próprio papa. O conclavismo parcialmente contradiz ao sedevacantismo, porque completamente não reconhece os papas depois do Concílio Vaticano II. No senso estrito, eles não são sedevacantistas, porque defendem que a Santa Sé já não está mais vaga, ou seja, já não está em sede vacante. Mas muitas vezes são classificados como sedevacantistas porque rejeitam a atual sucessão papal da Igreja Católica, pelas mesmas razões do que os sedevacantistas
2/ Ultramontanismo – (do latim: Ultramontanus = atrás das montanhas) -corrente filosófica que postula a subordinação das políticas de igrejas católicos particulares de países diferentes à decisões do Papa. Foi criado em França no final do século XVIII e início do XIX. O próprio conceito vem da Alemanha e significa que as decisões nos assuntos da Igreja são tomadas exclusivamente em Roma, "além das montanhas". Ultramontanismo surgiu como efeito de encontro de iluminismo racional e anticlerical com emocionalismo romântico da primeira metade do século XIX. Em contato com a Revolução Francesa, com as guerras napoleônicas, tolerância religiosa, socialismo e secularismo de vida, a Igreja decidiu endurecer as regras de doutrina, dogmatizá-las e centralizar a hierarquia católica em torno de Roma. Movimento de pulso deu condenação pelo Papa Pio VI em 1791, os princípios revolucionários prevalecente na França.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Igreja & desobediência

A Igreja é uma Comunidade, uma Família unida, composta de crentes em Deus Amor e, também, um Corpo misterioso ou místico (1Cor 12,12; Cl 1,18; Ef 5,23; Rom 12,4-5).
Num corpo qualquer cada membro tem sua função própria. Cada um deve desempenhá-la bem, para harmonia e equilíbrio do corpo todo. Igualmente na Igreja. As pessoas são diferentes. Cada uma tem sua história, seus sonhos, suas tendências, enfim, sua vocação. É óbvio que, numa realidade tão vasta, com freqüência manifestam-se fenômenos de “incompatibilidade de caráteres”. Manifestam-se diversos conflitos.
E o que fazer? Fazer de tudo para manter a unidade, mesmo no meio de conflitos. A unidade na diversidade. A melhor maneira de buscar a unidade é voltar-se a harmonia no exercício das funções próprias de cada um. Assim como num corpo qualquer, cada órgão ou célula contribui para o benefício geral, quando desempenha corretamente o seu papel. Todos e cada um ficam beneficiados quando cada um cumpre bem as suas funções. Os problemas e conflitos aparecem e, se agravam, quando há falhas neste funcionamento, quando começam a brotar as “sementes da mania de grandeza”
Na Igreja não deveria ser assim (Mc 10,42-45). É óbvio. Não deveria, mas... acontece e, com frequência nada invejável. Acontece e vai acontecer sempre, porque a Igreja, mesmo sendo Santa, é ao mesmo tempo portadora das fraquezas humanas. (A Igreja é Santa, mas não por si mesma, pois só Deus é Santo. [É Santa porque é Corpo Místico de Cristo (1Cor 12,12; Cl 1,18) e o Espírito Santo habita n’Ela (1Col 3,17; 6,19; Ef 2, 21)].
Deus, que ama muito a Igreja, lhe confia a tarefa de transmitir a Boa Nova e dar testemunho dela, sobretudo com a própria vida. Infelizmente, muitas vezes esta tarefa é descumprida pelos homens da Igreja, por esta razão a Igreja de Jesus Cristo é, também, Igreja de pecadores. Comunidade de homens que se extraviam no caminho, que traem o amor, que quebram a Aliança do Batismo, que permitem o mal se propagar e até o praticam. Por isso, necessitam de perdão e de misericórdia de Deus, para serem, por sua vez, misericordiosos com os outros. Precisam de conversão contínua.

Estas considerações me parecem importantes para compreender corretamente o espírito da obediência na Igreja de Cristo. Não é uma obediência de escravos ou de soldados dum quartel. Esta é uma obediência livre e dócil, porque assumida na confiança ao Amor e a Providência Divina. Não é imposta por Deus, mas é proposta como caminho para liberdade plena, vivida por Filho do Homem (Jo 6,38).
Segundo o Catecismo da Igreja Católica (CIC) obedecer (lat. "ob-audire") na fé significa “submeter-se livremente à palavra ouvida... Desta obediência, Abraão é o modelo que a Sagrada Escritura nos propõe, e a Virgem Maria, sua mais perfeita realização” (CIC §144). 
Nesta obediência se modela a obediência de todos batizados. “Feito membro da Igreja, o batizado não pertence mais a si mesmo, mas àquele que morreu e ressuscitou por nós. Logo, é chamado a submeter-se aos outros, a servi-los na comunhão da Igreja, a ser "obediente e dócil" aos chefes da Igreja e a considerá-los com respeito e afeição. Assim como o Batismo é a fonte de responsabilidades e de deveres, o batizado também goza de direitos dentro da Igreja: de receber os sacramentos, de ser alimentado com a Palavra de Deus e de ser sustentado pelos outros auxílios espirituais da Igreja. (CIC §1269).
Se a obediência de todos os batizados é assim, a obediência dos homens da igreja (presbíteros e religiosos(as)) deve ser mais perfeita ainda. "Solícitos cooperadores da ordem episcopal, seu auxílio e instrumento, chamados para servir ao povo de Deus, os sacerdotes formam com seu Bispo um único presbitério, empenhados, porém, em diversos ofícios. Em cada comunidade local de fiéis, tornam presente de certo modo o Bispo, ao qual se associam com coração confiante e generoso. Assumem, como próprias, as funções e as solicitudes do Bispo e as exercem em seu empenho cotidiano pelos fiéis. Os presbíteros só podem exercer seu ministério na dependência do Bispo e em comunhão com ele. A promessa de obediência que fazem ao Bispo no momento da ordenação e o ósculo da paz do Bispo no fim da liturgia da ordenação significam que o bispo os considera como seus colaboradores, filhos, irmãos e amigos, e em troca eles lhe devem amor e obediência” (CIC §1567).
Um desobediente homem da Igreja (não se trata de um ato isolado, como fraqueza momentânea) é um infeliz na vida pessoal e um parasito na Comunidade Eclesial. Com tal homem ninguém pode contar, pois ele pensa só em si e nos seus próprios interesses. Como é escandaloso tal testemunho! Exteriormente faz parte da Comunidade que foi instituída para servir, no entanto, interiormente só pensa em si e serve a si mesmo. Isto é uma verdadeira escravidão, o “cativeiro do Egito” (Ex 1,1ss).
Segundo o Catecismo da Igreja Católica há uma estreita correlação entre a obediência e a liberdade. Na medida em que uma pessoa se torna livre, se empenha, cada vez mais, na pratica do bem. Ou seja, não pensa em si mesma, mas no outro a quem faz o bem. “Não há verdadeira liberdade a não ser a serviço do bem e da justiça. A escolha da desobediência e do mal é um abuso de liberdade e conduz à "escravidão do pecado" (CIC §1733).
Assim, se torna evidente a necessidade de obediência filial na Igreja. A desobediência é um mal. Atinge primeiramente a quem a pratica, mas as suas conseqüências podem ir muito longe. Basta lembrar o pecado de Adão (Gn 1,26-27) e as suas conseqüências posteriores (Gn 4), ou pecado de Davi (2Sm 11) com as conseqüências tristes.
É preciso dizer claramente que a desobediência é pecado. E, ainda, raiz de outros pecados. É a causa de desordem (Gn 3). O Catecismo diz: “O pecado ergue-se contra o amor de Deus por nós e desvia dele os nossos corações. Como o primeiro pecado, é uma desobediência, uma revolta contra Deus, por vontade de tornar-se "como deuses", conhecendo e determinando o bem e o mal (Gn 3,5). O pecado é, portanto, "amor de si mesmo até o desprezo de Deus". Por essa exaltação orgulhosa de si, o pecado é diametralmente contrário à obediência de Jesus, que realiza a salvação (CIC 1850).

“Todos os homens estão implicados no pecado de Adão. São Paulo o afirma: "Pela desobediência de um só homem, todos se tornaram pecadores" (Rom 5,19). "Como por meio de um só homem o pecado entrou no mundo e, pelo pecado, a morte, assim a morte passou para todos os homens, porque todos pecaram..." (Rom 5,12). A universalidade do pecado e da morte o Apóstolo opõe a universalidade da salvação em Cristo: "Assim como da falta de um só resultou a condenação de todos os homens, do mesmo modo, da obra de justiça de um só (a de Cristo), resultou para todos os homens justificação que traz a vida" (Rom 5,18) (CIC 402).
O espírito de materialismo, comodismo, hedonismo, também dentro da Igreja, alimenta o amor próprio e leva o homem fora de si. Encerra-o no mundo exclusivamente material, no qual busca a sua realização e felicidade. Faz com que homem sente-se centro do mundo. A vontade própria se torna único critério dos desejos e das atitudes. Tudo tem de estar às suas ordens, até mesmo Deus deve fazer “o que eu preciso”. O seu lema é: “Eu quero, eu posso, eu faço”. Obviamente, pode-se viver assim, mas deve-se levar em conta as consequências. Deus tolera a desobediência, mas o desobediente não encontrará lugar ao Seu lado (Ap 3,15-17), porque o caminho que segue é uma ilusão e vai levá-lo ao beco sem saída.
Não faltam escândalos e dramas causados pela desobediência. Sem exagero, pode-se dizer que todos os males, que o mundo e a Igreja vêm sofrendo, ao decorrer da sua longa história, têm raízes na desobediência. No mundo, o espírito de desobediência responde pelas guerras, perseguições, injustiças, fome, etc. E na Igreja, este espírito leva às cismas, heresias, divisões, violências, diversos abusos e todo tipo de escândalos. Trata-se da desobediência espiritual (ao espírito da vocação batismal ou religiosa) e da institucional (àqueles que foram instituídos chefes da Igreja).
A desobediência pode ser explícita (rebeldia em forma declarada) como descumprimento de obrigações decorrentes do ofício assumido ou votos religiosos, criação de estilos de vida sem consentimento do bispo, resistência a transferência do lugar de residência. Pode ser também implícita, mas igualmente destrutiva, vivida aparentemente como obediência correta, ou até exemplar (desobediência às Normas Litúrgicas, pastoral individualista, ausências injustificadas nos encontros de unidade eclesial, manifestações ostentativas de descontentamento, pertença aos grupos políticos e outros que negam a doutrina da Igreja ou organizações maçônicas).

As chagas causadas pelos lefebristas, sedevacantistas e outros desobedientes, até hoje fazem a Igreja sangrar e permanecer dividida. Desgastam-se energias e recursos materiais para defender as próprias ideias individualistas, em vez de se empenhar na evangelização, em comunhão com toda Igreja.
Não faltam desobedientes e rebeldes, também, em Anápolis. Alguns individualmente seguem o “caminho da salvação” (talvez queiram salvar-se da obediência) outros, juntando correligionários criam grupos de “vida perfeita de Igreja” e fazem a lavagem cerebral das pessoas de boa vontade, que sinceramente buscam a Deus, porque de nenhum outro modo poderiam atraí-las, a não ser enganando. Isto é muito grave. Tanto mais grave que revestido de santidade. A santidade verdadeira, porém, não existe onde há conflito com a Igreja.
Poder-se-ia esperar que no século XXI, pelo menos os crentes da Igreja sejam mais próximos ao Evangelho Encarnado e pregado. Como nunca antes eles têm a disposição várias conquistas e auxílios, em todas as áreas de vida, incluindo a teologia e a catequese. Têm acesso a verdade. O mundo ansiosamente espera que testemunhem o Evangelho, numa bela unidade fundamentada na obediência (Rom 8,19), a exemplo do próprio Jesus Cristo (Jo 5,30; 5,17-30). Infelizmente, ainda é longe para este sonho se concretizar. Muitas vezes acontece o contrário.
O valor de vida do cristão não consiste no lugar que ocupa na sociedade (civil ou religiosa), mas na maneira de como desempenha o seu papel, de como ele vive, submetendo-se a obediência de fé (Rom 1,5; 16,19.26) e do amor (Jo 14,15). Consiste na medida em que está ligado à “Videira” (Jo 15,1-8), na medida de sua união com a Cabeça (1Cor 12; Col 1,18;), na quantidade de vigor que anima a sua vida. São estes valores que deve buscar e promover para não ser um hipócrita e escandalizador dos inocentes (Mt 18,6-7; Lc 17, 1-2).

Oportunamente refletiremos sobre o valor de obediência cristã, madura e responsável.

Gênero derrotada! Vitoria final da batalha pela vida!


Me alegro com todos os que lutaram e lutam pela vida e pela família, ameaçadas perigosamente, entre outros, pela ideologia de “gênero”. Com a Graça de Deus e participação de muita gente de boa vontade, no dia 05 passado, o atentado contra vida, sofreu a derrota. Eis a notícia que recebemos da equipe de Citizen, que coordenava a campanha de defesa da vida:
                                                         A alegria da Família e da Vida

"Escrevo para lhe trazer uma boa notícia: ontem os brasileiros alcançaram uma importantíssima vitória em defesa da família!
A ideologia de gênero foi completamente varrida do Plano Nacional de Educação!
Após um esforço conjunto por meio dos trabalhos feitos por nossos amigos em Brasília, os quais foram reforçados pelos telefonemas e pelas campanhas feitas em CitizenGO, a família saiu vitoriosa. Não foi uma conquista qualquer, pois esta foi a primeira vez no mundo que a ideologia de gênero foi vencida numa votação tão importante!
Essa vitória também se deve ao seu apoio, à sua participação nas campanhas que fizemos e na divulgação das informações relacionadas à votação.
Ainda haverá outra etapa nessa batalha e lhe manteremos a par da situação do PNE com futuras campanhas.
Muito obrigado por sua confiança e seu esforço!
Atenciosamente,
Guilherme Ferreira e toda a equipe de CitizenGO".


Da minha parte, sinceramente agradeço a todos os que participaram deste Ato, em favor da Vida, da Família e da Educação no Brasil.

terça-feira, 6 de maio de 2014

GÊNERO: ÚLTIMA BATALHA!‏

Hoje, 06 de maio de 2014 ocorrerá a votação que pode retirar de vez as referências à ideologia de gênero no Plano Nacional de Educação (PNE). 

Se você ainda não manifestou a sua desaprovação às tentativas de escravizar a Educação Brasileira, faça o agora, enquanto ainda tem tempo, pelo link: http://www.citizengo.org/pt-pt/6808-pne-sem-ideologia-genero-ultima-batalha


Pensávamos e, já nos alegrávamos, com a vitória do bem e do bom senso, pois, há poucos dias atrás (22/04) o PNE foi aprovado sendo excluído dele o item remetente à questão da ideologia de gênero. 

Infelizmente, os adeptos da CULTURA DA MORTE acharam mais uma possibilidade para tentar legalizar esta perigosa ideologia, na base da qual seria realizada a Educação de nossas crianças e dos nossos jovens, nos próximos 10 anos. Imagine, quais seriam os efeitos depois de 10 anos de indoutrinação?


      Assim defendem a Família e Educação Brasileira os nossos representantes, na Câmara dos Deputados

O Guilerme da CitizenGO apela: Precisamos ganhar mais essa batalha em defesa da família, mas não se iluda: os que querem destruí-la não descansarão e tentarão aprovar outros projetos que tentarão inserir a ideologia de gênero em nosso sistema legal e educacional. É justamente por essa razão que estamos enviando essa campanha e provavelmente teremos de enviar outras para tentar barrar propostas semelhantes”.  

Mão na obra! Lutemos pela vida e pela Família!


Gênero, o maior um absurdo

No final do mês de abril passado a Agência de Notícias ACIdigital, informou que a Austrália reconheceu oficialmente o gênero “neutro” da sexualidade humana. “A Suprema Corte da Austrália decidiu reconhecer o gênero “neutro”; isto em resposta ao processo judicial de Norrie, um homem que depois de realizar uma mudança de sexo, disse não sentir-se homem ou mulher e por isso reclamou a criação de um novo gênero. Conforme informou a imprensa local, o tribunal decidiu de forma unânime que uma pessoa seja identificada como gênero “não específico”, quer dizer que "pode não ser nem do sexo masculino, nem do sexo feminino”. (http://www.acidigital.com/noticias/australia-reconhece-o-genero-neutro-78542).

Este não é o primeiro absurdo legislativo num país civilizado, pois tal já existe na Alemanha e no Nepal. Os cidadãos daqueles países podem colocar nos seus documentos um “X”, no espaço "sexo".

O que pensar destas atitudes? Como devem vê-las os pais, educadores, formadores de consciências? O que pensar do nosso mundo que entra no caminho muito perigoso. Chamo isto de absurdo, porque não encontro outro termo mais apropriado. É um absurdo tanto mais preocupante, que promovido e promulgado pelas pessoas consideradas estudiosas, cultas. Absurdo reconhecido (o silêncio diante destes atentados é um consentimento) pelas populações que igualmente se consideram inteligentes e formadas intelectualmente. Mas, sem ofender a ninguém, deve-se perguntar: que formação é essa? que estudo? que cultura? 

Até mesmo uma criatura humana sem estudar, mesmo a primeira serie do ensino fundamental, compreende que não existe e não existirá no nosso mundo um “fenômeno”, de ser humano “neutro”, recentemente “descoberto” pelos “cientistas”.

Sim, estou zombando desta forma de fazer a “ciência”. Isto ai, é uma evidente encomenda dos lobby’s internacionais, pois faz parte do totalitarismo do “gênero”. É a promoção corrupta da ideologia de gênero, pois muitos dos legisladores que aprovam tais leis nem sequer conhecem sentido correto dos termos empregados por esta ideologia (para veracidade desta afirmação tenho testemunhas do grupo Pró Vida, de Brasília). Se de fato é assim, então, a votações são feitas a partir do qual critério, qual princípio?

Sem dúvida, as investidas do totalitarismo de gênero são promoção de uma “nova” cultura, que na verdade é a velha cultura da morte, vencida pela Páscoa de Jesus Cristo. Esta cultura da morte renasce e, por meio dos sucessos legislativos, manifesta o seu poder destrutivo, porque sabe que, cada dia que passa se aproxima a batalha final e, que inevitavelmente se aproxima o seu fim definitivo (Ap 12,12b).

Se achares que exagero, meu amado leitor, então compare a arte e a cultura moderna com aquela “primitiva” medieval, ou anterior e posterior a ela. Aquela “primitiva” era bela, cativante, criativa porque nascia de uma vida autenticamente ancorada em Deus. O patrimônio cultural daquelas épocas nos encanta, admiramo-lo até hoje. A arte pela própria definição deve ser bela. E esta beleza é encantadora na antiga arquitetura (realizada sem recursos que hoje possuímos), na arte, música, cultura pessoal...
E hoje, com o impressionante desenvolvimento geral da humanidade, parece que a cultura em vez de progredir vai regressando de um modo desordenado. Regressamos frontalmente, em tudo que se refere a humanidade do homo sapiens. A arte moderna é muito pobre, em grande parte, para não dizer vulgar. A “criatividade da arte” moderna não é criativa, mas muitas vezes consiste em deformação de símbolos, tradições e bom senso humano. As vezes, esta “arte” é uma expressa profanação do sagrado e dos sentimentos religiosos. É mais escândalo repugnante do que uma arte. Acho que os exemplos, por serem numerosos, são dispensáveis.

Para onde se foi a beleza da arte? Da arquitetura, da música? O que está acontecendo hoje com a cultura do ser humano? Parece que a causa principal desta decadência é o vazio interior, a morte da alma humana. O coração do homem moderno tornou-se tremendamente vazio, indiferente e frio. Por isso, as expressões de tal coração, as obras que produz, são vazias, feias, ofensivas, sem comunicar a beleza verdadeira. Não comunicam estes valores, porque os seus íntimos estão vazios ou cheios de feiura.

O materialismo, consumismo, hedonismo e demais “ismos” modernos alienam o homem, o reduzem ao nível de animal irracional, a quem basta satisfazer os impulsos e necessidades vegetativas. Homem sem dúvida possui o intelecto, mas este se trona atrofiado, porque não se empenha a busca da verdade. Não quer saber que possui em si, um “elemento” imortal, que sobrevive a morte biológica. Em consequência, o considera inexistente e, portanto, mergulha totalmente no que consegue ter, sentir, ver... Enquanto isso, uma vida que desconsidera a verdade caminha em direção da morte.

Como um ser humano civilizado pode concordar que as pessoas paranoicas e portadoras de graves deficiências de personalidade, determinem o rumo e ritmo de vida de população inteira? Sejam tais pessoas o que quiserem. Estão livres. Sejam mesmo “neutras” ou até “inexistentes”! Sintam-se, se o quiserem, mesmo extraterrestres! Quem impede elas se sentirem assim? Mas, o que tem a ver isso com na sociedade inteira, com os que querem ser, simplesmente o que são pela natureza, mulheres e homens? Em nome de que pretende-se impor, a esta grande maioria da população, as fantasias paranoicas de alguns?

As leis são instituídas para sociedade toda. Devem servir a toda população, facilitar e promover a sua vida. Mas, não terrorizar! Pois legalizar quaisquer deviações e a elas submeter nação inteira é uma violência à liberdade, é um terrorismo. Os indivíduos paranoicos e confusos na sua identidade humana, não podem impor os seus caprichos e suas fantasias perturbadas ao mundo inteiro. Não podem terrorizar a sociedade que tem o direito que viver a vida de família, dentro de padrões e da hierarquia de valores recebidos dos antepassados ou assumidos como princípios das suas convicções religiosas.

A curiosidade da gente leva a perguntar como vai se vestir tal criatura humana ”neutra”? Pois não existe um “vestuário neutro”. Vai usar a roupa feminina ou masculina? Talvez uma parte de feminina e outra de masculina? Se for assim, não vai parecer uma caricatura? Bem que, no final de contas, é disso que se trata. O Inimigo eterno do homem e o Anticristo (é o mesmo) faz de tudo para deformar o ser humano, degradar, desumanizar e fazer dele uma caricatura da obra prima de Deus.

A ideologia de gênero é um absurdo. Sejamos inteligentes e com firmeza digamos NÃO ao Gênero. Manifestemos publicamente a desaprovação e repugnância ao erro difundido. Ao mesmo tempo, apoiemos a vida em todas as suas fases. Promovamos a cultura de vida em nossas atitudes e comportamentos. Jesus Cristo Ressuscitado é a prova e garantia desta vida e da sua vitória final. Aleluia!