quarta-feira, 21 de junho de 2017

Um coração como o de Jesus

A bondade verdadeira
O coração é o símbolo mais comum para expressar os sentimentos profundos dos relacionamentos interpessoais. O mesmo está presente na linguagem das religiões, para exprimir o amor do Absoluto pela criação e, sobretudo, pelos seres humanos.

Muitas vezes, sobretudo, no mundo moderno, onde cresce assustadoramente o número de pessoas carentes de amor, devido as instabilidades dos laços familiares. Tais pessoas irão imaginar o coração do outro, como quem lhes dará o que não receberam no passado. Ou seja, involuntariamente, irão reduzir um relacionamento, profundamente humano e íntimo, a satisfação das carências latentes.

Mais ainda, a mentalidade moderna, impregnada de espírito egoísta, vem cobrando de nós a “tolerância” das atitudes e comportamentos alheios, em todas as áreas de vida. Não se pode questionar. E o que pretende polêmico “Estatuto da Criança e do Adolescente”, entre outras intervenções no campo de educação ou da família? 

Em soma, não se trata, por acaso, de legitimar o consentimento para cada um fazer “o que dá vontade”, chamando isso de direito a liberdade? O problema, porém, é que para se tornar livre, todo ser humano deve receber a devida preparação. Deve ser educado para exercer a liberdade com responsabilidade. Como alguém pode imaginar ser livre, sem antes, aprender a dominar os caprichos e impulsos instintivos?

O Coração de Jesus é o modelo dos corações bons e responsáveis. “Jesus manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao Vosso” (Mt 11,29) - rezamos nas devoções ao Sagrado Coração. O Coração de Jesus estava em sintonia com o sofrimento do povo sofrido (“como ovelhas sem pastor” Mt 9,36), sem exclusão de ninguém. Até mesmo o Pilatos teve a sua chance (Jo 18,33-38).

Todo coração verdadeiramente bom, pensa no bem e procura o bem verdadeiro. Um coração da mãe quer que o filho seja gente do bem. Que abandone o caminho errado ou o mundo do crime. Não vai defender, nem justificar o mal praticado por ele. Não vai consentir ou silenciar diante do mal, pois sabe que o mal vai fazer mais mal...
Um professor bom, é aquele que leva o aluno a aprender e não aquele que pretende ser um camarada. Um cristão bom é aquele cuja presença faz a diferença num mundo de hoje, dessacralizado e descristianizado. Um cristão que pela sua retidão e fidelidade ao Caminho da Vida, torna-se sinal de contradição (Mt 5,13), como em seu tempo o foi João Batista ou Jesus de Nazaré (Lc 2,34-35; 12,49-53). Um cristão cuja vida não se tornou insossa (Mt 5,13-16) contribui para o bem verdadeiro do seu ambiente.

Celebrando o Dia do Sagrado Coração de Jesus e, no dia seguinte o Imaculado Coração de Maria (este ano será omitido), peçamos ao Bom Jesus, que nos ensine a amar sabiamente, a ter misericórdia e saber ser solidários com todos os que sofrem.


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