quinta-feira, 28 de junho de 2018

Apóstolos. São Pedro e São Paulo. Igreja. Corpo de Cristo.


Solenidade de São Pedro e São Paulo

Esta solenidade é uma das mais antigas da Igreja. É anterior, até mesmo, ao Natal de Jesus Cristo. Comemoramos juntos, estes dois apóstolos, não os igualando, mas apenas enfatizando que ambos foram co-fundadores da comunidade cristã em Roma, ambos nesta cidade, deram a vida por Cristo e que as suas relíquias se encontram em Roma. Pedro e Paulo som considerados “fundamentos da Igreja”: una, santa, católica e apostólica, permanentemente missionária e ecumênica.
Pedro. O seu nome próprio foi Simão. O Senhor Jesus mudou seu nome para “Pedro”, para simbolizar a sua futura vocação e missão. “Tu és Pedro e sobre esta pedra fundarei a minha Igreja” (Mt 16,13-19).
Quando Pedro foi chamado ao grupo dos discípulos de Jesus, já era casado e vivia em Cafarnaum, na casa da sogra (Mc 1,29-31; Lc 4,38-39). 
Antes de subir ao céu, Jesus confiou ao Pedro a suprema autoridade de pastorear as Suas “ovelhas” (Jo 21,15-19). E consequência, como sinal de reconhecimento desta escolha, em todas as relações dos apóstolos, Pedro é sempre colocado em primeiro lugar (Mt 10,2; Mc 3,16, Lc 6,14, At 1,13).
Por assumir o lugar de Jesus, Pedro tornou-se o principal objeto de ódio e perseguição (At 12,1-17). Enfim, entregou a vida como mártir, na colina do Vaticano, em Roma. De acordo com o Orígenes, foi crucificado, com a cabeça para baixo, pois ele se sentia digno de morrer na cruz, como Cristo.
Paulo. Nasceu em Tarso, na Ásia Menor (At 21,39; 22,3), como um cidadão romano, fonte de certos privilégios (At 16,35-40; 25,11). A sua família pertencia aos fariseus, os mais zelosos intérpretes da lei mosaica (At 23,6). Ele não conhecia Jesus. Sabia, porém, dos cristãos, a quem odiava, considerando-os traidores. Perseguia os cristãos. Quando, certa vez, ia ao Damasco, para persegui-los, Cristo cruzou o seu caminho e o derrubou do “cavalo mas o próprio Jesus-Deus (At 9).
Depois da sua conversão, Saul foi batizado e começou uma nova vida.  Dedicou-se a proclamar o Evangelho, que há pouco tempo ardentemente combatia. Os judeus decidiram vingar-se do “traidor”, procurando ocasiões para assassiná-lo. Saul, no entanto, conseguia fugir. Até que, depois de anunciar o Evangelho e formar muitas comunidades, foi preso em Jerusalém. Ao correr o risco do julgamento injusto, apelou ao imperador romano. Em Roma, na prisão, Paulo continuava a evangelizar e escrevia cartas pastorais a comunidades, por ele fundadas, e às pessoas individuais. De acordo com uma antiga tradição foi decapitado (como cidadão romano) em Roma, no ano 67 ou 66.
É chamado de “apóstolo dos gentios”, pois evangelizava o mundo pagão, enquanto Pedro era responsável pela evangelização dos judeus, em virtude das decisões do primeiro Concílio da Igreja (At 15,6-12).
A comemoração de Pedro e Paulo, a Igreja faz aos 29 de junho, no entanto, no Brasil se transfere para o próximo domingo, que sucede ou antecede esta data. Neste dia contemplamos o mistério da Igreja, hierárquica (representada pelo Pedro) e carismática (Paulo, o missionário). Não uma organização humana, mas uma Obra de Deus, instituída para a salvação da humanidade.
Que são Pedro e são Paulo, intercedam por nós, e nos inspirem a nos dedicarmos ao Evangelho da Salvação, como eles fizeram, cada um de acordo com os seus carismas próprios. Esta é a vontade do Missionário do Pai, em quem fomos inseridos pelo santo Batismo (Mc 16,15).


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