domingo, 24 de junho de 2018

João Batista. Sentido da vida. Fidelidade e vocação. Batismo e compromisso. Família.


Que vai ser este menino?
O Evangelho, quando nos transmite o relato do nascimento de João Batista, fala do projeto dum vida humana: “O que será que esse menino vai ser?” (Lc 1,66). Podemos imaginar a repercussão que causou a maternidade duma mulher estéril, na sociedade daquele tempo. Hoje, provavelmente, isto não nos impressionaria, pois, o homem moderno é capaz de fazer muito mais...
Seja como for, quando nasce uma criança, seus pais têm sonhos, com relação a ela. O ambiente, talvez, possa pensar, como há 2000 anos atrás, o que vai ser duma criança cujos pais são... pobres, ricos, desempregados, imigrantes, celebridades ou idosos... A verdade é, que ninguém é capaz de sabê-lo. No entanto, uma coisa é certa, que todo o futuro, vai depender do ambiente, em que vai viver e crescer. Igualmente, como acontecia com as sementes das parábolas de Jesus (Mt 13,1-43; Mc 4,26-32). Se uma semente “cair” no ambiente favorável, será abençoada e bem-sucedida.
João Batista, depois de viver no ambiente familiar favorável, passou para a segunda etapa da vida e, escolheu um ambiente, propício para a conservação e amadurecimento do dom da vida e da vocação. Foi ao deserto... Como consequência, precisou pagar o preço, próprio da natureza da ”semente”, para que ela possa viver de acordo com a sua singular condição. Quando compreendeu o objetivo de sua vida e o seu chamado, João precisou renunciar tudo, para realizar a missão. O que ele fez foi um ato de maturidade e responsabilidade. A vida não pode ser vivida de qualquer jeito, pois, toda a vida deixa os rastros no universo. São obras boas ou devastações diversas...
O sacramento ministrado com maior frequência é o do Batismo. A maioria dos que pedem o Batismo das crianças, não tem ideia mínima do significado e da importância deste sacramento. Não sabe de que se trata dum dom e dum compromisso ao mesmo tempo.
Que compromisso é este? Qual é a vocação do batizado? “O que vai ser” daquela criatura batizada? O cristão, para seguir a vocação, tem de renunciar a tudo (“qualquer de vocês, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo” Lc 14,33) – como João Batista. Somente, uma vida radical (se refere à “raiz”) pode fazer a diferença, num mundo do provisório, fácil e descartável. Só, assim poderá ser o precursor e “apontador” de Jesus Cristo, o único que salva, liberta e dá o sentido a vida. É d´Ele que o mundo precisa realmente.
Se, porventura, um cristão optar por levar a vida cômoda e sossegada, inevitavelmente, se tornará um dos cooperadores e promotores do “Reino das Trevas”, regido pelo “príncipe deste mundo”, o Satanás (Jo 12,31; 16,11; 1Jo 5,19). Viverá a lógica do “servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6,24). Este tipo de vida é o ateísmo prático e consiste em “servir a dois senhores”... (Mt 6,24).


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