quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Vida nova em Deus. Sentimentos. Fé e obras. Cristão=Caminhante


A questão dos sentimentos na vida de fé  (III Parte)

Nós latino-americanos somos muito mais sentimentais que, por exemplo, os europeus. Esta necessidade de “sentir”, “gostar”, vai sendo projetada, também, para os relacionamentos com Deus. E dizemos: “mas, eu não sinto, que Deus está presente na minha vida...”.
Ora, não confie tanto nos sentimentos. Eles são instáveis, pela própria natureza. São oscilantes, condicionados por vários fatores. Portanto, não são os sentimentos, mas as Promessas de Deus, ratificadas nas Sagradas Escrituras, devem ser o nosso fundamento e a nossa autoridade máxima. O cristão, vive da fé (confiança) em Deus e na Sua Palavra fiel.

O gráfico, abaixo mostra a relação entre Deus e Sua Palavra, ou seja, entre a fé (confiança) em Deus e Sua Palavra e, o sentimento que, eventualmente, poderia ser fruto da fé e obediência. Jo 14,21: “Quem aceita os meus mandamentos e a eles obedece, esse é que me ama. E quem me ama, será amado por meu Pai. Eu também o amarei e me manifestarei a ele”.
Aqui vemos um “trem”. A locomotiva pode se movimentar sem o vagão. No entanto, em vão seria esperar, que o vagão empurrasse a locomotiva. Por isso, nós cristãos, não nos baseamos nos sentimentos, ou sensações emocionais, mas depositamos a nossa confiança na fidelidade de Deus e nas Promessas da Sua Palavra (Sagrada Escritura). Isto se chama a vida nova.

No momento em que você aceita a Cristo Jesus, na tua vida acontecem várias mudanças. Primeiramente, o Cristo começa a habitar na tua vida (Ap 3,20; Col 1,27), os teus pecados são perdoados (Col 1,14), te tornas filho de Deus (J 1,12), na tua vida inicia-se uma aventura, para qual Deus te criou e designou (Jo 10,10; 2Cor 5,17; 1Tes 5,18).
Então, veja! Poderia acontecer algo mais maravilhoso na tua vida, do que aceitar a Cristo Jesus, como Salvador particular?
Agradeça, então, a Deus pelo que fez por você (faça o do jeito que souber). O agradecimento expressa a nossa fé e obediência.
E agora? Tenho a vida nova. Isso basta?
Não, não basta. É preciso vive-la. “Caminhar” neste novo jeito de viver.
Quer saber como caminhar na vida nova com Cristo?

Todo caminho comporta certo dinamismo, movimentação, inquietação. Assim, também, acontece com o seguimento de Cristo e a vida nova em Deus. É preciso lembrar que o progresso (crescimento) espiritual é o resultado da nossa confiança em Jesus Cristo, como diz são Paulo: “pois o justo viverá pela fé” (Gal 3,11).
A vida de fé, faz acontecer um contínuo crescimento na confiança em Deus, incluindo as pequenas coisas do dia-a-dia. Não se pode viver a fé sem as obras, como aprendemos da Sagrada Escritura (Tg 2,14-26). Com isso, para praticar estas obras de fé, você deve:
* diariamente encontrar-se com Deus – isto é oração (Jo 15,7);
* frequentemente ler a Bíblia (At 7,11) – certo é começar pelo Evangelho de João;
* ser obediente a Deus em todos os momentos e todas situações da vida (J 14,21),
* testemunhar a Cristo através da coerência da vida e da palavra (Mt 4,19; Jo 15,8);
* confiar a Deus em qualquer situação, por mais simples que seja (1Pd 5,7);
* permitir ao Espírito Santo te orientar e fortalecer constantemente a tua vida e o teu testemunho de Cristo Jesus (Gal 5,16-27; At 1,8).

frequentar a igreja não é necessário? 
Disso nem se fala, porque é óbvio. Alguns tições fumegantes formam uma fogueira, que clareia e aquece, enquanto isso, um tição, retirado desta fogueira, apaga-se sem demora....

Igualmente é, quando se trata da nossa vida de fé, dos vínculos com irmãos na fé. Até o autor da Carta aos Hebreus insiste para não abandonar estes momentos em que se celebra a fé (Hb 10,25). A vida nova em Cristo, seria “teórica” (para não dizer “hipócrita”), se não vivenciarmos o 1º Mandamento do Decálogo, ou não respeitarmos devidamente o 3º Mandamento. Portanto, nunca abandone as Celebrações Litúrgicas.

Obs.
Note bem! Quando falamos do “cristão” ou “cristãos”, de maneira nenhuma se trata dum cristão “de nome”, ou, porque alguém foi batizado. Trata-se do cristão no sentido bíblico, isto é, duma pessoa que se converteu, recebeu o perdão dos pecados, convidou Jesus Cristo para o seu coração e sua vida. Com outras palavras, cristão é aquele que nasceu de novo (Jo 3,3-5) e se tornou filho de Deus, que no poder do Espírito Santo segue (imita) o seu Senhor, no cotidiano da sua vida. Isto é ser cristão, ser católico.

terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Cristo- Senhor. Homem espiritual e natural. Aceitar Jesus.


Quatro leis da vida espiritual (2 Parte)

Na postagem anterior falamos das três realidades, que constituem três leis da vida espiritual. Porém, não é suficiente, só o conhecimento intelectual destas leis...
É necessário aceitar o Cristo Jesus, como Salvador e Senhor. Daí, antão, poderemos conhecer e experimentar o amor de Deus e o Seu plano para a nossa vida. E esta é a QUARTA LEI da vida espiritual.

Temos que aceitar o Cristo. Assim nos ensina a Sagrada Escritura: “Porém, a todos aqueles que a receberam, lhes deu o poder de se tornarem filhos de Deus, isto é, àqueles que acreditam no Seu nome” (Jo 1,12).
O ato de aceitar o Cristo Jesus realiza-se através da fé. “De fato, vocês foram salvos pela graça, por meio da fé; e isso não vem de vocês, mas é dom de Deus. Isso não vem das obras, para que ninguém se encha de orgulho” (Ef 2,8-9). Aceitamos Jesus Cristo quando O convidamos pessoalmente e deliberadamente para o nosso coração e nossa vida.
O próprio Senhor diz: “Eis que estou à porta e bato. Quem ouvir minha voz e abrir a porta, eu entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele comigo” (Ap 3,20). A aceitação de Jesus comporta a conversão. É preciso converter-se da vontade própria para voltar-se a Deus fazendo a Sua Vontade. Comporta, também, a permissão para que o Cristo Jesus entre na minha vida, perdoe os meus pecados e que me transforme, segundo a Sua Vontade. Não basta apenas a aceitação intelectual ou algum impulso emocional. O gráfico abaixo representa dois modos de vida: sem Jesus e com Jesus.


Explicação dos gráficos:

/ Vida submissa a vontade própria, ao “EGO” = EU (egoísmo, arbitrariedade).
E – Ego, o EU próprio, está no trono da vida (neste gráfico, é a cadeira) ou seja, ocupa um lugar supremo e o mais importante;
+ - Aqui, Jesus Cristo, está fora do âmbito de vida. Está na margem.
o - As preferências pessoais estão sujeitas ao próprio EU (em consequência a vida se transforma em desarmonia e frustração, insatisfação e desgosto).
/ Vida submissa a Cristo Jesus.
+ - Vemos que o Cristo está no trono da vida, isto é, ocupa lugar supremo e o mais importante.
E - Ego, o EU próprio (o egoísmo e arbitrariedade) está destronizado.
o - As preferências pessoais estão sujeitas a controle de Deus, o que resulta em harmonia com os Planos de Deus.
E ai, amigo? A tua vida parece mais com o gráfico 1 ou 2?
Porventura o gráfico 2 representa uma vida que você deseja?

Você já sabe como aceitar a Jesus Cristo?
Se você desejar esta vida, representada pelo gráfico 2, veja agora, umas orientações, que podem lhe ajudar a realizar esta decisão e aceitar o Cristo Jesus, como seu Salvador particular, pessoal.
Primeiramente, meu amigo, saiba que, não precisa de formulas especiais para conversar com Deus (o que chamamos de “oração”). Fale com Ele do jeito que O conheces, do jeito que quiseres. 
Se não O conheces ainda, então, fale assim: “Deus, na verdade, nem Te conheço. Mas, li aquela postagem no blog e compreendi, que a minha vida está errante e que necessito da Tua salvação. Não podendo arrumar direito a minha vida para salvá-la da destruição completa, decidi entregá-la, por inteiro, a Ti, ó Deus. Com este propósito Te entrego tudo, inclusive a minha própria vontade. Realize-se em minha vida a Tua vontade, que acredito ser melhor para mim, do que a minha própria. E, para que eu não caia em tentação e não volte atrás, para seguir a vida antiga, peço que me ajudes nos meus esforços. A partir de agora, só Tu ó Deus, exclusivamente, sejas o Senhor da minha vida. Assim seja! Amém!”.

Pode fazê-lo, também, com uma prece mais simples e mais breve: “Senhor, Jesus, preciso de Te muito. Abro as portas da minha vida e Te aceito como meu Senhor e meu Salvador. Te agradeço pelo perdão dos meus pecados. Apropria-se inteiramente da minha vida. Modela-me segundo a Tua vontade”.

É possível ter a certeza de que Jesus Cristo começou a habitar em tua vida?
É, sim. Você pediu a Cristo que entrasse na tua vida? Pediu sinceramente? Se for assim, então, lembrando-se da promessa do Apocalipse (3,20), responda: quem é Ele para você, neste momento?
Ele prometeu que entrará na tua vida. Será que poderia enganar? Então, em que se deve apoiar a convicção da gente, que Deus ouve a nossa oração? Não é na fidelidade de Deus? Não é na Sua Palavra que é imutável?
Através da Sagrada Escritura, Deus promete a vida eterna aos que aceitaram e aceitam a Cristo Jesus para a sua vida. “E o testemunho é este: Deus nos deu a Vida eterna, e esta Vida está em seu Filho. Quem tem o Filho, tem a Vida; quem não tem o Filho de Deus, não tem a Vida. Escrevo tudo isso para que vocês, que acreditam no nome do Filho de Deus, para que estejam certos de que têm vida eterna” (1Jo 5,11-13).

Portanto, nesta certeza, agradeça a Deus agora e sempre, pela graça de Cristo entrar na tua vida e nunca te abandonará (Heb 13,5). Não duvide, que a partir deste momento, quando confiando na Sua promessa O convidaste, Cristo habita em te e desde já você possui a vida eterna! O Cristo Jesus nunca decepciona.  (Continuará...)

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Amor de Deus. Pecado. Salvador. As leis da vida espiritual


As quatro leis da vida espiritual  (1 Parte)

Além das leis da natureza, que regem o mundo material existem, também, as leis espirituais, que regulam o nosso relacionamento com Deus, com as suas criaturas e com o nosso próprio interior. Estas leis não são menos importantes das que regem as coisas visíveis. No entanto, para conhecê-las e praticá-las, é preciso acreditar que existem e que têm grande importância...

A PRIMEIRA LEI é, que Deus me ama e tem um maravilhoso plano para a minha vida.
Pegue, agora, a sua Bíblia. Abra o Evangelho de João no capítulo 3, e... olha! Incrível! “Pois Deus amou de tal forma o mundo, que entregou o seu Filho único, para que todo o que nele acredita não morra, mas tenha a vida eterna” (v.16).

Agora, veja qual é o Plano de Deus. O Cristo Jesus diz: “Eu vim para que [as ovelhas] tenham vida, e a tenham em abundância” (Jo 10,10). As ovelhas são as criaturas humanas. Aqui o Cristo fala da vida, não apenas biológica, mas da que possui um objetivo e valor, em plenitude e integridade. Esta vida só Deus pode dar.
No mundo em que vivemos há muita mediocridade, egoísmo, exploração, violência, etc. Por que a maioria das pessoas não possui esta vida em abundância, de que estamos falando?

A resposta encontramos na SEGUNDA LEI espiritual: O homem é pecante (pecador constante) e separado de Deus e da Sua vida, por isso, não pode conhecer, nem vivenciar o amor de Deus. Não é capaz de chegar a conhecer o plano que Deus tem para cada ser humano.
A Sagrada Escritura fala da pecaminosidade do homem. Na Carta aos Romanos, Deus diz: “todos pecaram e estão privados da glória de Deus” (v. 23). O homem foi criado para a vida em comunhão com Deus, porém, deliberadamente, escolheu um caminho de vida independente. Em consequência disso, a comunhão com Deus foi rompida. Esta arbitrariedade, que de fato, é chamada de rebeldia contra Deus, é fruto do pecado, conforme ensina a Sagrada Escritura.
Além disso, o homem é separado de Deus. “Pois o salário do pecado é a morte” (Rom 6,23), ou seja, o pecado é a separação de Deus, e a consequência é a morte, pois, só Deus é a vida.
Precisamos lembrar que Deus é Santo e o homem é pecador. Estão separados por um grande abismo. O homem, sem cessar tenta alcançar a Deus e procura conseguir a vida em abundância, através dos seus próprios esforços, como: uma vida boa e reta, a moralidade, a filosofia, etc. Infelizmente... os efeitos são, como são.

A TERCEIRA LEI oferece a resposta e única solução para este dilema. Jesus Cristo foi instituído como único “meio”, através de Quem podem ser superadas as consequências do pecado, praticado pelo homem. Somente através d´Ele é possível conhecer o Amor de Deus e o Plano que Ele tem para a nossa vida.
Ele morreu por nós, mas, também ressuscitou, vencendo a morte. “Deus demonstra seu amor para conosco porque Cristo morreu por nós quando ainda éramos pecadores” (Rom 5,8). “Cristo morreu por nossos pecados... foi sepultado, ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras; apareceu a Pedro e depois aos Doze. Em seguida, apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma só vez...” (1Cor 15,3-6).
Por isso, Ele é o único Caminho, conforme a Suas palavras: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por Mim” (Jo 14,6).

O gráfico mostra que Deus lançou uma "ponte" sobre o abismo, que separa o homem d´Ele, enviando o Seu Filho, O Cristo Jesus, para que morresse na cruz, em nosso lugar. Esta é a verdade que salva.

Na próxima postagem encontraremos a resposta: o que fazer?


sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Oração. Fazei-me, Senhor... São Francisco


Encontrei esta oração, numa das revistas e resolvi traduzi-la. É paráfrase da famosa oração atribuída a são Francisco de Assis.

Fazei-me, Senhor,
obediente - sem resistência,
pobre - sem abatimento,
puro - sem corrupção,
paciente - sem reclamação,
humilde – sem hipocrisia,
alegre - sem abstração,
sério - sem severidade,
ativo - sem negligência,
cheio de temor de Deus - sem hesitação,
honesto - sem fingimento,
caridoso – sem orgulho,
solidário com o próximo - sem ostentação

Leigo e Liturgia. Amor Encarnado. Sagrada Comunhão.


Lembretes a partir da Instrução sobre o Culto do Mistério Eucarístico “Inaestimabile Donum”

Nas postagens anteriores podíamos ver, o quanto a Sagrada Liturgia é importante na vida da Igreja. É um culto, no espirito e na verdade, anunciado por Jesus (Jo 4,23), querido por Deus. Por esta razão, todo cristão crente, consciente da potestade de Sagrada Liturgia deve, dentro de suas atribuições, contribuir para que ela seja conhecida e amada, em vez de vulgarizada e/ou profanada.
A Igreja nos motiva para tais atitudes, ensinando a verdade. Nos convida a haurirmos a Graça, através da Liturgia, seja ela Eucarística, Sacramental ou Liturgia das Horas. Nenhum outro tipo de oração ou de culto é equiparável ao culto litúrgico.
Na postagem anterior mostramos a preocupação da Igreja, quanto a confusão de papeis, do consagrado e do leigo. A Instrução sobre o Culto do Mistério Eucarístico, “Inaestimabile Donum” volta a esta questão e diz: “Está reservado ao sacerdote, em virtude de sua ordenação, proclamar a Oração Eucarística, a qual por sua própria natureza é o ponto alto de toda a celebração. [...] Por outro lado isso não significa que a assembléia permanece passiva e inerte.
Ela se une ao sacerdote através do silêncio e demonstra a sua participação nos vários momentos de intervenção providenciados para o curso da Oração Eucarística: as respostas no diálogo Prefácio, o Sanctus, a aclamação depois da Consagração, e o Amém final depois do Per Ipsum. O Per Ipsum (Por Cristo, com Cristo, em Cristo) por si mesmo é reservado somente ao sacerdote. Este Amém final deveria ser enfatizado sendo feito cantado, desde que ele é o mais importante de toda a Missa (ID 4).
Portanto, quando um padre ou um bispo, convida para rezar juntos “Por Cristo, com Cristo...” ou a oração pela Paz, antes da Comunhão – você fique calado! Você estará diante de uma criatura ignorante ou rebelde que, conforme ouvimos na postagem anterior, falsifica a Liturgia Católica.
Gostaria de abordar, ainda, a maneira de como deve se receber a Sagrada Comunhão Eucarística, já que nota-se certa insegurança, em virtude das “criatividades espontâneas”. Então, a “Inaestimabile Donum” diz assim: “A Igreja sempre pediu dos fiéis, respeito e reverência pela Eucaristia no momento de recebê-la. No que diz respeito à maneira de ir para a Comunhão, o fiel pode recebê-la de ambos os modos; ajoelhando-se ou ficando de pé, de acordo com as normas estabelecidas pela conferência episcopal: Quando o fiel comunga ajoelhado, nenhum outro sinal de reverência pelo Santíssimo Sacramento é requerido, uma vez que ajoelhar é por si só um sinal de adoração. Quando se recebe a Comunhão estando em pé, é rigidamente recomendado que, ao vir em procissão, faça-se um sinal de reverência antes de receber o Sacramento. Isto pode ser feito no exato momento e lugar, de forma que a ordem das pessoas que vêm e voltam da Comunhão não fique interrompida (Instr. Eucharisticum mysterium, 34; Institutio generalis Missalis Romani, 244; 246; 247).
O Amém dito pelo fiel ao receber a Comunhão é um ato que expressa a sua fé pessoal na presença de Cristo (ID 11).

Se faz jus, acentuar que ao receber a Sagrada Comunhão, o comungante deve-se concentrar n`Aquele que acabou de receber. Por isso, não seja desviada a sua atenção para qualquer coisa, por mais importante que parecesse. O mais apropriado seja um momento de recolhimento, expressado de acordo com a própria piedade e criatividade. O documento da Santa Sé, a “Inaestimabile Donum” acentua esta importância, dizendo: “Aos fiéis, recomenda-se que não se omitam em fazer uma apropriada ação de graças depois da Comunhão. Eles podem fazê-lo durante a celebração com um período de silêncio, com um hino, salmo ou outra canção de louvor. Ou também depois da celebração, se possível permanecendo em oração por um considerável espaço de tempo” (ID 17).
Para encerrar as reflexões que proporciona a Instrução sobre o Culto do Mistério Eucarístico, “Inaestimabile Donum”, assinada pelo Papa João Paulo II, lembremos as palavras do seu antecessor, Paulo VI. Ao promulgar os Documentos do Concílio Vaticano II, ele disse: “É algo muito sério, quando a divisão é introduzida precisamente onde congregavit nos in unum Christi amor, na Liturgia e no Sacrifício Eucarístico, através da recusa em obedecer às normas estabelecidas na esfera litúrgica. É em nome da tradição, pedimos a todos nossos filhos e filhas, à todas as comunidades católicas, que celebrem com dignidade e fervor a Liturgia renovada” (Alocução consistorial, 24/05/1976).
Eu, Irmão Menor, imitando o Pai são Francisco, peço a todos, os que lerem estas palavras, a amarem Santíssima Eucaristia e a defenderem de todos os perigos de negligência ou profanação, porque, Ela é o verdadeiro Mistério do Amor Encarnado...


quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Reforma litúrgica. Liturgia falsificada. Eucaristia.


Instrução sobre o Culto do Mistério Eucarístico 
“Inaestimabile Donum”

O Concílio Vaticano II, encerrado no ano 1965, trouxe muitas riquezas para a vida da Igreja, conforme a intenção que levou o papa João XXIII a convocar este Concílio. Foi uma verdadeira, multidimensional atualização da Igreja, chamada, muitas vezes de aggiornamento (da língua italiana). Uma das áreas mais “atingidas” foi a Liturgia. Embora as novas orientações litúrgicas visarem maior proveito dos crentes, a sua implantação, em várias partes do mundo, infelizmente falhou... Antes de tudo, houve muita precipitação, em vez de muita reflexão, para entender melhor o espírito das novas orientações. Foi assim, que diversos mal-entendidos e até, abusos litúrgicos entraram para dentro da Igreja...

Aos 17 de abril, de 1980, a Sagrada Congregação para os Sacramentos e Culto Divino publicou a Instrução sobre o Culto do Mistério Eucarístico “Inaestimabile Donum”, aprovada e confirmada pelo papa João Paulo II. Logo, no começo, no “Proémio” do documento se acentua os aspectos positivos, mas, a Instrução vem para denunciar e corrigir os abusos, como: “confusão dos papéis, especialmente no que diz respeito ao ministério sacerdotal e o papel dos leigos (indiscriminado compartilhamento da recitação das Orações Eucarísticas, homilias feitas por leigos, leigos distribuindo Comunhão enquanto os sacerdotes se recusam a fazê-lo); um crescimento da perda do sentido do sagrado (abandono das vestes litúrgicas, a Eucaristia sendo celebrada fora da Igreja sem real necessidade, falta de reverência e respeito pelo Santíssimo Sacramento, etc.); má-compreensão do caráter eclesial da Liturgia (o uso de textos privados, a proliferação de Orações Eucarísticas não aprovadas, a manipulação de textos litúrgicos com fins sociais e políticos)”.

Continuando a expressa a preocupação, a Igreja alerta: “Nesses casos, estamos face a face com uma real falsificação da Liturgia Católica:´Aquele que oferece culto a Deus em nome da Igreja, de um modo contrário ao qual foi estabelecido pela própria Igreja com a autoridade dada por Deus e o qual é também a tradição da Igreja, é culpado de falsificação´ (Tomás de Aquino, Summa T., 2-2, q.91).
Neste caso, a Liturgia, que deve ser um sinal de unidade e comunhão vem sendo desvirtuada... Por isso, como diz a “Inaestimabile Donum”, “nenhuma dessas coisas pode trazer bons resultados. As conseqüências são – e não poderiam deixar de ser – o prejuízo da unidade da Fé e Culto na Igreja, incerteza doutrinária, escândalo e confusão entre o Povo de Deus, e em alguns casos é inevitável reações violentas.

Os fiéis têm direito a uma Liturgia verdadeira, o que significa a Liturgia desejada e estabelecida pela Igreja, a qual de fato, tem indicado adaptações onde podem ser feitas a pedido de requerimentos pastorais em diferentes lugares ou por diferentes grupos de pessoas.
Excessivas experimentações, mudanças e certas criatividades, confundem os fiéis. O uso de textos não aprovados significa a perda da necessária conexão entre a lex orandi e a lex credendi. A advertência do Segundo Concílio Vaticano a esse respeito deve ser lembrada: “nenhuma pessoa, absolutamente, mesmo se ela for um sacerdote, pode adicionar, remover ou mudar nada na Liturgia por sua própria autoridade”. E Paulo VI, de venerável memória, declarou que: ”qualquer um que tirar vantagem da reforma para entregar-se a experimentações arbitrárias está desperdiçando suas energias e ofendendo o senso eclesial” (ID Proémio).

Liturgia na Igreja. Mentalidade eucarística. Cultura eucarística


Lugar da Liturgia na vida da Igreja

A Liturgia, com a sua expressão máxima, que é Eucaristia, não só é a fonte de vida da Igreja, mas também, o ápice, “a meta para a qual se encaminha a ação da Igreja e a fonte de onde promana toda a sua força” (SC 10). Isto significa que a Igreja deve formar (ensinar e exercitar) os seus membros para adquirirem uma “mentalidade eucarística”, uma “cultura eucarística” e, em seguida, levarem a “vida eucarística”. Já que a Eucaristia é um Sacrifício e Comunhão, portanto, trata-se de formação para estas atitudes, imitando o Mestre.

Assim o expressa a Constituição sobre a Liturgia: “Na verdade, o trabalho apostólico ordena-se a conseguir que todos os que se tornaram filhos de Deus pela fé e pelo Batismo se reúnam em assembleia para louvar a Deus no meio da Igreja, participem no Sacrifício e comam a Ceia do Senhor” (SC 10).

Diante desta realidade, que é a Eucaristia, se faz necessário - primeiramente - eliminar da vida cristã tudo aquilo que não deixa de participar proveitosamente d`Ela. Alguma coisa já apontei nas postagens passadas, acentuando ignorância e, o fruto dela, a indiferença. Agora gostaria de propor uma prática positiva.

Estou pensando na preparação para a Eucaristia. Preparação remota (durante a semana) e a preparação próxima (o sábado antecedente e todo o tempo de domingo até o início da Celebração). A preparação remota seria: ler a Palavra de Deus que será proclamada durante a Eucaristia, escolher um horário mais propicio (lembrando da primazia de Deus), pensar no que vai oferecer a Deus, não aceitar outros compromissos. A preparação próxima, seria então, a higiene pessoal, a roupa adequada e digna, o recolhimento interior, a chegada ao templo antes da Celebração, em tempo suficiente para oração pessoal e interiorização.

Tais atitudes demonstram a maturidade cristã e fé no mistério eucarístico. Portanto, prometem uma participação proveitosa, conforme ensina a Igreja: “da Liturgia e, em especial da Eucaristia, corre para nós, como de sua fonte, a graça, e por meio dela conseguem os homens com total eficácia a santificação em Cristo e a glorificação de Deus, a que se ordenam, como a seu fim, todas as outras obras da Igreja” (SC 10).




quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Liturgia terrena-celeste.


A Liturgia terrena é antecipação da Liturgia celeste

A Eucaristia, chamada popularmente de Santa Missa, é uma Liturgia. Um mistério, pelo qual Deus recebe das criaturas humanas e, através delas, da criação inteira, um culto digno da Sua majestade. Não é meramente uma obra humana, não é um rito criado pelo homem para expressar o seu relacionamento com a divindade, como faziam e fazem, os que não conheceram a Revelação de Deus, em Jesus Cristo.

Na Constituição sobre a Liturgia, o Concílio Vaticano II, ensina que: Pela Liturgia da terra participamos, saboreando-a já, na Liturgia celeste celebrada na cidade santa de Jerusalém, para a qual, como peregrinos nos dirigimos e onde Cristo está sentado à direita de Deus, ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo; por meio dela cantamos ao Senhor um hino de glória com toda a milícia do exército celestial, esperamos ter parte e comunhão com os Santos cuja memória veneramos, e aguardamos o Salvador, Nosso Senhor Jesus Cristo, até Ele aparecer como nossa vida e nós aparecermos com Ele na glória” (SC 8).

Se, reduzirmos este Mistério, ao nível da estética, dos sentimentos ou da ideologia, corremos um grave risco de – não somente perder a Graça - mas também, de banalizar e profanar o Sagrado.

O que fazer para não se desencontrar com Deus e Seus dons? Buscar o conhecimento sólido, cultivar o temor ao Sagrado e pedir a graça da fé, como o autor desta bela canção: ”Creio, Senhor, mas aumentai minha fé”!

A Eucaristia para os ignorantes? Indiferentes? Ateus?


Descobrir o verdadeiro valor da Eucaristia

Sabemos que a Sagrada Eucaristia é o coração da Igreja, fonte e ápice da vida cristã (SC 10) como afirma o Concílio Vaticano II, na Constituição Dogmática sobre a Igreja, “Lumen Gentium”. Ao mesmo tempo, notamos, e não sem preocupação, que este Culto Sagrado vem sendo reduzido a um rito, uma formalidade, as vezes até banalizado ou profanado. Estes fatos estão sendo denunciados pelos cristãos consagrados e leigos, no entanto, o efeito parece ser insignificante.


De onde vem este espírito, estas criatividades não queridas pela Santa Igreja? A fonte parece ser óbvia. Alguém, quem sabe do valor salvífico da Eucaristia, emprega seus servos para impedirem a participação proveitosa n´Ela – uns propositalmente, outros, num falso zelo para “atrair a Igreja”. O efeito é o mesmo – a dessacralização da Eucaristia. A redução às expectativas terrenas, sejam elas comunitárias, materiais, políticas ou outras.

A Igreja não deixa de ensinar que a catequese sólida é indispensável, para fazer parte da Igreja i usufruir dos seus Alimentos. Apesar disso, há na Igreja agentes sabotadores, tanto ordenados quanto leigos catequistas.

Ora, veja o que diz o mencionado Concílio, na Constituição sobre a Liturgia: ...porque os homens, antes de poderem participar na Liturgia, precisam de ouvir o apelo à fé e à conversão: «Como hão-de invocar aquele em quem não creram? Ou como hão-de crer sem o terem ouvido? Como poderão ouvir se não houver quem pregue? E como se há-de pregar se não houver quem seja enviado?» (Rom 10,14-15). 
É por este motivo que a Igreja anuncia a mensagem de salvação aos que ainda não têm fé, para que todos os homens venham a conhecer o único Deus verdadeiro e o Seu enviado, Jesus Cristo, e se convertam dos seus caminhos pela penitência.
Aos que crêem, tem o dever de pregar constantemente a fé e a penitência, de dispô-los aos Sacramentos, de ensiná-los a guardar tudo o que Cristo mandou, de estimulá-los a tudo o que seja obra de caridade, de piedade e apostolado, onde os cristãos possam mostrar que são a luz do mundo, embora não sejam deste mundo, e que glorificam o Pai diante dos homens” (SC 9).

Este é o serviço que o mundo espera da Igreja e seus membros! Evangelizar, catequizar, ajudar conhecer a Cristo e não, simplesmente, delegar aos Sacramentos o poder de “ex opere operato”, quer dizer “por si mesmo”, sendo a Obra de Cristo.
A Eucaristia é a fonte e ápice da vida cristã, no entanto, Ela precisa de ser conhecida, participada e recebida devidamente.



sábado, 19 de janeiro de 2019

James Caviezel -mensagem. Liberdade verdadeira. Ideais. Valor da vida (3 parte)


A batalha pela liberdade

O Papa João Paulo II disse: "A democracia não pode ser sustentada sem um engajamento comum em certas verdades morais, sobre a pessoa humana e sobre a comunidade humana".
A questão básica que se coloca diante de uma sociedade democrática é: “Como vamos viver juntos?”. Buscando a resposta a essa pergunta, será que a sociedade pode excluir a verdade moral e raciocínio moral? Cada geração da América tem de saber que, a liberdade não consiste em fazer o que se quer, mas em fazer as coisas certas. Essa é a liberdade que desejo a vocês. A liberdade do pecado, liberdade da fraqueza, liberdade da escravidão que causa o pecado. Esta é a liberdade pela qual se pode morrer. 
Isso me lembra o que disse Mel Gibson, em seu premiado filme Braveheart (Coração valente). Ele o disse isso ao seu exército, e eu, estou lhes dizendo isto hoje: “Vejo aqui, diante de mim, todo um exército de meus compatriotas, que se opõem à tirania”. Vocês vieram aqui para lutar, como homens livres. Homens livres, que vocês são. O que você faria com a liberdade? Você lutaria? Eles dizem: “Não. Fugiremos e vamos viver”.
Estás lutando, podes morrer. Escaparás, viverás. Pelo menos, por algum tempo. Morrendo nas suas camas muitos anos depois. Vocês dariam muito para, depois, ter uma chance, apenas uma chance de voltar aqui e dizer aos nossos inimigos, que podem tirar nossas vidas, mas não podem tirar a nossa liberdade
Cada ser humano vai morrer! Mas, não cada um vive de verdade. Você! Você! Você! Todos nós, devemos lutar por essa liberdade verdadeira! E devemos viver, meus queridos, devemos viver com Deus! Com o Espírito Santo, como nosso escudo; com Cristo, como nossa espada. Juntem-se a São Miguel Arcanjo e todos os Anjos, e enviemos de volta, o Lúcifer e seus aduladores, direto para o inferno, onde é o lugar deles.
Saul significa “maravilhoso”. O que significa Paulo? “O Pequeno”. Portando, se queremos ser grandes aos olhos de Deus, então, quais deveríamos ser? Quais deveríamos ser??? “Pequenos!”.
Que Deus os ame e os guie durante todos os dias da vossa vida! Não posso ver vocês daqui, mas, desde já, ansiosamente espero a hora, quando os verei no Céu.
Amo vocês! Deus vos abençoe!

Obs.
* Subtítulos e destaques no textos, intervenções minhas


James Caviezel. Cristianismo falso. Indiferença hoje


O ator James Caviezel é conhecido mundialmente por interpretar a Jesus Cristo, no filme “A Paixão de Cristo”, dirigido por Mel Gibson. Nos últimos meses do ano passado, circulava, pelas redes de comunicações sociais, o seu emocionante e edificante testemunho-mensagem. Durante a divulgação de seu mais novo filme (sobre São Paulo), Jim falou para milhares de pessoas, na maioria estudantes, na cidade de Chicago, em USA. Impressiona a sua convicção e, ao mesmo tempo um ardente desejo de querer transmitir aquilo que descobriu e, o que é o mais importante na vida. Para nós crentes católicos, é sumamente válido o seu alerta perante o perigo dum falso cristianismo e apelo urgente, de expressar publicamente e autenticamente a sua fé. Leia agora a 2ª Parte:

Não é a hora de desistir.

Será que a tua vida seja uma coincidência? Será que uma chance para você? Ou, talvez, alguns de vocês agora estão infelizes, perdidos, inseguros com relação ao futuro, feridos... Esta não é a hora de desistir ou recuar
Quando eu estava pendurado na cruz, aprendi que, no Seu sofrimento estava a nossa redenção. Lembrem-se de que o servo não é maior que o seu Senhor. Cada um tem de carregar a sua própria cruz. Há um preço pela nossa fé, pela nossa liberdade. Fui literalmente atingido por um chicote, fui crucificado. Fui atingido por um raio. Sim, fiz uma cirurgia de coração aberto, o que aconteceu depois de cinco meses e meio de hipotermia. 
Um dia, durante as filmagens, o meu braço ficou preso sob uma trava de madeira, quando alguém a puxou em direção oposta. Meus músculos arrebentaram. Meu ombro se separou. Caí no chão, com o rosto em areia. Este momento foi capturado no filme. Na parte posterior do filme, Jesus experimenta a separação do ombro. Agora eu sei que sensação é essa. Ela me acompanhava todos os dias. Foi como uma penitência. Ficou presa no meu ombro, rasgando o meu corpo a cada hora que passava. Tornava-se cada vez mais pesada. Se isso fosse filmado no estúdio, vocês nunca poderiam ver tal realismo. Esse sofrimento causou o meu realismo. O mesmo acontece em nossas vidas.
Alguns de nós, vocês os conhecem, adotaram um falso cristianismo, onde tudo se apoia, apenas, em conversas risonhas. Eu chamo isto de "feliz Jesus e glória". Queridos, ali havia muita dor e sofrimento antes da Ressurreição. O vosso caminho não será diferente. Então, abracem a sua cruz e sigam seu objetivo. Eu quero que vocês vão a esse mundo pagão. Quero que tenham a coragem de ir a este mundo pagão e, sem retraimento, expressar sua fé em público.
O mundo precisa de guerreiros...
O mundo precisa de guerreiros destemidos. Entusiasmados pela sua fé. Guerreiros, como São Paulo e Lucas. Os que arriscarão o seu nome e sua reputação, para levar fé e amor de Jesus, ao mundo inteiro.
Deus chama a cada um de nós, para realizar grandes obras. Mas, quantas vezes O desapontamos, rejeitando como um pensamento passageiro. Chegou a hora para nossa geração, de aceitar esse chamado. O chamado de Deus que apela, para nos entregarmos inteiramente a Ele. Para avistarmos esta mão delicada que nos guia pelo nosso caminho. 
Primeiramente, porém, devem se comprometer a assumir a oração, o estudo e a meditação das Sagradas Escrituras e, levar a sério os santos sacramentos. A nossa cultura está agora em declínio. Somos seres humanos em perigo de entregar-se aos nossos excessos. O nosso mundo inteiro está imerso em pecado. E lá, no silêncio de nossos corações, Deus está nos clamando. Para cada um de nós, que nos entreguemos inteiramente a Ele. E quantas vezes nós O ignoramos. Ignoramos esse doce apelo. O Grande Santo de Auschwitz, Maximiliano Kolbe, disse que, a indiferença é o maior pecado do século XX.
Irmãos e irmãs, este é, também, o maior pecado do século XXI. Temos de interromper essa indiferença. Esta destrutiva tolerância do mal. Somente a nossa fé na sabedoria de Cristo pode nos salvar. Mas, para isso, são necessários os guerreiros! Prontos para arriscar a sua reputação, o seu nome e, até mesmo, suas próprias vidas, para se colocar do lado da verdade. 
Desagregai-vos desta geração corrompida! Sejam santos. Não fostes criados para se conformarem. Vocês nasceram para se distinguir. 
Em nosso país, somos felizes somente quando fazemos o que os outros fazem... Agora, todos nós temos uma escolha igual, independentemente das consequências. Será que realmente você acha que temos a verdadeira liberdade?  (Continuará)
Obs.
* Subtítulos e destaques no textos, intervenções minhas

sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Testemunho James Caviezel. Deus chama. Ateu.


Mensagem e testemunho de James Caviezel
O ator James Caviezel é conhecido mundialmente por interpretar a Jesus Cristo, no filme “A Paixão de Cristo”, dirigido por Mel Gibson. No ano passado, circulava, pelas redes de comunicações sociais, o seu emocionante e edificante testemunho-mensagem. Durante a divulgação de seu mais novo filme (sobre São Paulo), Jim falou para milhares de pessoas, na maioria estudantes, na cidade de Chicago, em USA. Impressiona a sua convicção e, ao mesmo tempo um ardente desejo de querer transmitir aquilo que descobriu e, o que é o mais importante na vida. Para nós crentes católicos, é sumamente válido o seu alerta perante o perigo dum falso cristianismo e apelo urgente, de expressar publicamente e autenticamente a sua fé. Leia esta mensagem na íntegra:

Deus fala...

“O nome Saul significa ilustre, o nome Paulo significa pequeno. Durante as filmagens deste filme (se refere ao filme “Paulo, o apóstolo de Cristo”), aprendi que, mudando uma minúscula letra, podemos nos tornar grandes aos olhos de Deus. No entanto, isto exige de que sejamos pequenos, se quisermos ser grandes. Porém, este é o caminho dos santos. Este é o caminho da santidade. E este é o caminho desde o Saulo a São Paulo. Os chamados chegam quando não os esperamos. Muito bem me lembro do meu próprio. Tive essa experiência quando estava no cinema, aos meus 19 anos de idade, na minha cidade natal de Mount Vernon, no estado de Washington.
O filme acabou, e eu estava sentado no escuro. Conhecia apenas o basquete. Mas, comecei a sentir em meu coração um desejo, de talvez, eu me tornar um ator. Estava me perguntando se é isso mesmo, que Deus preparou para mim. Se é isso mesmo que Ele espera de mim. Sim. Entrou a minha razão. Eu não tinha nenhuma ideia sobre o que é ser um ator, sobre os agentes, gerentes. Porém, tive uma profunda convicção de ser chamado.
Na primavera de 2000, foi-me oferecido o papel de Edmundo Dantes, no filme “O Conde de Monte Cristo”. Uma nova adaptação do clássico de Alexandre Dumas. Foi um período muito estressante. Pela primeira vez, eu sozinho, tive que carregar o peso do filme e, tudo aquilo quem eu era e, o que pretendia alcançar. Não tive a paz. Tudo naquele filme, foi uma luta. O meu personagem - Edmund Dantes, injustamente aprisionado, tanto no livro quanto no filme, escreve na parede “Deus me dará a justiça”.

Contra todas as contrariedades, esse homem solitário, tenta se libertar e se opor ao mal. Até mesmo, ao mal dentro si mesmo. Tem ali, uma bela cena com Edmundo e um companheiro de prisão, um padre, interpretado pelo grande Richard Harris. Na hora em que se lastimava, na hora do grande desespero, o padre agonizando, ao cair no chão, se volta ao Edmundo e diz a sua última lição: “Não cometa o crime pelo qual você agora cumpre a sentença”. Lembre-se que Deus disse: “A vingança será a minha”. Olhei para ele e disse: “Eu não acredito em Deus”, ele me respondeu: “Não importa, Edmundo, Ele acredita em você”. E é mesmo. Deus ama a cada um de nós individualmente e está conosco, mesmo nos momentos mais sombrios do nosso desespero. 

Depois de terminar as fotos do Monte Cristo, inesperadamente, recebi um telefonema de Mel Gibson. Não foi o agente quem telefonou, não telefonou o meu gerente. Eu não conhecia o Mel Gibson, não tentei ser um intérprete; enfim, ninguém adivinhava seus planos. Gibson queria que eu interpretasse Jesus Cristo. Encontrou um homem com as iniciais de J.C. e, que tem exatamente 33 anos, para interpretar Jesus Cristo. Coincidência? Não acho.
(Continuará)
Obs.
* Tradução livre (https://naszdziennik.pl/mysl/204565,czas-wojownikow.html)
* Subtítulos e destaques no textos, intervenções minhas

quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Vida interior - normas. Despojamento. Menagens de Cristo. Lenczewska


UMA PARTE 
DAS EXORTAÇÕES DE CRISTO JESUS 
REGISTRADAS PELA MÍSTICA, ALICJA LENCZEWSKA,
EM SEU DIÁRIO ESPIRITUAL "TESTEMUNHO" (2 parte)

A continuação...
A maior fraqueza de cada ser humano é o orgulho e o amor-próprio; é por isso que tanto doem no momento em que os toco e os removo da tua alma. Curarei a tua dor. Abra, com amor, a tua alma diante de Mim e queira entregar tudo o que há nela. Os Meus toques, então, se tornarão a paz e alegria, e a tua alma será pura se unirá a Mim.
Evite de ser negligente, de admitir os pensamentos e emoções hostis, que Satanás inspira, e tu, em vez de entrega-los a Mim imediatamente e pedir a Minha ajuda, guardas os em teu coração e te entregas a eles. O teu coração deveria ser como um vidro, através do qual tudo é visto e nada escondido. Tudo o que vem do mundo, deverias entregar a Mim, e tudo o que recebes de Mim, transmitir ao mundo – aos homens, para a cura deles. Todas as negligências destroem a transparência. Cuide, portanto e, zela constantemente pela pureza do coração. Peça a Minha ajuda, para que o vidro do teu coração Eu transforme num cristal, que refletirá a luz do Meu Amor e transmitirá os Seus raios para todos.
Agarre-se a Mim com o seu coração. Quando for difícil, pense no que eu fiz de bom, em geral e em tua vida. Nos momentos mais difíceis, ore com as palavras – em voz alta. Em tua consciência, deve haver um constante sentimento da Minha presença contigo e em te. Fale Comigo e olhe para Mim em cada momento da tua vida, o que quer que faças e onde quer que estejas. Vai Me entregando tudo e, vai fazendo tudo por Mim. Faça de tudo, para que a tua vida cotidiana seja a Minha glória. Não pense em si mesma, mas em Mim. Daí então, Eu pensarei em te e cuidarei de tudo. Também, do esplendor dos nossos encontros na oração e nos acontecimentos cotidianos.
Não tenha inveja de pessoas que possuem carismas mais perceptíveis do que o teu. O teu carisma é a mansidão e o sacrifício de amor, pelos errantes e pelo mundo. Não pense que este seja apenas um pequeno sacrifício, já que não fazes, nem experimentas nada de extraordinário. O sacrifício de fidelidade diária, nos detalhes e na monotonia da vida é igualmente grande, ou talvez maior, porque exige uma constante vigilância e renúncia a si mesmo. É difícil, porque invisível. Fique quieta e amável em Nazaré do Meu Coração, mesmo quando chegarem momentos difíceis.
Aprenda a permanecer, não desejando nada, não esperando nada. Vá livrando-se da atenção voltada a si mesma. Me entregue tudo. Torne-se completamente privada de tudo - na nudez de sua alma, além dos seus sentimentos e pensamentos. Tu não tens nada. Tens somente a Mim, que sou a tua vida e tua esperança. A alegria e a paz reinem em tua alma, pois Deus está contigo e em te; Deus da paz e do silêncio. Saibas o quanto se pode dizer através do silêncio? Ele é mais rico que quaisquer palavras.
Não fique triste. A tua solidão se refere somente ao mundo. Não estás sozinha. Eu estou contigo. E tens muitos amigos no céu. Eles te acompanham, cuidam de te e oram por te. Não importa que não os vês. A sua presença e sua ajuda são mais reais do que aquilo, que tens experimentado no mundo. Tu não pertences mais a este mundo e, ele nada te pode oferecer. A tua casa e tua pátria estão em Mim. Aqui, a tua alma e o teu coração deveriam ficar constantemente e, daqui haurir as forças. 
O mundo sobrenatural não está em algum lugar distante. Vocês se movem nele, geralmente, inconscientemente ...”

Vida espiritual – regras. Verdade. Confiança. Mística Alice Lenczewska

UMA PARTE 
DAS EXORTAÇÕES DE JESUS 
REGISTRADAS PELA MÍSTICA, ALICJA LENCZEWSKA,
EM SEU DIÁRIO ESPIRITUAL "TESTEMUNHO"


“A maioria das pessoas não Me ouve, nem Me vê. Estão absorvidas com as formalidades, consigo mesmas e com suas ações, com suas orações, com sua pecaminosidade, e até mesmo, com a vida de outras pessoas. Enquanto isso, Eu estou entre elas despercebido, negligenciado, às vezes, insultado e, constantemente solitário. De fato, há poucos corações em que posso descansar cercado de amor e ternura. Em verdade, poucos.
Digo isso para você, porque quero encontrar em teu coração, o que está Me faltando nos outros. Não chores, por tantas vezes, Eu, ter experimentado em ti a dor, em vez de alívio.

O que passou, não importa. Enfim, Eu te purifiquei e curei o teu coração. Ensinei-te a amar para seres uma guarida para Mim, quando os outros me expulsam. Estou te dizendo isso, para te lembrares e nutrires sempre o Amor que compartilho contigo. O amor requer uma constante atenção e mobilização de forças. Não podes relaxar, porque começará a se subtrair, e então, será necessário reacendê-lo novamente. A perseverança e estabilidade são necessárias.

Insistentemente queres possuir a relevância em seus próprios olhos. E é difícil de te conformares com a consciência de que és apenas um nada. Mas, esta é a verdade. Toda a bondade e todas as qualidades que existem em te, vêm de Mim. Não se devas apegar a elas demasiadamente, porque então, poderei retirar os Meus dons, para experimentares, quem és sem eles. Portanto, suporta-te a ti mesma, em humildade e confiança no Meu Poder e no Meu Amor, que te elevam à dignidade de filha de Deus e de Minha noiva.

Não a perfeição que é o mais importante, mas o amor. A tua perfeição depende de Mim, mas, o amor é o teu verdadeiro presente para Mim. Só ele podes Me dar e, a si mesma - do jeito que és realmente: miserável, fraca e pecadora - sem quaisquer positivas concepções sobre si e, sem aversão a si mesma. Se, desta forma te criei, então, isto tem o seu propósito e significado. Confie e tenha bastante amor e humildade, para vir a Mim com tudo que és.
Peça ardentemente para te conheceres a ti mesma. Somente os humildes podem ver suas próprias fraquezas e compreender que, realmente, são um nada. O teu somente é o pecado e a fraqueza. Tudo o que há de bom em te, é o Meu dom. Ao notares as qualidades em te, agradeça a Mim, porque Eu os depositei em te. Administra-as com humildade, pois, para isto as recebestes. 

O seu desconforto de hoje deve te servir para reconheceres a sua fragilidade, impotência e desamparo, até mesmo, com relação ao seu próprio corpo e, para compreenderes a sua total dependência de Mim. 
Apega-se a Mim, não tenhas medo de ataques dos maus pensamentos; quando vierem entrega-os a Mim. Refugia-te em Meus braços e confie no Meu amor. Quero te fortalecer e purificar. Venho expondo as tuas fraquezas para que as renuncies, e para que Eu te possa libertar delas... (Continuará)