segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Casamento. Fidelidade. Matrimônio sacramental. Amor. Indissolubilidade.


O matrimônio e a fidelidade.

Diante da “praga de divórcios” que se alastra, também, entre os crentes da Igreja Católica surgem questionamentos acerca do futuro. Aonde vamos chegar? Já existe um grande número de crentes que vêm para as Celebrações, mas não participam da Comunhão Sacramental... E o que será daqui a 20 anos, se não houver a mudança? Será que seja correto “modernizar-se” buscando recursos para “legalizar” conflitos conjugais permanentes?
Deve se lembrar que, o Direito Canônico da Igreja afirma, que a aliança conjugal, através da qual o homem e a mulher constituem uma comunidade por toda a vida, foi elevada por Cristo a dignidade do sacramento. Além disso, Jesus, em seu ensinamento, apontava categoricamente para o sentido original da relação entre o homem e a mulher, como o Criador quis desde o começo (cân 1055).
Assim, Jesus anulou permissões que se infiltraram na Lei Mosaica, permitindo o rompimento do vínculo matrimonial. Portanto, a união matrimonial do homem e da mulher é inseparável; o próprio Deus a implementou: “Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe” (Mt 19,6).
Essa explícita afirmação acerca da indissolubilidade do matrimônio causou embaraço entre os apóstolos de Jesus. Se sentirem desorientados, assim, como muitos se sentem hoje, pois aquilo lhes parece ser uma exigência irreal (Mt 19,10).
Cristo, no entanto, não sobrecarrega os cônjuges com um jugo impossível de ser carregado. Restaurando a ordem original da criação, corrompida pelo pecado, o Filho de Deus dá força e graça para viver o matrimônio, para vivenciá-lo na dimensão do Reino de Deus (Deus ou nada, Card. R.Sarah). “Vinde a mim, todos vós que estais cansados e sobrecarregados...” (Mt 11,28-30)
Seguindo a Cristo, renunciando a si mesmos, tomando a sua cruz de cada dia, os esposos conseguirão entender o significado original do matrimônio e vivenciá-lo com ajuda de Cristo. A graça do matrimônio cristão é um dos frutos da cruz de Cristo (Deus ou nada, Card. R.Sarah).


A realidade e as fantasias. Ditaduras. Ilusão.


Fuga da realidade 

Em nossos dias se valoriza e supervaloriza os relacionamentos virtuais, através de redes sociais. Sem dúvida, são importantes, mas não podem servir como fuga da realidade. Na Exortação Apostólica “Evangelii Gaudium”, em número 231, o Papa Francisco chama a atenção para a importância da realidade
Afirma que a realidade é mais importante que quaisquer ideias mais brilhantes: “Existe também uma tensão bipolar entre a ideia e a realidade: a realidade simplesmente é, a ideia elabora-se. Entre as duas, deve estabelecer-se um diálogo constante, evitando que a ideia acabe por separar-se da realidade. É perigoso viver no reino só da palavra, da imagem, do sofisma. Por isso, deve ser postulado um terceiro princípio: a realidade é superior à ideia. Isto supõe evitar várias formas de ocultar a realidade: os puritanismos angélicos, as ditaduras do relativismo, a retórica vazia, os projetos mais formais que reais, intelectualismos privados de sabedoria os fundamentalismos anti-históricos, os eticismos sem bondade, os intelectualismos sem sabedoria”.
As ideias, se não confrontadas com a realidade, podem tornar-se causas de conflitos, equívocos, terrorismos, etc.