domingo, 18 de dezembro de 2011

PAPAI NOEL



Sinto um pesar, por abandonar o blog. Obrigado aos meus amigos que me cobraram novos post’s. Foi por causa do acúmulo dos trabalhos. À noite não tive mais nem vontade nem inspiração... Agora vou me mobilizar para escrever com mais freqüência...

O Advento está terminando. Passou tão rápido! Vamos começar preparativos para celebrações do aniversário da Primeira Vinda do nosso Amigo e Salvador, Jesus. Presépio, árvore de Natal, enfeites são os requisitos que ajudam vivenciar um clima todo particular, do mistério do Natal. 
O nosso Brasil ainda é bastante religioso. 
Possui uma religiosidade natural. Infelizmente, esta nem sempre é enriquecida pelos conhecimentos, ao menos básicos. Daí, os costumes e as práticas estranhas, copiados da tv ou da rua, empobrecem a riqueza  e a beleza do Natal.
Um dos costumes estranhos, que se fincou no chão brasileiro é o chamado “papai noel” ou “bom velhinho”. Até o seu vestido mostra, para quem pensa, que o figurino não é dum país tropical...
Como é constrangente ver, em pleno século XXI o surgimento de uma nova “religião”, a do “papai noel”. Os seus adeptos estão crescendo em tempo assustador, devido a ignorância, não só religiosa, acompanhado pelo cultura de prazer, consumismo e outros “ismos”...
Assim o culto de Deus, escondido nos sinais religiosos, se transfere para um boneco de origem e finalidade duvidosas, a quem se atribui a “bondade” de distribuir os presentes. Ele distribui nada! É uma mentira!!! E todos o sabem! Com esta mentira se contamina as mentes límpidas de crianças inocentes. (Infelizmente, até na Igreja há quem diz: “e o que é de mal recorrer ao “papai noel?” Eu respondo a um tal: pense!).
Deve-se desmascarar o boneco-palhaço que tira atenção devida a Deus verdadeiro que continua vindo para salvar. Todos. Sem exceção. 
Deve-se descobrir que para viver a alegria natalina não precisamos dum palhaço vestido de roupa vermelha, mas que nós mesmos podemos e devemos nos presentear com qualquer coisa que seja expressão da bondade do nosso coração. Esta é uma interpretação correta do Natal daquele que veio para trazer o maior dos presentes: a salvação. A vida para todos.

sábado, 26 de novembro de 2011

Deus - embebados n´Ele

Assuma a responsabilidade por tudo que você fez. 
Deus não retira nada pela força. 
Ele respeita a a liberdade da gente, porque não vai nos libertar daquilo que a gente não quer lhe entregar...

Traduzido duma fonte de livre acesso. Identificação disponível, quando solicitada

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Razão

É bom ter a imaginação como companheira de viagem, 
mas é necessário tomar a razão como guia...


Samuel Johanson, do livro "Amor às montanhas"


quarta-feira, 2 de novembro de 2011

FINADOS





A Igreja sempre vem lembrando-se dos mortos, nas suas orações. No entanto, o Dia de Finados aparece no calendário litúrgico relativamente muito tarde. A própria idéia de tal dia nasceu nos ambientes monásticos. A Regra de São Isidoro de Sevilha (+ 636) prescreve a Santa Missa por todos os falecidos para a segunda-feira depois do Pentecostes. Algumas igrejas conheciam um dia de oração semelhante, depois da Epifania. Há uma tendência ligar este dia com uma das grandes festas da Igreja.

Dia de Finados, na sua forma atual, foi introduzido por Santo Odilon, abade do mosteiro de Cluny (994-1048). Dia 02 de novembro foi escolhido em razão do dia anterior, a solenidade de Todos os Santos.
A Igreja se alegra com a glória dos seus santos, mas não se esquece dos que ainda não chegaram à esta plenitude.
A primeira menção sobre a celebração do Dia de Finados, em Roma vem do ano1311. Em algumas dioceses, neste dia, fazia-se as procissões com orações pelos mortos. No final do século XV, na Espanha, surge a prática de celebrar três missas, por cada sacerdote (a prática é vigente até hoje).  No ano 1915, papa Bento XV, estende este privilégio sobre toda a Igreja.
Dia de oração pelos falecidos é o dia de perguntas fundamentais. Por que morremos? Por que nosso corpo vira um pó? Por que temos que viver a dor da separação dos entes queridos? Que sentido tem a vida humana?

Quem recebeu e acreditou nas palavras de Cristo, sabe a resposta. Este crê no que dizem os Livros Inspirados da Sagrada Escritura. Muitas das respostas que encontramos na Bíblia podem ser reduzidas a uma: a morte só pode ser compreendida à luz da morte e ressurreição do Senhor, Jesus Cristo. Assim como Jesus morreu e ressuscitou, assim também aqueles que morreram em Jesus, Deus unirá com Ele (1Tes 4,14). Como em Adão todos morrem, assim em Cristo todos serão vivificados (1Cor 15,22). "Eu sou a Ressurreição e a Vida. Quem vive e crê em mim nunca morrerá" (Jo 11,25).

A fé na Ressurreição do Senhor Jesus está no fundamento de nossa oração por aqueles que já partiram.
Eles não só creram no Senhor, mas pelo Batismo morreram com Ele e com Ele passaram para a nova vida. Agora o Senhor vai completar o que começou no Batismo.

Será que existe um homem que não tenha pecado? 


A Igreja recomenda hoje, à bondade e misericórdia Divinas aqueles que partiram. Ao celebrar a Eucaristia, a Igreja não cessa de interceder por nossos irmãos que adormeceram na esperança da ressurreição. Reza pelos mortos cuja fé só Deus conhecia e por todos os que deixaram este mundo. Que nos acompanhem as palavras da Liturgia (Prefácio): "Para os crêem em vós, Senhor, a vida não é tirada, mas transformada”. Hoje, estas palavras adquirem significado especial...

Dia de Finados lembra a verdade sobre o Purgatório. Deus nos permite amadurecer, até mesmo após a morte, purificar, refinar o nosso amor frágil. Este dia também nos lembra de que as nossas orações pelos mortos podem ajudá-los. Elas são a melhor expressão do nosso amor, da memória, da gratidão e, quem sabe, as vezes do perdão.


sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Deus está em tudo


Se a sua vida não for bem sucedida ou, se não for tão bem sucedida como você queria, se sempre algo dá errado, então, no meio de tudo isto está Deus, que diz: Eu estou aqui...

Traduzido duma fonte de livre acesso. Identificação disponível, quando solicitada

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

RIQUEZA

   Łk 12,13-21

Por que Jesus, em resposta a um pedido para julgar a disputa sobre a divisão dos bens, não queria atendê-lo? Por que advertiu contra a ganância? E aquele irmão, privado de propriedade e que buscava apenas a justiça foi ganancioso?
Jesus não veio para julgar o homem. Mesmo aquele que age injustamente e trata mal o seu irmão. Jesus veio para ensinar a cada ser humano o que significa amar.
É um ensinamento difícil, porque à sua luz pode se perceber que, as vezes o desejo humano de justiça e retribuição pelos danos leva ao empobrecimento no amor. Quando EU exijo a justiça, quando EU quero receber o que por direito me pertence, então eu viro as costas ao meu irmão. Ai, então, começo a acumular os tesouros para si mesmo. No entanto, diante de Deus só se pode ser rico no amor.
É difícil. Mas, Deus exige de mim que eu supere a mim mesmo, exige a confiança semelhante da de Abraão, que nenhuma renúncia minha, de algo que eu gostaria de ter, não será em vão, se a faço por amor a Deus e por amor a irmão.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Sonhar


Se os meus sonhos não são compatíveis com os sonhos de Deus, então, eu não entendo os sonhos d'Ele ou distorço os meus próprios.

Traduzido duma fonte de livre acesso. Identificação disponível, quando solicitada

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Milagre Eucarístico. A Hóstia se transformou num coração humano



A história da Igreja conhece mais de 130 milagres da Eucaristia. Ocorreram em momentos de dúvida na presença real de Cristo no Santíssimo Sacramento, nas tentativas de profanações, mas também, como um prémio pela fé e amor.











No final do ano 2009, na Polônia, numa igreja na cidade de Sokółka, durante a distribuição das partículas eucarísticas na Santa Missa, caiu no chão uma pequena Hóstia consagrada. Conforme as normas vigentes para tais situações,  a Hóstia foi colocada num recipiente especial, para ser dissolvida em água. 
Depois de uma semana, na Hóstia apareceu uma mancha dando a aparência de sangue. A Hóstia foi submetida a análises dos estudiosos peritos. Os especialistas em patomorfologia, da Universidade de Medicina de Bialystok, constataram que o material é uma parte do músculo cardíaco em agonia.
As análises realizadas pelos patomorfologistas não trazem uma “revelação”. Apenas confirmam empiricamente aquilo que aceitamos pela fé. Jesus está presente vivo na Hóstia consagrada. Aquilo que no episódio em Sokółka foi o Corpo de Cristo, sendo distribuído aos fieis, participantes da Santa Missa, continua sendo o Corpo de Cristo, porém de um modo diferente.
Os acontecimentos em Sokółka foram investigados por uma Comissão especial da Igreja, e esta concluiu que naquele fenômeno eucarístico não houve intervenção de terceiros, o que significa que não é uma farsa. As atas do caso ficam guardadas na Nunciatura Apostólica em Varsóvia e no Vaticano.
A questão de reconhecimento oficial do milagre eucarístico em Sokółka cabe ao Vaticano. Não se deve esperar decisões rápidas. A Igreja é muito cautelosa. Vai observar se o culto vai crescer naquele lugar, se haverá fenômenos inexplicáveis, como curas ou conversões. O que importa é que recebemos mais um lembrete do Coração que ama.
Glória a Jesus na Hóstia Santa...!


domingo, 2 de outubro de 2011

Deus no meu caminho

Mt 21,33–43

A parábola dos vinhateiros tem uma mensagem bastante clara. O dono da vinha é Deus e o homem é um inquilino. Para salvar a sua “vinha”, Deus envia profetas para exortarem o homem e lhe transmitirem a Sua vontade. Mas o homem não quer obedecer, por isso rejeita e mata aqueles que são a voz de Deus, aqueles que em Seu Nome orientam e exortam.
No entanto, nem a resistência nem a iniquidade do homem desmotivam Deus. O tanto Ele tem amado que incansavelmente continua pronto a salvar. Enfim, por isso envia o seu Filho. O homem, no entanto, rejeita o Filho e Deus e O suspende no madeiro da cruz...
É verdade que a parábola da vinha se refere primeiramente aos israelitas. No entanto, não deixa de ser uma exortação e transmite a mensagem importante para o nosso “hoje”. Esta Palavra é dirigida a mim, no meu “agora”.
Será que no meu caminho Deus não vem colocando várias pessoas boas, sábias e nobres, que querem o meu bem? Preocupadas com a minha salvação mostram a direção certa, advertem, chamam atenção, como os profetas da Antiga Aliança.
A verdade que preciso ouvir, muitas vezes doe, provoca até revolta e resistência. Não querendo aceitá-la finge-se que não se tem ouvido, ou que aquilo não se refere a mim e, sim mais a outros membros da minha família, amigos, vizinhos.
Talvez eu não queira ouvir a Deus, porque o que Ele diz me parece exigente demais? Ou, ainda, porque seria necessário mudar algo em minha vida?

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Coração - a verdade sobre o coração

"Não obedecemos à voz do Senhor nosso Deus (Ba 1,19) [...] entregamo-nos, às inclinações do perverso coração...” (Ba 1,22ª).

O coração do ser humano foi feito para ser a fonte do bem, do belo e da criatividade construtiva. Infelizmente, foi corrompido, pela desobediência (Gn 3,1-19). Daí, muitas vezes, ele é a fonte de inseguranças, desorientações e enfim, más escolhas que resultam nos problemas.
Há quem diz que é preciso fazer “o que o coração pede”. Mas, e aonde vai ficar a razão que deve ser responsável pela análise de escolhas?
Ainda que se deva “amar de todo o coração”, o coração não pode ser um exclusivo centro decisivo, mas o objeto da sua atração deve ser apresentado à análise da razão. Por que? Por causa da corrupção.
Já no começo da Bíblia  encontramos as palavras de Deus, que nos diz: “O Senhor viu que havia crescido a maldade do homem na terra, e como os projetos do seu coração tendiam sempre para o mal” (Gn 6,5).  Os Jesus, nos Evangelhos também alerta perante a confiança no coração: “Porque é do interior do coração dos homens que saem os maus pensamentos, as prostituições, roubos, assassínios, adultérios, ambições, perversidade, má fé, devassidão, inveja, maledicência, orgulho, desvarios. Todas estas maldades saem de dentro e tornam o homem impuro” (Mc 7,21).
E o que deu quando ouvimos a nós mesmos? Quando conhecemos os encantos de autorealização, quando experimentamos a liberdade de escolha? O que nos restou? Muitas vezes como disse o profeta, apenas "corar de vergonha" (Ba 1,15). Muitas vezes, apenas "calamidades e a maldição" (Ba 1,20). Apenas "ai"...

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Deus na hora certa


Jesus disse a Natanael que sabia quem ele é, porque eu o viu debaixo da figueira... (Jo 1,48)

Eis o Deus que sempre está no lugar certo e na hora certa. 
Por isso nos conhece intimamente e pode reinar, pode ordenar.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Perguntar - Quem pergunta não erra

"Quem pergunta não erra". É uma afirmação da sabedoria popular, mas sempre atual e importante.

Todos admiravam as obras de Jesus. Talvez, haviam esperado que em breve pudessem ver ainda mais? Enquanto isso, Jesus diz aos discípulos: “Prestai bem atenção às palavras que vou dizer: O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens” (Lc 9,43b).

A ducha de agua fria para as expectativas excessivas? Não. Eles simplesmente não entendiam. Além disso, tiveram medo de perguntar (Lc 9,45).

A gente preferiria evitar o erro daqueles discípulos. Não há nada pior do que viver na ignorância e se iludir. Por isso, quando não se entende, é preciso perguntar. Uma pergunta, mesmo que parece simples e insignificante, revela a busca, a inquietude, a criatividade. Assim se nasce gente valiosa.

Às vezes não haverá resposta nenhuma. Outras vezes, não dá para entender imediatamente. Mas pode também acontecer que a resposta, ao ampliar os horizontes, virará de cabeça para baixo, o mundo que a gente havia organizado...

Apesar de tudo, assim é melhor. Pelo menos não se irá dizer depois, como os discípulos a caminho de Emaús “e nós estávamos esperando...” (Lc 24,21).

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Maria, Mãe junto a Cruz

"Junto à cruz... estava mãe." Ela se manteve longe de seu Filho, nos momentos de triunfo. Quando queriam proclamá-lo rei, quando entrava em Jerusalém recepcionado com gritos de "Hosana" - nada ouvimos falar sobre Maria. 

Somente na hora de abandono e da humilhação final ela aparece abertamente e corajosamente - aos pés da cruz. Não pode mais fazer nada por Ele. Olha impotente as suas feridas sangrando, as cólicas e calafrios em agonia, seus lábios ressecados e os olhos se apagando, sinal de que a vida se vai lentamente.
Não se queixa e nem conforta o seu Filho. Apesar de que o tamanho da sua dor só pode entender uma mãe, ao assistir a morte de seu filho.

Há sofrimento diante do qual resta apenas silêncio e lágrimas...

É fácil crer quando tudo vai conforme as nossas expectativas, mas, na verdade, o tamanho e a qualidade da nossa fé só aparecem à luz da cruz...

domingo, 21 de agosto de 2011

Céu - Anseio pelo céu


Olhou a humildade de sua serva. Doravante todas as gerações me chamarão de bem-aventurada (Lc 1,48).
Maria obediente a vontade de Deus. Mesmo quando não consegue entende-la, confia totalmente. Não se revolta quando obrigada de mudar seus planos de vida. Vive humilde diante de Deus e mansa perante o mundo. Sempre na sombra do Seu Filho, e sempre perto de Deus.
A confiança e a humildade, sem dúvida, aproximam a Deus. Esta proximidade, por sua vez, aciona o anseio por uma vida com Ele na eternidade. Se não houver a proximidade com Deus não haverá interesse pelo céu d’Ele.....
No céu não haverá mais dor, sofrimento, nem tristeza. Desaparecerão as fraquezas humanas e pecados. Não haverá ansiedade e medo, temor de rejeição, ferimento, fracasso ou ridiculização. Encontraremos aqueles que amamos aqui na terra, mas também aqueles que ainda não amamos bastante ou que não conseguimos amar. Haverá ali nossos atuais amigos e inimigos. No entanto, só o amor nos unirá.
Se eu tenho essa visão de felicidade, por que, então, não consigo viver essa esperança a cada dia? Porque a minha vida não gira em torno da promessa de Jesus?
Percebo, dentro de mim, muito poucas saudades do céu e de Deus e, um apego demasiado às coisas da terra...

domingo, 14 de agosto de 2011

Maximiliano Kolbe - morte heróica em Auschwitz

Hoje é aniversário (70-mo) da morte heróica de São Maximiliano Kolbe, franciscano conventual polonês, que entregou a sua vida, pela vida de Francisco Gajowniczek, pai de uma família, no campo de extermínio dos nazistas alemães, em Auschwitz.
Raimundo Kolbe nasceu dia 08 janeiro de 1894, em Zdunska Wola, numa pobre, religiosa família dos tecelões. Quando criança - ele o confessou a sua mãe - teve uma visão de Nossa Senhora, que segurando em suas mão duas coroas lhe perguntou qual delas ele quereria. A branca é símbolo da pureza, e a vermelha, símbolo do martírio. Raimundo respondeu que quer as duas.
Em 1907 iniciou estudos no seminário franciscano menor, na cidade de Lwow (hoje na Ucrânia), e três anos mais tarde ingressou no noviciado da Ordem dos franciscanos conventuais, recebendo o nome de Maximiliano. A filosofia e a teologia estudou em Roma. Em 1917 fundou movimento mariano Milícia da Imaculada para evangelizar, para difundir mais conscientemente e diligentemente o Reino de Deus, como também, para o compromisso de orar pelos inimigos da Igreja, especialmente pela maçonaria. Em 1918 ele foi ordenado sacerdote. Realizando objetivos da Milícia da Imaculada, no ano 1922, em Cracóvia, publicou a primeira edição da revista mensal, a nível nacional, "Cavaleiro da Imaculada", que está sendo publicada até hoje.
Cinco anos mais tarde, em 1927, fundou o maior convento do mundo católico, o Niepokalanow (a sua “cópia” com o nome “Jardim da Imaculada” existe também no Brasil, na Cidade Ocidental do Entorno de Brasília) que em 1939 chegou ao número de 700 religiosos (!).
Apesar da doença pulmonar grave, em 1930, começou o trabalho missionário no Japão, onde lecionava (obteve dois doutorados em Roma) e publicava, em japonês, a revista “Cavalheiro da Imaculada”, e onde fundou um correspondente de Niepokalanow (“Mugenzai no sono”, ou seja “Jardim da Imaculada”).
Em 1936, frei Maximiliano foi nomeado superior do Niepokalanow polonês, que ele mesmo havia fundado e que já se tornou conhecido por suas atividades publicitárias. Neste período continuava realizar os seus sonhos encerrados no seu lema: “Conquistar o mundo inteiro para Cristo pela Imaculada” construindo uma emissora de rádio e debruçando-se sobre o projeto de uma aeronave e um aeroporto.
Três anos mais tarde (era o ano da explosão da II guerra mundial), houve a primeira tentativa de emissão do programa de rádio de Niepokalanow. Desde o início da guerra, de uma maneira especial, frei Maximiliano e o convento Niepokalanow ajudavam a população local. A sua atuação incomodava evidentemente os ocupantes nazistas. Foi preso, uma vez depois outra. Finalmente transportado para o campo de concentração de extermínio, Auschwitz.
Após dois meses de vida naquele lugar, chamado com toda razão de inferno, dando um testemunho heróico de paciência, de fé e de amor, aos 30 de julho de 1941 ofereceu-se para morrer no bunker de fome, para salvar a vida de um pai da família. Não morreu simplesmente, mas deu a sua vida pelo outro, como Jesus Cristo o fez. Desde 30 de julho até 14 de agosto de 1941, juntamente com outros nove homens condenados à morte de fome, frei Maximiliano foi uma particular presença de Deus (tanto para as vítimas, quanto para os algozes) naquele lugar de iniquidade e desprezo à vida. Ajudou aqueles homens enfrentar a morte com dignidade e vencê-la com a força do amor. Foi morto através da injeção letal, como o último dos companheiros de bunker. Aos 17 de outubro de 1971 foi beatificado pelo Papa Paulo VI e aos 10 de outubro de 1982 foi canonizado por João Paulo II.
São Maximiliano foi um santo, não só no momento da morte, mas foi assim ao longo de sua vida, coroada por aquele ato heróico. Foi fiel nas pequenas coisas cotidianas e, por isso, foi capaz de ser fiel na hora do maior desafio. Ele já entregava a sua vida, dia após dia, servindo incansavelmente à causa de Deus e sendo sensível a todo ser humano.

sábado, 6 de agosto de 2011

Transfiguração

"Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, e os levou... até um monte alto" (Mt 17,1).
Um monte alto - porque a vista do alto é diferente.
Do topo se vê bem longe. Um mundo distante de relógios, dos prazos, da pressa...
Do alto é possível ver melhor o que realmente é importante e o que não é. Não da pra distinguir a marca de um automóvel, da roupa, dum homem com diploma universitário ou sem... Porém, enxerga-se outras coisas, por exemplo: as pessoas minúsculas como formigas, correndo desordenadamente – para onde? Por que correm assim, para onde correm, qual é o seu propósito?
Sozinhos, para um lugar afastado - porque em silêncio é mais fácil enxergar todas as coisas.
Separadamente - isto é, deixar as pessoas, mesmo aquelas mais próximas.
Separadamente - é esquecer, aqui e agora, os compromissos que esperam, tarefas a serem executadas, os problemas do cotidiano. Separadamente - isto é, pessoalmente, sem companhias, empregar um longo caminho até para dentro si mesmo.
Será que nós vamos ali várias vezes? Costumamos visitar a si mesmos, no próprio interior? Talvez tenhamo-nos fechado em si mesmos... Talvez não suportemos essas penetrações, estas descobertas do próprio interior, até mesmo diante de nós mesmos...
Em tudo aquilo que fazemos e o que vivemos – para onde queremos chegar? O que é para nós o mais importante? É só para se bem acomodar? Para achar um jeitinho para uma vida boa? Para brilhar diante dos outros?
As perguntas chamadas existências não deixam em paz. Como um martelo insistente retornam e incomodam... Quem sou eu? Qual caminho sigo? Qual é o objetivo principal da minha vida?
Vale a pena, de vez em quando, sair "para um alto e afastado monte" para buscar respostas para estas perguntas e para experimentar a sua própria transfiguração.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Crer

Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido. Onde você estava há tanto tempo? De qualquer forma, não importa onde, por que você não estava aqui quando precisamos de você? E quanto te pedimos para que venhas?
Grito do homem sofrido, atingido pela dor. Grito, mas não revolta. Eu continuo crendo que tu és o Messias, o Filho de Deus, que devia vir ao mundo. Eu continuo confiando em você. Acredito no seu amor por mim. Por a minha irmã. Por meu falecido irmão, que tanto queria viver. 
Acredito, apesar de que não entendo...Se tu creres, verás milagre, ouviu a Marta. Realmente. Ela mesma, Maria, e muitos judeus que vieram para confortá-las após a morte de seu irmão, se tornaram testemunhas da ressurreição.
Hoje, muito raramente esperamos milagres e não os percebemos, mesmo que eles vêm acontecendo todos os dias. Menos demonstrativos, como o de Lázaro, mas não menos verdadeiros, sinais da graça e do amor divinos.
Se acreditares em mim, verás milagre. Na tua própria vida...

domingo, 24 de julho de 2011

Coração prudente

“Dá, pois, ao teu servo, um coração compreensivo, capaz de governar o teu povo e de discernir entre o bem e o mal” (1Rs 3,9) - pediu um jovem Salomão. E recebeu o que pediu, em abundância. A sua sabedoria tornou-se famosa. Sabedoria, que recebeu como um presente.
Salomão pediu apenas uma, mas escolhida, pérola. Para ela, deixou todo o resto. A riqueza, a vida longa, as vitórias sobre os inimigos. Desejava unicamente aquela pérola, a sabedoria. Tudo o resto recebeu graças a ela.
Salomão pediu um coração repleto de bom senso, para distinguir entre o bem e o mal. Hoje também temos de pedir o mesmo. Muitas vezes não é fácil de reconhecer o bem.
Em cada momento de nossas vidas buscamos coisas novas e velhas, atraentes e indiferentes, bonitas e de valor duvidoso... Precisamos de sabedoria de Deus, da sabedoria contida na Sua palavra, para extrair aquilo que é pérola.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Seguir?



Segue-me, e deixe que os mortos sepultem os seus mortos! Mt 8,22 b


O caminho da fé é uma luta constante com as tentações. Quando não vivida com Deus, traz muita inquietude, ansiedade, confusão, estresse e preocupações desnecessárias sobre o “amanhã” incerto ou uma análise inútil do dia de ontem. Demasiada preocupação com o que virá e/ou com o que já se passou faz com que a gente não vive o momento presente. Está “fora de si”.

Jesus no seu convite "segue-me" quer que tudo depositemos em Suas mãos, que Lhe confiemos e nos entreguemos totalmente a Ele.

E isto imediatamente, não amanhã. A Suas mãos são seguras.


sábado, 18 de junho de 2011

Problemas... Basta!

“Não vos preocupeis demais com a vossa vida, com o que havereis de comer ou beber; nem com o vosso corpo, com o que havereis de vestir” (Mt 6,25). "Demais" é o comentário da Igreja, para não entender estas palavras como um incentivo a não-fazer nada. Afinal de contas, São Paulo já tinha que repreender, dizendo que aquele que não trabalha, também não deva comer.
Portanto, não vos preocupeis. Não vos agiteis, não vos inquieteis e não se concentrem no amanhã. Na verdade, não sabem nada sobre o amanhã. Até mesmo se ele virá.
De fato, há muitas coisas e problemas que precisam da nossa atenção, da nossa presença, do nosso engajamento. Muitas vezes não temos tempo, porque.... é preciso preocupar-se pelo amanhã. Enquanto isso, a vida acontece hoje. Só hoje.
Hoje é o tempo para a oração, telefone, encontro com outras pessoas, sorriso, ajuda, para estender a mão. Amanhã, virão novos desafios e necessidades.
“Basta de problemas para cada dia”. Não se deve ignorar isto, pensando no amanhã. Até mesmo se ele virá.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Tesouro. O coração num cofre

Tesouro... Algo o mais precioso, acima de tudo. Algo, pelo que estou disposto a me sacrificar muito; talvez sacrificar tudo?
Ouro, às vezes, acaba de se revelar um ouropel, uma falsa segurança. Um "tesouro", como pilha de sucata. E se não for assim, então, quanto empenho é necessário para manter este tesouro, para protegê-lo... Como deve ser difícil, em tais circunstâncias, oferecer a si mesmo um pouco de luxo de liberdade...?
Um tesouro não tem de ser necessariamente uma fortuna financeira ou material. Pode ser a posição (social, intelectual, espiritual...). Pode ser outra pessoa. Pode ser o meu conforto, minha segurança, o meu mundo inteiro... O meu coração, ou seja, todo eu (meu futuro, minha vida, minha segurança).
Será que pode se perder algo mais, além do coração ou, seja a si mesmo? Talvez seja melhor: haja mais o que se pode perder, se perder o coração?
Deus não responde pelo coração deixado sem vigilância e sem cuidado. Não se deve ter pretensões, se ele “adoecer” ou até mesmo morrer...
Mesmo assim, é bom lembrar que Deus está sempre pronto a ajudar reanimar e encontrar este coração... dentro de mim mesmo.

sábado, 4 de junho de 2011

Céu


Nós também pensamos que é bom "olhar para o céu" - em adoração, oração, na Santa Missa. Ao nosso redor estão pessoas como nós, crentes.
Ninguém vai zombar de nós, ninguém vai ridicularizar a nossa fé e o nosso desejo de Deus. Mas esses momentos, como no caso dos apóstolos, não são nos dadas como um fim em si mesmo.
Devem nos fortalecer para "descer da montanha” e ir entre aqueles que, apesar de seu comportamento e suas palavras, muitas vezes negam isso, precisam do nosso testemunho de que Deus existe e nos ama.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Conformismo




Raiz da palavra "conformismo" é de "conformo", em latim, que significa "estou dando a forma". É um comportamento ou modo de viver que consiste em aceitar e submeter-se aos valores, regras, opiniões e normas de conduta predominantes num determinado grupo social.

Geralmente, o conformismo é identificado com a exagerada e, sem um senso crítico, aceitação e aplicação destas normas. Também, consiste em demasiada identificação dos objetivos pessoais com os objetivos do grupo, numa mecânica aceitação de todas as regras e valores, numa submissão passiva, numa aprovação impensada das regras ditadas pelo outros.

O comportamento conformista, neste sentido, resulta do medo de formular qualquer ponto de vista próprio, propostas, como também, a individualidade do comportamento. (Fonte: “Słownik Encyklopedyczny Edukacja Obywatelska” Wydawnictwa Europa. Autorzy: Roman Smolski, Marek Smolski, Elżbieta Helena Stadtmüller).

Talvez seja mais fácil levar a vida de um conformista, mas, indubitavelmente fica difícil ser feliz e considerar-se livre. Vale a pena, caminhar contra as correntes.


sexta-feira, 27 de maio de 2011

Amizade com Jesus



Às vezes me comporto diante de Deus como um servo. Sinto-me cheio de ansiedade ou medo, se faço bem as coisas, se Ele gosta do que faço e como o faço. Em tais situações me esqueço que Jesus não quer que eu me comporte como um servo, mas que seja Seu amigo.
Foi Ele quem ele me escolheu, desde a fundação do mundo, para viver com Ele em amizade. Para contemplar, conhecendo as três Pessoas Divinas: Pai, Filho e Espírito Santo. Porque este é o único caminho para crescer no amor: a Deus e ao próximo. Eu queria ser bom, sem coerção, em liberdade.
As minhas transgressões, pecados, fraquezas não são importantes. Para Jesus, não constituem qualquer obstáculo. Para Ele a mais importante é a minha decisão: se eu quero fazer amizade com Ele, ou prefiro permanecer na condição de um servo - concentrado em se mesmo e separado do Senhor pelo medo, desconfiança, esperando o castigo...
Qualquer decisão tem o seu preço e as suas conseqüências.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Diálogo



A coisa mais importante é falar. No entanto, numa conversa é preciso mais ouvir do que falar. Se você ouve, você mostra que o mundo do teu interlocutor é importante para você. Que você é capaz de entrar neste mundo e compreendê-lo.

Encontrar hoje alguém que queira apenas ouvir... Pelo jeito não é fácil.

domingo, 1 de maio de 2011

Invisível


Terminou a Oitava da Páscoa. E nós permanecemos na doutrina dos apóstolos e em oração. Permanecemos confiando no cumprimento das Promessas do Ressuscitado. Temos vindo para “partir o pão”, confessamos os nossos pecados, ouvimos as testemunhas. Aquelas testemunhas (como beatificado hoje João Paulo II) que encontraram o Ressuscitado, e que ao longo de suas vidas comprovaram de que vale a pena dedicar a vida para aquela Verdade de dois mil anos.
Este é o elo que nos une: a fé n’Ele, em Jesus. Feridos, caindo nas nossas fraquezas, experimentando diversas dificuldades e também sendo perdoados, alegres em Deus, jovens e idosos... Aparentemente somos muito diferentes, uns dos outros, mas temos uma coisa em comum e ela nos permite a nos considerarmos de irmãos e irmãs: a fé n’Ele, em Jesus.
Embora não O temos visto, nós O amamos. Embora não podemos tocá-Lo, vivemos na Sua presença. Ainda que um dia tenhamos de morrer, testemunhamos a ressurreição.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Pescar

Jo 21,3
O que fazer? Antes os dias foram cheios de compromissos de quem era discípulo do Mestre de Nazaré. Agora...
"Vou pescar" - é uma resposta para a incerteza. "Vou fazer aquilo que sei fazer. Se Jesus quer que eu faça algo mais, deve me dizê-lo de alguma forma, porque eu não entendo"...
Mas, Ele ainda não diz nada. Mais uma vez confirma os discípulos na fé de que realmente havia ressuscitado. Mais uma vez, através da simples pergunta pela comida, leva a paz nos corações dos discípulos. Aquele Jesus que venceu a morte, não se tornou um Senhor distante e inacessível. Continua como era antes. Continua sendo Mestre e Amigo...
Quando a gente não sabe o que fazer na vida, deve fazer aquilo que sabe fazer, aquilo em que se sente “craque”. Com o passar de tempo tudo pode clarear.

sábado, 16 de abril de 2011

Paixão


O Domingo da Paixão tem um duplo significado. Lembra a entrada solene de Jesus em Jerusalém e o inicia a Semana Santa. Encontram-se assim a alegria (pois em Jesus Cristo cumprem-se anúncios dos profetas; Ele entra na cidade de Davi como rei) e o drama do Deus que não é reconhecido, é desprezado e rejeitado pelo povo.
Celebrando e vivenciando a Paixão de Cristo não podemos nos deter apenas nas emoções. Elas são fugazes demais para serem próprias como fundamento da construção da vida.
O cardeal Joseph Ratzinger, ao presidir a Via Sacra no Coliseu de Roma, em 2005, pedia a Jesus: "Ajude-nos a acompanhá-Lo, não só em nobres pensamentos, mas no Teu seguimento de coração e, até mais: nas ações concretas da nossa vida cotidiana. Ajude-nos a entrar no caminho da cruz, de corpo e alma, e para sempre permanecer no Teu caminho "... (tradução livre, fn).
A cruz não é um mero sofrimento e, em conseqüência, uma maldição. É um mistério profundo que, inevitavelmente, faz parte de toda vida humana. Por isso, precisa ser descoberto, integrado e assumido, como o fez Jesus.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Julgamento



Não gostamos de ser avaliados, julgados, verificados pelos outros. Sentimo-nos desconfortáveis quando alguém está para avaliar o nosso trabalho ou uma tarefa que executamos. Temos medo do olhar crítico, pois esperamos mais severidade que a benignidade por parte do nosso juiz. Com muita dificuldade nos conformamos com a crítica do nosso ponto de vista, em muitos assuntos.

Realmente, muitas vezes, as pessoas são injustas nas suas sentenças, julgam erroneamente. Quando nos atinge qualquer injustiça, estamos com raiva, firmemente provamos a nossa inocência. Às vezes não falamos nada, sofrendo em nosso íntimo... Mas, este sofrimento interior se transforma em nós em amargura e decepção com os outros e, às vezes, até mesmo com Deus.

Raramente temos a coragem, como Susana (Dn 13), em situação de um julgamento injusto voltar-se imediatamente a Deus, apresentando-Lhe o mal que nós experimentamos e pedindo a justiça. Porque, talvez aconteça que Ele não queira nos defender, mas - conhecendo todos os nossos pecados e fraquezas - ainda queira acrescentar outro sofrimento...

Tal mentalidade mostra o quão pouco conhecemos Deus. Como temos pouca fé naquela imagem do Pai, que revelou Jesus Cristo. Deus não condena ninguém. Nem mesmo a adúltera, ainda que realmente foi provada a pecaminosidade de sua conduta (Jo 8,1-11).

Para experimentar que Deus é bom, não se deve fugir da Sua face, mas buscá-Lo e permitir que ao julgue os nossos atos e manifeste a sua misericórdia.


sábado, 9 de abril de 2011

Deus não gosta?

O fato de que Deus ama a todos é comentado com freqüência. Mas, é preciso lembrar, também que há, de quem Deus simplesmente não gosta. E isto já não é tão óbvio...
Lemos na Bíblia que Deus gosta de Salomão, pois O pede a sabedoria e não a riqueza (cf. 1Reis 3). O salmista confessa que o canto e ação de graças são mais agradáveis a Deus do que os sacrifícios de animais (Sl 69,31-32). O profeta anseia pelo tempo em o sacrifício de Judá e de Jerusalém será agradável ao Senhor (cf. Mal 3,4).
No entanto, Deus não gosta do caminho que segue Balaão (cf. Nm 22). Não gosta da desordem e injustiça (cf. Is 59,14), do comportamento do homem que se alegra do tropeço do inimigo (cf. Prov 24,17), dos judeus que matam e perseguem (1Tes 2,15) e daqueles “que vivem segundo a carne” (Rom 8,8).
Esta afirmação, de que não podem agradar a Deus os que vivem segundo a carne, é mais fácil compreender lendo o início do capítulo 15 da Carta aos Romanos.
São Paulo exorta os fortes na fé, para que não procurem o que lhes é agradável, mas o que é agradável aos outros, mostrando Jesus Cristo como exemplo, pois Ele "não buscou a sua própria satisfação”, mas aceitou os insultos e as injurias (cf. Rom 15,1-3).
Viver segundo a carne é não olhar o próximo, nem o Cristo. Como, então, isto pode ser agradável a Deus? Talvez, alguém possa não gostar que Deus não goste daquilo. Mas, fazer o que? Como uma criança cuja mãe não deixa enfiar a mãozinha na água fervente... Resta deixá-lo com a sua revolta. Chegará o tempo em que compreenderá que, aquilo de que Deus não gosta, é uma das mais belas expressões do amor.

Fonte fotenecida quando silicitada

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Cegueira da paixão


“Tais são os pensamentos dos ímpios, mas enganam-se; pois a malícia os torna cegos, não conhecem os segredos de Deus, não esperam recompensa para a santidade e não dão valor ao prêmio reservado às vidas puras” (Sb 2,21-22).

O que é este perigo, escondido nas profundezas do coração, que o autor inspirado chama de cegueira?
Vejamos que diz Evágrio do Ponto (sec. IV, no Egito), escritor, asceta e monge cristão: "Aqueles que durante a oração guardam em si traumas e tristezas parecem com quem tira a água, a fim derramá-la em um pote cheio de buracos (...). Se tu te abstiveres da raiva, encontrarás a misericórdia, aparecerás sábio e serás capaz de rezar".
Na verdade, estes comentários de Evágrio não são reveladores. Todos nós sabemos que raiva, ressentimento e tristeza cegam e, é por isso, que perguntamos o que fazer para encontrar a cura.
Voltemos ainda ao Evágrio. "Ore especialmente pelo dom das lágrimas, de modo que através da contrição superes a dureza do coração. Depois, confessa ao Senhor suas iniqüidades e, ai então, receberás d’Ele o perdão. Ore, com lágrimas nos olhos, e a tua oração será ouvida. Não há nada que alegre mais ao Senhor, que súplicas entre lágrimas".
Viver fazendo o bem sempre é a melhor opção da vida, independentemente da crença...