quinta-feira, 18 de abril de 2019

Páscoa. Felicitações.


Eu sou a Ressurreição e a vida (Jo 11,25)

Num determinado momento da História da Salvação, Deus ordenou ao seu Servo: Tira o meu povo do sepulcro e conduza para a Vida, na Terra Prometida (Ex 3,7-10). Aquela libertação foi um acontecimento figurativo, que adquiriu o seu pleno sentido na Libertação operada por outro Servo de Deus, através da Sua Morte e Ressurreição.
Celebrando a Páscoa de Cristo Jesus, celebramos a nossa própria libertação do sepulcro do pecado e da morte, como seu salário (Rom 6,23).

Neste clima Pascal, de profunda alegria e gratidão ao Amor Misericordioso do nosso Deus, pela graça da Vida Nova, apresento os meus sinceros e cordiais sentimentos e afeição. Deus nos faça gozar a Vida Nova que recebemos no Sacramento do Batismo, desejando-a cada vez mais e aspirando por ela, cada vez mais ardentemente. 

Que o Senhor Ressuscitado, a Vida em Plenitude sempre seja a fonte de nossa esperança e de força na luta cotidiana com as forças do Grande Abismo, da Cultura da Morte. Ganharemos a Vida, pelo Poder do Ressuscitado, porque foi Ele quem a ganhou primeiro, e nós permanecemos n`Nele.

Tenham uma Feliz Páscoa, cheia de alegria e de paz profundas!
Com a minha oração e minha bênção!
Cristo Ressuscitou! Aleluia!

quinta-feira, 4 de abril de 2019

Castidade. Sexualidade. Atos homossexuais e Bíblia.


O HOMOSSEXUALISMO À LUZ DA BÍBLIA SAGRADA - II

A primeira proibição ocorre no contexto de duas outras: a proibição do sacrifício de crianças ao Moloc, deus pagão e as relações sexuais com animais. Esta ordem ressalta o peso daquelas transgressões e a culpa por elas causada. As últimas palavras da segunda proibição, atestam que, os que se envolvem em atos homossexuais têm total responsabilidade por eles. O ato homossexual foi definido como "tōēvā", significando "abominação", "repulsa", portanto, algo que sendo uma perversão provoca nojo e é escandaloso.

Da mesma forma, se denominava os hediondos costumes dos Cananeus, que causavam repulsa aos israelitas. O comportamento perverso, quando se torna conhecido, é punido com a morte. Não se sabe se realmente, em todos os casos, a sentença foi executada, mas não há dúvida, de que a sanção tão severa, adverte perante a prática do mal, que deveria ser completamente erradicado da comunidade dos seguidores de Deus.
Neste contexto, é preciso colocar, também, a proibição, que ia prevenir as transgressões, estabelecendo a linha de separação entre os sexos: “A mulher não deve vestir roupas de homem ou um homem com roupas de mulher, porque qualquer um que faz tal coisa é abominável ao Senhor teu Deus” (Dt 22,5 ).

Diversos “desfiles de igualdade” ilustram, o que é e para onde leva, a abolição das diferenças de vestuário, entre homens e mulheres, e desrespeito dos limites que distinguem ambos os sexos, no modo de ser e no modo de se vestir. Nas contemporâneas tentativas de justificar a homossexualidade, há opiniões que a abordagem severa que encontramos no Antigo Testamento, deve ser vista no contexto da antiga legislação e costumes. Mas, este argumento é completamente desacertado, porque, embora seja verdade que muitos regulamentos e leis do Antigo Testamento, têm seus paralelos nas culturas e na legislação do antigo Oriente Médio, porém, de forma alguma se aplica à homossexualidade.

Nas culturas vizinhas, do Israel bíblico, o homossexualismo foi, mais ou menos, abertamente aprovado e não encontramos sua condenação nos códigos da lei pagã. A legislação bíblica, nesta matéria é a exceção absoluta e não compartilha visão, própria aos pagãos, porque está enraizada na fé em Deus e na profissão de fé, de que o Criador do mundo e do homem, estabeleceu a ordem, que deve ser reconhecida e respeitada. Abusos flagrantes, e estes são relacionamentos homossexuais, destruindo esta ordem, introduzem um caos devastador.

À luz do Novo Testamento
A questão da sodomia e relacionadas a ela anormalidades o Novo Testamento vê do mesmo modo. O apóstolo Paulo, a trata como digna de condenação conduta pagã, dos que não conhecem a Deus, nem a dignidade do ser humano, que é a Sua imagem. Firme e claro testemunho deste ensinamento se encontra na Carta aos Romanos, onde fala dos efeitos da depravação moral dos pagãos: “Por isso, Deus entregou os homens a paixões vergonhosas: suas mulheres mudaram a relação natural em relação contra a natureza. Os homens fizeram o mesmo: deixaram a relação natural com a mulher e arderam de paixão uns com os outros, cometendo atos torpes entre si, recebendo dessa maneira em si próprios a paga pela sua aberração. Os homens desprezaram o conhecimento de Deus; por isso, Deus os abandonou ao sabor de uma mente incapaz de julgar. Desse modo, eles fazem o que é indigno” (Rom 1,26-28).

A promoção dos comportamentos homossexuais no âmbito da fé e moralidade cristãs, traz um perigo de infectar a Igreja com as degenerações pagãs. Na Primeira Carta aos Coríntios, São Paulo apresenta as sanções pela vida réproba, em nova perspectiva. Não se detém, como o fazia o Antigo Testamento, no plano temporal, mas – baseando-se na fé da ressurreição de Jesus e da nossa - realça a motivação escatológica: “Não se deixem enganar! Nem os imorais, nem os idólatras, nem adúlteros, nem promíscuas, nem sodomitas, nem ladrões, nem os avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem ladrões herdarão o reino de Deus” (1Cor 6,9-10).
Os atos homossexuais foram relacionados em conjunto com outras transgressões graves, que afetam a vida e a saúde moral da comunidade. A Primeira Carta a Timóteo vê o papel da Lei do Antigo Testamento, como um alerta perante o que é mal e, enumerando vários crimes graves, inclui entre eles os "homossexuais" (1Tm 1,10).

O Catecismo da Igreja Católica, seguindo a linha dos ensinamentos do Novo Testamento, obriga ao respeito, compaixão e delicadeza para com as pessoas que apresentam “contrárias a lei natural” e “profundamente radicadas tendências homossexuais”. Em seguida, acrescenta: “Estas pessoas são chamadas a realizar na sua vida a vontade de Deus e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar devido à sua condição” (Nº 2358). Não sendo excluídas da comunidade cristã, têm determinada obrigações: “As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes do autodomínio, educadoras da liberdade interior, e, às vezes, pelo apoio duma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem aproximar-se, gradual e resolutamente, da perfeição cristã” (Nº 2359).

Ideologias. Dignidade humana. Homossexualismo. Bíblia e depravações.


Tenho a satisfação de apresentar um texto do Pe. dr.prof. Wald Chrost, que acabei de traduzir. É uma matéria de boa qualidade, solidamente fundamentada na Sagrada Escritura. É a minha contribuição humilde, na tentativa de ajudar aos que ficaram desorientados pelo lobby da “multi-diversidade sexual”. Creio, que na maioria maciça, das pessoas que se “identificam” com a sexualidade diferente da que possuem, são vítimas das inescrupulosas ideologias modernas. Ora, estas ideologias têm um único objetivo – o destruir a vida. Desde a primeira ilusão, na qual caíram os Adão e Eva, representantes da humanidade, o objetivo do Dragão continua sempre o mesmo, apenas os meios evoluem...
Para maior comodidade, vou dividir este texto em duas partes.

O HOMOSSEXUALISMO À LUZ DA BÍBLIA SAGRADA - I

Enquanto a crescente pressão do lobby homossexual, não poupa nem mesmo as pessoas da Igreja, provocando desorientação e confusão entre os fiéis, se faz urgente atencioso retorno à mensagem das Sagradas Escrituras. Na sua luz, e não através da ótica dos meios de comunicação em massa, o cristão deveria moldar a sua própria visão, do fenômeno conhecido como sodomia. Habitantes de Sodoma e Gomorra, dos quais lemos no Livro de Gênesis (19,19-29), foram severamente punidos pelas aberrações que praticavam descaradamente.

Dignidade da corporeidade e da sexualidade humana.

O fundamento para qualquer reflexão sobre este assunto, é a narrativa bíblica sobre a criação do mundo e do homem, que termina com as palavras: “Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou - homem e mulher os criou” (Gn 1,27). A palavra hebraica 'sēlēm', traduzida como 'imagem', significa literalmente 'estátua', 'estatueta', 'imagem', 'semelhança' e evoca associações claras com o físico.

Deus é Espírito, invisível e incorpóreo. Ao contrário, o homem é ao mesmo tempo um ser espiritual e corpóreo e, portanto, a corporeidade humana, e não apenas a esfera espiritual, também, exprime algo de Deus. Além do mais, a sua dignidade é tão grande que Deus, em Jesus, se fez homem. Portanto, o mistério da criação anuncia, assim, o mistério da Encarnação, e já nos primórdios da humanidade, aparece a premonição da Anunciação.

A distinção de gênero resulta do desígnio de Deus Criador. O ser humano existe como homem e mulher. No entanto, na última parte do texto hebraico, não há substantivo "iš", que significa "homem", nem "išša", que significa "mulher". Há, no entanto, os substantivos "zākār" e "neqēvā", que enfatizam destacando a corporeidade e a sexualidade, porque indicam o que é especificamente masculino e o que é especificamente feminino.

O que une o homem e a mulher é o amor, que se exprime na esfera espiritual e corporal, refletindo algo de Deus que é Amor e, as riquezas de Sua vida interior, como Pai, Filho e Espírito Santo. A narrativa bíblica da criação, se encerra com elogio do matrimônio, como uma união de homem e mulher: “Portanto, o homem deixa seu pai e sua mãe e se une a sua esposa, tão intimamente que eles se tornam uma só carne” (Gn 2,24). A corporeidade e a sexualidade são um laço entre homem e mulher, permitindo a participação no dom da fecundidade e da transmissão da vida. 
Eles são inscritos na ordem da natureza, daí a conclusão, que a homossexualidade é uma perversão e atinge a ordem querida e estabelecida por Deus.
À luz do Antigo Testamento.
O fato, de que o homossexualismo destrói a ordem da criação, fez com que as transgressões deste gênero, são severamente condenadas no Antigo Testamento. Na legislação inclusa no Livro de Levítico, que protege a família e o matrimônio, lemos duas vezes: “Não se deite com um homem, como se fosse com mulher: é uma abominação” (Lev 18,22). E mais: “O homem que se deita com outro homem, como se fosse mulher, está cometendo uma abominação. Os dois serão réus de morte, e o sangue deles cairá sobre eles mesmos” (Le 20,13).
Continuará...