quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Anticristo. Impostura. Contra-Igreja. Fim dos tempos.

O Anticristo e sinais da sua atuação

Um tempo atrás escrevi algo sobre o grande bispo católico, norte-americano, Fulton Sheen que, lamentavelmente, ainda não chagou a ser beatificado... Para complementar e ampliar a postagem anterior, sobre o Anticristo, resolvi apresentar uma pregação de Fulton Sheen do ano 1947, seguindo o site do Padre Paulo Ricardo (O Anticristo e seus disfarces (padrepauloricardo.org)., intitulado por ele como “O Anticristo e seus disfarces”. Um texto longo, mas muito bom e extremamente importante.

Segue o texto:


O novo momento histórico em que estamos entrando poder-se-ia chamar o período religioso da história humana. Por “religioso”, contudo, não queremos dizer que os homens se voltarão para Deus, senão que, pelo contrário, a indiferença ao absoluto, traço distintivo do período liberal da civilização, dará lugar a uma busca apaixonada por outro absoluto. De agora em diante, lutar-se-á não mais por colônias e direitos nacionais, mas por almas. Não haverá espadas meio embainhadas, lealdades pela metade nem vagas reivindicações de uma ingênua tolerância. Não haverá sequer grandes heresias, já que elas pressupõem alguma aceitação, ainda que parcial, da verdade.

As frentes de batalha já têm sido claramente demarcadas e não há mais dúvida sobre o que está em jogo. De agora em diante, os homens estarão divididos em duas religiões, entendidas aqui como sujeição a um absoluto. O conflito do futuro será travado, pois, entre o Absoluto que é o Deus-homem, de um lado, e o absoluto em que se converteu o homem-deus, de outro; entre o Deus que se fez homem e o homem que se proclamou deus; entre os que são irmãos em Cristo e os que conluiam com o Anticristo.

O Anticristo, porém, não se dará a conhecer como tal; do contrário, poucos haveriam de segui-lo. Ele não trajará vermelho, não terá cheiro de enxofre nem um tridente ou uma cauda pontiaguda como o Mefistófeles de Fausto. Essa caricatura serviu-lhe para convencer a muitos de que ele não existe, pois o diabo sabe que tanto maior será o seu poder quanto menos acreditarmos em sua existência. É precisamente quando o ignoramos que maior é o poder que ele exerce sobre nós. Deus, com efeito, definiu-se como “Eu sou aquele que sou” (Ex 3, 14); o diabo, ao contrário, como “eu sou aquele que não sou”.

Em nenhuma passagem das Sagradas Escrituras se encontra qualquer referência à imagem popular do demônio como um bufão vestido de vermelho. A Bíblia o descreve como um anjo decaído, como o “príncipe deste mundo” (cf., por exemplo, Jo 12, 31; 16, 11), cuja principal ocupação é tentar persuadir-nos de que não há outro mundo além deste. Sua lógica é simples: se não existe nenhum céu, tampouco existe um inferno; ora, se não há inferno, então não existe pecado; mas se o pecado não existe, tampouco haverá um juiz; portanto, se não há julgamento, o que é bom é mau e o que é mau é bom.

Mas, além disso tudo, Nosso Senhor adverte que o Anticristo será tão parecido com Ele que até os eleitos se enganarão a seu respeito (cf. Mt 13, 22) — e é claro que nenhum desses diabos de gibi seria capaz de ludibriar um eleito.

Mas como, afinal de contas, ele arrebanhará seguidores nesta nova época da história? Ele virá travestido de grande humanitário, portador de paz, prosperidade e abundância, não como meios de nos conduzir a Deus, mas como fins em si mesmos. De sua pena sairão livros sobre um novo conceito de Deus, escritos com o fim de mudar nossa maneira de viver, de estimular a fé na astrologia, a fim de que o responsável pelo pecado sejam, não as nossas decisões livres, mas as estrelas.

Ele explicará a culpa com jargões psicológicos, como um “erotismo” inibido, de sorte que os homens se envergonharão de não ser liberais e “mente aberta” aos olhos dos colegas. De fato, ele será tão “mente aberta” a ponto de identificar tolerância com indiferença ao que é certo e errado, verdadeiro e falso.

Ele espalhará a mentira de que os homens não podem ser felizes enquanto não melhorarem a sociedade e, assim, abastecerem o egoísmo, que é o combustível das futuras revoluções.

Ele fomentará a ciência, mas com o único propósito de fazer com que os fabricantes de armas usem as maravilhas da ciência como instrumento de destruição; ele estimulará os divórcios com a alegação de que é impossível viver para sempre com o mesmo “parceiro”; ele alimentará o amor a si mesmo e matará por inanição o amor ao próximo; ele usará a religião para destruí-la; ele chegará inclusive a falar de Cristo como de um dos “maiores homens da história”; ele dirá que sua missão não é mais do que libertar os homens das superstições e do “fascismo”, termo aliás que ele deixará sempre por definir; ele será simpático às crianças, mas dirá às pessoas com quem devem casar-se ou não, quem pode ser pai e quem não pode.

Ele tentará os fiéis com os mesmos ardis com que tentara a Cristo. A tentação de converter em pão um punhado de pedras será agora a tentação de trocar a liberdade pela segurança, na medida em que o pão se torna uma arma política e só os que lhe seguem a cartilha terão direito a comer. A tentação de atirar-se imprudentemente da torre do Templo à espera de um milagre será agora um apelo para abandonar os nobres pináculos da verdade em que reinam a razão e a fé e atirar-se às profundezas em que vivem as massas, alimentadas com slogans e chavões publicitários. 

O Anticristo não quer que a hierarquia da Igreja proclame princípios imutáveis, mas que organizações de massa, sob a direção de um sujeito qualquer, se sirvam de métodos de propaganda para orientar o gosto e a preferência das sociedades: ele quer opiniões, não verdades; palpiteiros, não professores; pesquisas de opinião, não princípios; natureza, não graça — e será para agrilhoar-se com estas mentiras que os homens sacudirão o jugo de Cristo.

A terceira tentação, com a qual Satanás prometeu a Cristo todos os reinos da terra, caso Ele, prostrado em terra, o adorasse, converter-se-á na tentação de criar uma nova religião sem cruz, sem liturgia, sem vida futura; uma cidade do homem sem uma cidade de Deus; uma política, enfim, de caráter religioso — ou seja, uma religião que nos exija dar a César até mesmo o que é de Deus.

No coração de todo esse aparente amor pela humanidade, floreado com envolventes discursos sobre liberdade e igualdade, o Anticristo guardará um segredo, desconhecido de todos: ele não acreditará em Deus, pois a religião por ele professada não será, no fundo, mais do que uma fraternidade entre os homens sem a paternidade de Deus. Assim ele há de enganar inclusive os eleitos.

Ele fundará uma contra-Igreja, que será uma contrafação ridícula da Igreja de Cristo, porque ele, o diabo, é o macaco de Deus. A igreja do diabo, com efeito, apresentará as notas e características da Igreja, mas todas às avessas, esvaziadas de seu conteúdo divino. Ela será o “corpo místico” do Anticristo, que aparentará, externamente, ser o Corpo Místico de Nosso Senhor. O homem moderno, em sua desesperada busca por um Deus a que ele, contudo, se recusa adorar, procurará afoitamente, frustrado e solitário, pertencer a alguma “comunidade”, que lhe dê um sentido e lhe expanda os horizontes, ainda que à custa de diluir-se numa vaga coletividade. Nesse momento, serão paradoxalmente os mesmos motivos por que o homem moderno deu as costas à Igreja que o levarão a aceitar a contra-Igreja do diabo.

Com efeito, o século passado rejeitou a Igreja por ela ser infalível; negou-se a acreditar que um suposto Vigário de Cristo pudesse ser imune ao erro ao pronunciar-se sobre temas de fé e moral na qualidade de Pastor de toda a cristandade. O século XX, no entanto, alistar-se-á nas fileiras da contra-Igreja justamente por ser ela infalível: a sua “cabeça visível”, sediada agora em Moscou, pronuncia-se ex cathedra em matérias de economia e política, enquanto “Pastor” do comunismo mundial.

Ao longo dos últimos séculos, a Igreja foi duramente criticada por proclamar-se católica e universal, unindo a todos os homens sob um só Senhor, em uma só fé e por meio de um só Batismo. Mas ninguém — dirá o século XIX — pode considerar-se um bom cidadão, seja americano, francês ou alemão, se consente em ser pastoreado, ainda que misticamente, por uma autoridade espiritual. Contudo, será precisamente a “catolicidade” e a “universalidade” da contra-Igreja o que mais irá atrair o pobre espírito moderno: ela porá abaixo todas as fronteiras nacionais; desdenhará dos sentimentos patrióticos, libertando-nos dos deveres de piedade para com o próprio país; fará os homens sentirem orgulho, não de serem americanos, franceses ou alemães, mas de pertencerem a uma classe revolucionária sob a batuta de seu “vigário”, cujas ordens vêm, não mais do Vaticano, mas do Kremlin.

O século XIX rejeitou a Igreja sob o pretexto de que ela era “intolerante”, sempre pronta para excomungar o primeiro herege que rejeitasse as tradições apostólicas, sempre insistindo em que Cristo fundou uma só Igreja, sempre ensinando que a Verdade é una e que os dogmas, ou se aceitam de todo, ou se rejeitam por inteiro. Mas nesta hora diabólica em que vivemos, os filhos e netos dos que assim se opunham à Igreja aderem à sua contrafação justamente por ela eliminar os seus hereges, exterminar os seus trotskistas, excomungar os que não aceitam a doutrina de que talvez não haja um só rebanho e um só pastor, mas, sim, um só formigueiro e um único tamanduá.

O mundo liberal rejeitou a Igreja porque ela era muito “dogmática” e “intransigente”, com suas definições precisas de “união hipostática” e “Imaculada Conceição”; era muito “hierárquica”, com seus Bispos, os sucessores dos Apóstolos, alegando ser os guardiões da fé e dos costumes dos povos. Mas, curiosamente, milhões de pessoas têm-se filiado à contra-Igreja por essas mesmíssimas razões: amam a infalibilidade com que ela define os dogmas do materialismo dialético, do determinismo econômico, da mais-valia; amam sua hierarquia e veneram os líderes do partido como se foram Bispos, sucessores dos “apóstolos” — Marx e Lênin —, cuja missão é preservar o depósito da fé do partido até a consumação dos séculos.

Ora, uma vez que os sinais dos nossos tempos parecem apontar para uma luta entre dois absolutos, há duas razões para crer que o futuro será um tempo de grandes provações.

Em primeiro lugar, para pôr fim à dissolução a que estamos assistindo. Se não houvesse catástrofes, a impiedade alastrar-se-ia sem freios. De fato, o que a morte é para um pecador, uma catástrofe o é para uma civilização má e corrupta. Por que Deus poria à porta do paraíso terrestre um anjo cingido de uma espada flamejante senão para impedir que nossos primeiros pais, depois da Queda, tornassem a entrar no Éden para comer da árvore da vida e, assim, imortalizassem a própria iniquidade? Deus não há de permitir que a injustiça se arraste pela eternidade afora. Revoluções, desintegração, caos, tudo isso é um aviso de que estamos errados, de que os nossos sonhos têm sido vãos e perversos.

A vingança da verdade moral é a ruína dos que a repudiam. O caos em que se revolve o tempo presente é, pois, o argumento negativo mais contundente a favor do cristianismo. As catástrofes testemunham o poder de Deus em um mundo sem sentido, já que por meio delas o Senhor reduz a nada uma existência sem sentido. A destruição que se segue à apostasia torna-se, deste modo, o triunfo do sentido, uma reafirmação de que há, sim, um propósito.

Adversidade: eis aí a palavra que melhor exprime a condenação divina do mal, o selo do julgamento divino. Assim como o inferno não é um pecado, mas sua consequência, assim também os tempos de tribulação não são um pecado, mas o salário do pecado (cf. Rm 6, 32). Sob o véu das catástrofes descobre-se que o mal, em realidade, é auto-destrutivo: é impossível que nos afastemos de Deus sem nos fazermos a nós mesmos uma grande violência.

A segunda razão por que as crises são necessárias é para evitar que a Igreja e o mundo se identifiquem. Nosso Senhor quis que os seus seguidores fossem diferentes em espírito daqueles que não O seguem: “Não sois do mundo, mas do mundo vos escolhi, por isso o mundo vos odeia” (Jo 15, 19). Embora seja essa a vontade divina, é verdade, infelizmente, que a linha divisória entre os que seguem ou não a Cristo é com frequência pouco nítida. Em vez do preto e do branco, o que vemos é um borrão cinzento. Mediocridade e transigência são, pois, as notas características de muitos cristãos modernos: como os pagãos com quem vivem, eles se entregam aos mesmos divertimentos; educam os filhos no mesmo espírito mundano e ateu; assistem aos mesmos programas; abrem as portas de casa para certos costumes pagãos, como o divórcio, segundas uniões; permitem, enfim, que o comunismo destile seu veneno na política e no cinema.

Já não há mais o conflito, a oposição que, ao menos em tese, nos deveria caracterizar. O mundo nos influencia mais do que nós o influenciamos. Não há mais a fuga sæculi, a fuga do mundo. De modo que São Paulo pode dizer-nos sem injúria o que outrora dissera aos fiéis de Corinto: “Que união pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou que comunidade entre a luz e as trevas? Que compatibilidade pode haver entre Cristo e Belial?” (2Cor 6, 14s).

O que São Paulo diz aqui, noutras palavras, é que os que foram encarregados de construir um centro de saúde adoeceram e, portanto, já não têm mais como curar ninguém. Ora, uma vez que a fusão entre o espírito cristão e o espírito pagão é um fato consumado — como ouro misturado com metais menos nobres —, não há meio de purificar a mistura a não ser lançando-a na fornalha e separando os elementos amalgamados. Eis o que farão as provações. É preciso, portanto, que o mal se instale para rejeitar-nos, desprezar-nos, odiar-nos, perseguir-nos, para que assim possamos, afinal, decidir de que lado estaremos, a quem seremos leais e fiéis. Como poderíamos distinguir as árvores rijas e firmes das débeis e fracas sem que o vento soprasse? Diminuiremos, sim, em número; mas aumentaremos em qualidade. Cumprir-se-á então o que dissera Nosso Senhor: “Quem não ajunta comigo, espalha” (Mt 20, 30).

Mas, embora nos refiramos aqui ao advento do Anticristo e a sua oposição a Nosso Senhor, não é pela Igreja que tememos; é pelo mundo. Não é a infalibilidade que nos preocupa, mas o abismo do erro em que se lança o mundo. Não tememos que Deus um dia venha a ser destronado, mas que a barbárie volte a governar o mundo. Não é a transubstanciação que desaparecerá, mas talvez os lares; os Sacramentos não deixarão de existir, mas talvez a lei moral. A Igreja não pode ter outras palavras para a mulher que se lamenta e bate no peito além daquela de Nosso Senhor em direção ao Calvário: “Não choreis sobre mim, mas chorai sobre vós mesmas e sobre vossos filhos” (Lc 23, 28).

Em seus dezenove séculos de existência, a Igreja sobreviveu a outras grandes crises, e ela continuará a lamentar os males dos tempos atuais. A Igreja tem as suas Sextas-Feiras Santas, as quais porém não são mais do que um prelúdio de seus Domingos de Páscoa, pois permanecem de pé as promessas divinas: “As portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16, 18); “Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo” (Mt 28, 20); “Todo o que cair sobre esta pedra ficará despedaçado” (Lc 20, 18).

Nunca antes na história houve tão forte argumento a favor do cristianismo: os homens têm-se dado conta de que suas misérias e angústias, suas guerras e revoluções, aumentam quanto mais negam a Cristo. Porque o mal se destrói a si mesmo; só o bem é capaz de perdurar.


Anticristo. Apostasia. Provação Final da Igreja. Permanecer em Cristo.

 O Anticristo e a Apostasia

No penúltimo dia da Oitava do Natal (e último dia do ano civil) ouvimos na Sagrada Liturgia uma breve leitura da Primeira Carta de João, que me levou a fazer uma brevíssima reflexão, sobre esta tremenda Realidade, chamada de anticristo. "Filhinhos, esta é a última hora. Vós ouvistes dizer que o Anticristo vem. Eis que já há muitos anticristos, por isso conhecemos que é a última hora. Eles saíram dentre nós, mas não eram dos nossos. Se tivessem sido dos nossos, ficariam certamente conosco..." (1 Jo 1,18-19).

O que significa anticristo?

O Cristo é “o Ungido do Pai”. Traduzido do grego Χριστός (Khristós) que significa "Ungido". Esse termo grego, é uma tradução do hebraico: (Māšîaḥ), em português: Messias. Esse é o único. Não há outro Ungido do Pai Eterno. Como foi nos transmitido pela Tradição, pelas Sagradas Escrituras e pelo Catecismo da Igreja, existe um “Opositor de Cristo”, o Inimigo Eterno da Vida, desde a origem (Gen 3). Ele é chamado de “Anticristo”. Podemos dizer, nesta reflexão que. como o Cristo é o Ungido do Pai Eterno, o Anticristo é um “ungido do Mundo”.

Havia tentativas, durante séculos, de identificar o Anticristo, com alguma personagem concreta. Mas, é impossível. Ele não deixará de ser conhecido como tal, pois o seu plano maldito não seria bem sucedido. Desde sempre age, fingindo de não existir... Obviamente, já apareceu, vem aparecendo e, ainda, aparecerá sob diversas formas de... humanismo, pacifismo, ecumenismo (um faso irenismo) ecologismo, etc. Ele mesmo, não sendo visto. Ainda...

O Catecismo da Igreja Católica no número 675, diz assim: “Antes da vinda de Cristo, a Igreja deverá passar por uma prova final, que abalará a fé de numerosos crentes. A perseguição, que acompanha a sua peregrinação na Terra, porá a descoberto o «mistério da iniquidade», sob a forma duma impostura religiosa, que trará aos homens uma solução aparente para os seus problemas, à custa da apostasia da verdade. A suprema impostura religiosa é a do Anticristo, isto é, dum pseudo-messianismo em que o homem se glorifica a si mesmo, substituindo-se a Deus e ao Messias Encarnado”.

A impostura religiosa é uma religião aparente, falsa religião (religião – religare = re-ligar = ligar o que estava desligado). O dicionário informal traduz assim: Impostura: embuste enganador próximo da mentira, em especial por meio de palavra ou ato pretensioso, em relação aos próprios pensamentos, sentimentos ou atitudes. ("Black sugere uma série de sinônimos para impostura, como os seguintes: embuste, deturpação, lengalenga, conversa fiada, lorota, tapeação e charlatanice."). Tudo isso se chama Apostasia.

Não se deve contar, que existam critérios precisos para detectarmos a presença do Anticristo, ou que alguém nos pode livrar das suas armadilhas. Só há um jeito. É VIVER com olhos abertos e ouvidos atentos. Permanecer em Cristo (Jo 15,4ss; 1Jo 2,24-25), escutar a Sua Voz (Jo 10,27ss), alimentar-se dos Sacramentos e conservar intacta a Doutrina Católica, que recebemos da Tradição, combatida em nossos dias...

“Quando o Filho do Homem voltar encontrará fé na terra...?” (Lc 18,8)

Crer - significa aceitar o que Deus nos revela e obedecer a Deus cordialmente, sempre e em tudo.


sábado, 26 de dezembro de 2020

Conservadorismo. Tradicionalismo. Modernismo. Patriotismo

 Ao ler o “Despertar da Senhorita Prim”, de Natália Sanmartin Fenollera, encontrei uma linda e sábia frase, que poderia chamar de “definição popular”, do algo, que muitas pessoas uma sensação “mista” tendendo para o receio, devido a constante e imbecilizante indoutrinação comunista, ou seja, estou falando do “tradicionalismo” e/ou “conservadorismo”.

A Natália Sanmartin, através de uma das personagens, deste seu “romance filosófico” (é a minha classificação), a Herminha, disse que as “tradições são um muro para conter a degradação e a incultura...”

O que e tradição? A palavra vem do verbo latim “traditio”, e literalmente significa entregar, passar adiante. Na prática é a continuidade e conservação de costumes, valores e/ou da cosmovisão e da doutrina. É um verdadeiro fundamento da “alta cultura”, da religião verdadeira e da unidade entre as pessoas. Quando abolida, o homem fica desorientado e desenraizado. Se torna uma “presa” fácil para todo tipo de ideologia, também religiosa.

Há , ainda, uma tradição diferente. A “Tradição” (note: de maiúscula) que é a fonte das Sagradas Escrituras (Bíblia). Elas não foram trazidas para nós por alguém do Céu, mas compiladas, na base da Tradição. E esta Tradição contém as verdades revelada por Deus que sucessivamente foram registradas, como fatos isolado, para se tornarem uma “Biblioteca”, num só volume...

E a conservação? Note-se, que na “tradição” está incluída a “conservação”, como seu elemento. Portanto, não é algo paralelo ou oposto. O dicionário Michaelis define o conservadorismo como “conjunto de valores ou concepções alicerçado na tradição, em oposição a quaisquer inovações políticas e/ou sociais”.

Vejamos que a autora do “Despertar da Senhorita Prim” chama a tradição dum “muro para conter a degradação e a incultura”. Logo pode-se ver que estes males, como um “esgoto existencial”, estão sendo espalhados pelo MODERNISMO.

E o que é “modernismo”? Na primeira metade do século XX, na Europa, surgiu um “movimento”, que “revolucionou” a cultura, a arte e literatura. Voltado contra tudo que é do passado. Uma oposição irracional e neurótica. Esta corrente filosófica (acho que pode-se dizer assim, sendo que o seu objetivo é mexer com os princípios da vida) combate todas as formas "tradicionais", até mesmo a organização social e a vida cotidiana. Julga-as ultrapassadas, e insiste que seja fundamental abandoná-las, para criar uma “nova cultura”, que obviamente, dará o início ao “homem novo” e a “nova ordem mundial”.

Foi assim que aconteceu uma ruptura da continuidade dum processo evolutivo de crescimento e aperfeiçoamento da vida humana. Foi interrompida e desprezada a transmissão inter-geracional. Foi infundido radical desprezo aos valores, que durante séculos, cultivados e apreciados universalmente, constituíam fundamento da cultura, chamada posteriormente de “cristã”, enobrecendo e santificando muitos. O homem ficou desenraizado e... foi lhe oferecida, entre outros, a teoria de Darvin...

Obviamente esse “trabalho” do modernismo influenciou muitíssimo a mentalidade da sua época, como também, das passadas, visto que, os “erros do comunismo” (como disse a Virgem Maria em Fátima) começavam se expandir pela Europa e pelo mundo inteiro. Essa é a "realidade", que hoje devasta intelectualmente, espiritualmente e moralmente as universidades, que deveriam formar pensadores e intelectuais, mas acabam por formar.... “agentes modernistas”.

Um ódio, tão incomum, a tudo que é do passado é motivado por...? Algum valor superior? Algum benefício real para a humanidade? Ora, não se deva pensar que o modernismo foi apenas uma mera invenção ou uma conquista da humanidade...

O “modernismo” tem uma história. Já no tempo de Moisés, vemos a sua primeira manifestação... (Mt 19,1-12). Na Santa Igreja Católica, Esposa de Cristo, ele está desde há muito tempo (começo do segundo milênio), fingindo-se de “humanismo” e, como tal, tolerado e radicado. 

Tempos visto hoje, depois da decisão do Papa Bento XVI de equiparar o “Rito Extraordinário” (anterior ao Concílio Vat.II) da Liturgia, com o “Rito Ordinário” (o Conciliar), como se desencadeou uma verdadeira guerra a tudo que é do passado (compare, por favor, com o foi dito acima sobre modernismo cultural), transformando-se num ódio, sem escrúpulos e sem controle, ou melhor, com a aprovação (vezes passiva, vezes ativa) do setores decisivos da Igreja. 

E novamente a pergunta: tudo isso, em dome de...? Por que que incomoda esta presença da cultura litúrgica, que santificava a Igreja durante séculos? Causa perplexidade e duvidas, até nos leigos, se tais atitudes não se originam nas meras ideias, nas suposições, sem ter-se conhecido o valor da cultura cristã dos séculos passados, com as suas expressões na Liturgia e seu apreço ao Sagrado. 

A tradição e a conservação, sendo radicados na memória, têm muito a ver com o amor. O amor verdadeiro requer a memória. Precisa de ter gravada, na mente e no coração, a imagem do “objeto” do amor. Assim, o passado se faz presente, sempre presente, enquanto durar a memória. Inclusive, patriotismo é fruto e consequência da memória...

Notamos um fenômeno, que incomoda a todos os que ainda conservam valores tradicionais. Vemos um sistemático desaparecimento, ou a “morte da civilização cristã” que, deu a origem a nobre cultura ocidental. O desprezo e a hostilidade a memória histórica e tudo que é tradicional, um encanto incomum com as novidades, a arbitrariedade e infalibilidade das pesquisas científicas e das “celebridades” e, enfim, poder-se-ia: um “modernismo evolutivo e agressivo” sem um fim e sem um objetivo definido. Um ilusionismo numa “edição” clássica...

Portanto, de que realmente, o ser humano deve libertar-se? De Deus? Deus que revela a Verdade e comprova a Sua Bondade para com homem, mas, que é chamado pelos modernistas de “opressor”, “indiferente” e “cruel”?

Ou, talvez, do modernismo é que devemos nos libertar? De uma cadeia, que engana e impõe a necessidade de renuncia aos valores que tem constituído o nosso “hoje”, “ontem” e “amanhã”, em nome dum sonho, dum objetivo ideológico e ilusório? Isso se transformou um “deus” falso e absolutista, que visivelmente vai destruindo a dignidade humana e impedindo, homem ser feliz eternamente?

Esta resposta é inevitável...

Dela depende tudo... O hoje e o amanhã...


Natal. Advento. Caminho Adventino-Natalino. Fotos

 Caminho Adventino-Natalino.

Estas fotos publicamos para servirem como inspiração






Ainda não... Somente os animais...
O Natal já está perto....

E chegou!!! Chegou a Luz do mundo!!





Uma proposta para o ambiente pessoal...



quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Natal. Alegria Celeste.

Natal 2020

A graça de Deus se manifestou para a salvação de todos os homens. Essa graça nos ensina a abandonar a impiedade e as paixões mundanas, para vivermos neste mundo com autodomínio, justiça e piedade, aguardando a bendita esperança...” (Tito 2,11-13a)



Estimado Leitor, que procuras a Verdade,

A Graça que vem nos “visitar” é o Amor Eterno que, para nos salvar e dar Vida Plena a nossa vida, fechada no mundo temporal por causa do pecado, se Encarnou, nascendo da sempre Virgem Maria. Veio a mundo para nos resgatar e, o preço do resgate foi a Sua Vida... É assim, que Deus tem se inclinado sobre nós, que vivemos no “vale de lágrimas”, oferecendo nos, desde já, a “vida dos filhos da luz” (Ef 5,8; 1Tes 5,5). Assim o Natal, não pode ser vivido, isoladamente, separado do Calvário, porque assim, perderia o seu sentido...

Esta é a alegria que haviam expressado os Anjos, na Noite do Natal e esta é a alegria cristã (Flp 4,4). Nos alegramos sempre, porque sempre, sem cessar experimentamos o Amor nos resgatando e justificando. Feliz Natal para quem como pastores ou Magos, abandona o seu conforto para se lançar no desconhecido, escuro, difícil... Feliz Natal, para um “filho pródigo”, pois, pode retornar para a Casa...

Sintonizando-nos com esta Alegria Celeste, nos felicitamos, cumprimentamos e presenteamos. Desejamos acolher e oferecer a todos tal Grande Graça, que se tem manifestado num “porte” pequeno, deitado na manjedoura, que traz o poder de transformar as nossas vidas.

Portanto, para você e para todos os que ama, desejo que a Graça, nascida para nos salvar seja nossa alegria permanente, fonte da paz, da coragem e da esperança, que estamos necessitando para enfrentar a “hora” que se aproxima.

Um santo, abençoado e feliz Natal da Graça!



segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Humildade. Oração. Ladainha da humildade

 LADAINHA DA HUMILDADE

A HUMILDADE é uma qualidade divina, que o homem havia perdido ao cair em tentação da soberba e desobedecer... O caminho da humildade, foi recomeçado pelo Abraão, que obedecendo, contra toda a lógica humana e contra a própria vontade, torna-se "pai de todos os que creem" (Rom 4,11-18). A perfeição da humildade culmina em Virgem Maria (Lc 1) que é modelo de vida cristã. 

A humildade é um modo de viver. Não é apenas uma virtude ou um caminho para algo. É o fundamento, a base da vida. Assim, vivendo, o ser humano torna-se filho de Deus. "Não há caminho mais excelente que o amor, mas por ele só podem transitar os humildes" escreve São Agostinho, em "Enarationes in Psalmos" (141,7). 

Segue agora o texto da Ladainha, que é uma oração, do que ladainha... Reta, bíblica e católica. A mim mesmo, faz muito bem. Foi composta pelo Cardeal Merry del Val, Secretário do Estado do Vaticano, durante o pontificado de São Pio X (começo do século XX).


Jesus, manso e humilde de coração, ouvi-me.

Do desejo de ser estimado, livrai-me, ó Jesus.

Do desejo de ser amado, livrai-me, ó Jesus.

Do desejo de ser conhecido, livrai-me, ó Jesus.

Do desejo de ser honrado, livrai-me, ó Jesus.

Do desejo de ser louvado, livrai-me, ó Jesus.

Do desejo de ser preferido, livrai-me, ó Jesus.

Do desejo de ser consultado, livrai-me, ó Jesus.

Do desejo de ser aprovado, livrai-me, ó Jesus.

    Do receio de ser humilhado, livrai-me, ó Jesus.

    Do receio de ser desprezado, livrai-me, ó Jesus.

    Do receio de sofrer repulsas, livrai-me, ó Jesus.

    Do receio de ser caluniado, livrai-me, ó Jesus.

    Do receio de ser esquecido, livrai-me, ó Jesus.

    Do receio de ser ridicularizado, livrai-me, ó Jesus.

    Do receio de ser difamado, livrai-me, ó Jesus.

    Do receio de ser objeto de suspeita, livrai-me, ó Jesus.

Que os outros sejam amados mais do que eu, Jesus, dai-me a graça de desejá-lo.

Que os outros sejam estimados mais do que eu,

Que os outros possam elevar-se na opinião do mundo, e que eu possa ser diminuído,

Que os outros possam ser escolhidos e eu posto de lado,

Que os outros possam ser louvados e eu desprezado,

Que os outros possam ser preferidos a mim em todas as coisas,

Que os outros possam ser mais santos do que eu, embora me torne o mais santo quanto me for possível, Jesus, dai-me a graça de desejá-lo.



sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Natal. Salvação. Cultura da Vida e da Morte. Vacinas. Aborto-Excomunhão. "Industria" do aborto.

 “Cultura Da Morte” = “Cultura Abortista”.    O "tronco" é  o mesmo...

A “cultura” é algo que é “cultivado”, isto é: plantado, acompanhado, cuidado até... o fim, até a colheita...

O ser humano ao ser criado, foi incumbido de “cultivar a terra” (dominar, no sentido de ela ser sublimada, enobrecida e, enfim, como o próprio homem, para ser a glória de Deus).

Esta Cultura Divina, “plantada” no Amor Infinito, foi infectada pela sementa da “cultura mortífera” (Mt 13, 24-30), implantada pelo “Ódio Infinito”. Esta, em vez de crescer para a glória de Deus, cresce a “glória própria”, passageira e fútil, pois tudo neste mundo é transitório. Assim, no mundo bom, apareceu a “cultura da morte” que, sem alternativa, leva a morte... Ela, também é cultivada, como a Cultura da Vida, com muito empenho e muita atenção, mas, pelo “Pai da Morte”, como sabiamente o apresenta C.S.Lewis, no seu conhecido livrinho “Cartas de um diabo a seu aprendiz”.

Desde a terna infância e, não raras vezes, desde a concepção, muitas pessoas têm sido atingidas pelos males transmitidos através dos próprios pais e do ambiente em que vivem. Vários destes males se enraízam em nossos corações e, permanecem ali a vida inteira (apesar de lutas para eliminá-los) sendo transmitidos a outras pessoas, na maioria das vezes inconscientemente... Assim, que a “cultura da morte” vai se expandindo. Visto que, atinge também, as estruturas sócias, criadas pelas pessoas que são suas portadoras, para sarar os males sócias, é necessário que seja sarado, primeiramente, o ser humano.

Uma das mais abomináveis expressões da “cultura da morte” é a “praga abortista”, cujo sangue clama aos Céus (Gen 4,10; Lc 11,51). Os meios de comunicação, sistemas de educação, estilo de vida moderna e das famílias (as suas hierarquias de valores e seus princípios dessacralizados) agravam as dificuldades, para se encontrar o verdadeiro rumo e o sentido da vida.

Lendo os Livros Sagrados da Primeira Aliança (Antigo Testamento) notamos que a “bênção dos filhos” era o mais evidente e o mais desejável sinal da benevolência de Deus (Dt 8,4; Sl 127,3-5; Sl 128,1-3; Prov 17,6). Poucos filhos ou, a sua falta, se via como uma maldição...

E hoje...

Na postagem anterior aproximamos o horror da verdadeira “industria do aborto”. Não querendo estender demasiadamente aquele texto, resolvi completar hoje, com um alerta aos católicos e outros cristãos.

É sabido e, as industrias farmacêuticas não o escondem mais, que as partes dos corpinhos das crianças assasinadas no procedimento dum aborto, estão sendo utilizadas (entre outros) para a fabricação de vacinas e alguns remédios, à base de “células tronco”. Visto que, todo o aborto desejado, provocado, realizado ou auxiliado é uma blasfêmia contra Deus, uma grave injustiça (Catecismo da Igreja Católica 2270-2275) e um mal extremo que pode ser cometido na face da Terra, ele é também, uma ação diabólica. Além disso, um católico que praticar qualquer destes delitos incorre em excomunhão, pelo próprio fato de se cometer tal delito (“latae sententiae”). Uma vez excluindo-se da Comunhão da Igreja, fica privado dos Sacramentos (incluindo da Confissão e a Eucaristia), até obter a suspensão desta pena, através do Bispo Diocesano ou um sacerdote autorizado por ele (Catecismo 2272). Além disso, fica impedido de exercer qualquer função na Igreja (mesmo de se ser um padrinho ou madrinha no Batismo ou na Crisma). Estas penas, como diz acima citado Catecismo, pretendem manifestar “a gravidade do crime cometido, o prejuízo irreparável causado ao inocente que foi morto, aos seus pais e a toda a sociedade” (Cat 2272).

Sendo assim, um remédio ou uma vacina, feitos à base dos fetos humanos, comunicam, a quem os recebe, a realidade espiritual, neste caso o Mal... É arrepiante, mas... lamentavelmente, é verdade.

O tratamento clínico com “células tronco” de fetos humanos e incompreensível, visto que estas podem ser obtidas de outras fontes, de um modo não agressivo, natural. Por que, então, se insiste obstinadamente na prática da “cultura abortista” e se promove a “industria de aborto”? É simplesmente, para “ajudar as pessoas”??? Por que tem que matar e usar o sangue dum inocente para o benefício de alguém?

Enfim, a vida biológica do ser humano é de grande valor, mas, não é um valor supremo! Portanto, não é lícito a um cristão beneficiar-se dos fármacos feitos com fragmentos de fetos humanos (!), ou seja das criancinhas, que foram privadas do direito de nascer.

Não devamo-nos iludir, que aceitando um produto, em que há a participação do “pai da morte”, ficaremos isentos das suas influencias, cuja finalidade foi mencionada acima. E, não é de estranhar o constante e maciço aumento de possessões diabólicas, neuroses, depressões, etc., em todas as idades e por toda a parte...

Será que, não aqui que se encontra a causa da mornidão dos cristãos? A sua frieza e indiferença para com Deus e Seu Caminho...?

É muito provável, que esta é a raiz principal dos males que afligem a humanidade. Enquanto não houver a conversão para a Cultura da Vida (incluindo a eterna) será inevitável para a humanidade a sorte dos tempos de Noé (Gen 7) e de Ló (Gen 19)...

Fiquei feliz com a declaração de ontem, do senhor Presidente da República, que negou a possibilidade de se vacinar contra o “vírus chinês”. As atitudes dizem tudo quem somos, e não as palavras... Impressiona a histeria “solidariedade” da imprensa (já conhecida) com que vem criticá-lo e hostilizá-lo! Eis a liberdade dum “mundo das trevas”!

Coragem, irmãos! Parece que o Tempo já começou. “Levantai e erguei as vossas cabeças...”! (Lc 21,8).


quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Feliz (?) Natal. Viva a Vida! Mafia do Aborto. Industrias Farmacêuticas e aborto.

O Natal e a industria do Aborto

Paz e bem!

Hoje iniciamos a segunda parte do Santo Advento. Nossos pensamentos se voltam à bondade e à ternura do nosso Deus, que incansavelmente vem para nos curar e salvar do mortífero Poder das Trevas.

Ao mesmo tempo, ficamos atônitos, diante do crescente e arrogante desprezo à vida, sobretudo da vida humana, tão preciosa aos olhos de Deus...

Parece que o homem moderno declarou uma guerra à Fonte da Vida e quer desafiar o Poder Criativo pelo seu poder destrutivo, incitado pelo “Assassino eterno” (Jo 8,44: “Desde a criação do mundo ele foi assassino e nunca esteve do lado da verdade porque nele não existe verdade”). E, ainda assim, o homem moderno, miseravelmente, se sente “bom”...

Diante do Mistério da Encarnação de Deus, Mistério do Seu Natal, para qual leva o Advento, o valor da vida humana se apresenta como preciosidade peculiar e, deve ser promovido e defendido intrepidamente.

O mal do aborto e ódio a vida (anticoncepcionais, esterilização, um tal “amor livre”, erotismo, etc...) criam uma brutal oposição, uma negação cruel à Vida, que nasce em Belém, para se doar.

Que “Noite feliz...” haverá? Quem será feliz nesta noite anti-vida, em que o mundo vive...?

Hoje recebi uma correspondência, cuja parte resolvi traduzir, em contexto do Natal. Achei por bem partilhar, para conscientizar e alertar, aos que lerem estas palavras.

Atenção!!! Este texto é forte e pode ser chocante.


Sr. Stanisław

No ano passado, a máfia do aborto, que atua como intermediária no comércio ilegal de pílulas abortivas, ajudou a matar mais de 2.000 crianças polonesas com o uso de pílulas. No entanto, essas não são as únicas vítimas. Além de vender pílulas, um grupo criminoso organizado também leva mulheres polonesas para aborto no exterior, como parte da campanha "Aborto sem fronteiras", cujo nome é uma paródia blasfema de uma conhecida campanha de oração.

De acordo com as estatísticas publicadas, a máfia é responsável pelo assassinato de pelo menos mais 265 crianças em 2020, cujas mães partiram com a ajuda de abortistas para centros de morte estrangeiros localizados na Alemanha, Inglaterra, Holanda, Bélgica e Espanha.

Além disso, todos esses bebês já estavam no segundo trimestre de gravidez. Alguns deles provavelmente poderiam sobreviver como bebês prematuros. Mas isso não é tudo. Quanto maior for o bebê e quanto mais avançada estiver a gravidez, maiores serão os custos do aborto. De acordo com os relatos de membros da máfia do aborto, o aborto mais caro no qual ajudaram as mulheres polonesas deveria custar até 19.000 PLN.

Isso significa que a criança que foi assassinada desta forma já devia ser muito grande, provavelmente cerca de 7 a 8 meses...

Sr. Stanisław, a máfia do aborto se vangloria de tudo isso publicamente na Internet. A prática de assassinatos bestiais de crianças nos estágios finais da gravidez é chocante na Polônia, mas as sociedades ocidentais já estão familiarizadas com ela, por meio da propaganda do aborto. Lá, o assassinato brutal é um serviço comum disponível gratuitamente no mercado da morte.

As taxas financeiras relacionadas e os ganhos dos abortistas são impressionantes. A morte cruel de uma criança assassinada pela máfia polonesa do aborto, provavelmente entre 7 e 8 meses de gravidez, foi estimada em 19.000 PLN. Enquanto isso, matar uma criança 2 dias antes do parto no 9º mês (!) de gravidez, custa mais de PLN 60.000. Este tipo de execução é feito de forma aberta e legal, por exemplo, nos EUA.

Um grupo de defensores da vida, do Nova México, nos Estados Unidos, fez uma provocação, cujo objetivo era descobrir os métodos de funcionamento de um dos centros de aborto locais, especializado nos chamados abortos tardios. Eles cometem alí, assassinatos de crianças extremamente cruéis.

Neste centro da morte entrou ma mulher, Felicia, de 37 semanas de gravidez. Ela fingiu querer abortar seu filho, que foi diagnosticado com síndrome de Edwards. A equipe da instituição aceitou seu "pedido", sem nenhum problema, e estimou o "serviço" em $17.000 (mais de PLN 60.000). Um dos funcionários do matadouro abortivo explicou abertamente a Felicia como seria o procedimento. É um horror! 

Depois de cumprir as formalidades necessárias, eles furam o bebê com uma agulha grande e administram um veneno, que faz com que o bebê sofra um ataque cardíaco. Como resultado, a criança morre nas dores por cerca de 6 horas. Eles, então, fazem com que a mulher carregue o bebê morto em seu útero por quatro dias e vá ao hospital todos os dias para dilatar lentamente o colo do útero para, assim, concluir o aborto. Os abortistas falaram abertamente sobre essa barbárie terrível. Como se fosse qualquer outro serviço que pudesse simplesmente ser comprado no mercado ...

Obviamente, a Felicia não ia aceitar essa bestialidade. Dois dias depois de visitar o centro de aborto, ela foi para um hospital comum e deu à luz um menino. Você sabe o que aconteceu? O bebê estava completamente saudável!

Durante a gravidez, ela fez exames duas vezes e descobriu-se que o bebê tinha síndrome de Edwards. Esses diagnósticos, entretanto, mostraram-se completamente errados.

Para o negócio do aborto, entretanto, isso não importa. Os abortistas estão fazendo o possível para ganhar milhões, assassinando as crianças inocentes.

Sobre este comercial objetivo de matar, fala abertamente uma ex-funcionária, de um dos centros de morte nos EUA, onde crianças são massivamente assassinadas: “Em tudo isso havia “um ritual” no consultório, que nunca poderia me conformar com o que eu dizia a mim mesma, nos meus pensamentos. Era uma celebração da “quantidade das pacientes” e da “quantidade do dinheiro” que eles faziam no final do “dia dos tratamentos”. Quantas mulheres foram? Quanto ganhamos? Quando todas as mulheres foram “atendidas e dispensadas”, todos nós nos reunimos na recepção para fazer o registro diário. Naquela hora, eu sempre ficava de trás e olhava horrorizada para as pilhas de notas ...”

Ninguém, nem mesmo tentou fingir que que se tratava de algum bem ou de "direitos" das mulheres. Tudo o que importava eram os ganhos. O importante é que grande dinheiro é ganho não apenas no ato de matar uma criança. Como lembra a mesma ex-funcionário da fábrica de assassinatos de aborto:

Meus olhos estavam voltados para o médico... que começou a “fazer um inventário de partes”... partes do corpo... NÃO! FRAGMENTOS DO BEBÊ!... Vi uma perninha perfeita... arrancada do quadril... depois outro pedaço... uma mãozinha perfeita... arrancada do ombro... e outro... sinto falta de palavras... quase desmaiei quando vi os próximos “restos”! A coluna inteira... todas as vértebras... todas as vértebras estavam intactas junto com a medula espinhal... Pareciam nervos pendurados em ambos os lados... sem pele... apenas pedaços de sangue arrancados das costas da pobre criança! “Bem”, disse o médico em grande alívio. “Tenho tudo aqui, exceto a cabeça e o torso”.

Você sabe para que se faz esse “inventário” das partes do corpo da criança que acaba de ser assassinada? Para poder ganhar dinheiro negociando seus órgãos.

"Lista de compras de supermercado" - ao que compara o pedido de órgãos de crianças abortadas, uma ex-funcionária da StemExpress, duma empresa que adquire células e órgãos, para os experimentos médicos. A empresa sempre indicava quantos e quais "pedaços" um determinado "pesquisador" precisava para uma determinada semana e determinado dia. Quando precisava, por exemplo, do fígado de uma criança de 15 semanas, a direção da clínica de aborto, que cooperava com ela, apresentava uma lista de mulheres com aborto agendado naquele dia, para que fosse possível selecionar aquelas cujos filhos melhor atendiam aos critérios indicados.

O diretor da StemExpress testemunhou, sob juramento em um tribunal dos Estados Unidos, e admitiu oficialmente que sua empresa fornecia aos cientistas os corações palpitantes de crianças assassinadas pelo aborto e, também, as cabeças intactas de crianças para servirem nos experimentos científicos!

A ex-funcionária, também disse, que a cabeça de uma criança pode ser obtida unida ao corpo da criança ou “pode ser arrancada”. Confessou, ainda, que havia uma grande demanda por “tecidos frescos do embrião” e que, neurônios “extremamente delicados” do tecido cerebral, vendiam-se melhor em "todo o cérebro" ou da cabeça.

Você sabe como a empresa podia adquirir esses “intactas” fragmentos do corpo das crianças? Se foi fornecida a cabeça intacta, o corpo inviolável e os membros intactos, isso indicaria que as crianças nasceram vivas durante o aborto e então, depois seus órgãos foram extirpados.

Será que a mesma sorte espera as crianças polonesas, cujas mães são transportadas por esta máfia, para centros de morte estrangeiros para realizar abortos tardios? Há muitos indícios de que elas, também, podem ser vítimas de experiências médicas bárbaras, de origem dos campos de concentração nazistas. Porém, tudo isso está acontecendo diante de nossos olhos, no século XXI.

Kinga Malecka-Przybylo, Fundação Pró-Direito a Vida, www.stopaborcji.pl 

. J. I. Kraszewskiego 27/

sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

O Advento. Caminho do Natal. Profanação. Conversão. Advento/Natal Comercial

 O Caminho Adventino-Natalino

O Advento é um Tempo Litúrgico, o primeiro do Ano Litúrgico. Tem uma importância singular, pois, sintetiza o Grande Advento da Humanidade, imersa nas consequências da desobediência dos primeiros seres humanos (Gen 3), e se projeta para o futuro, sendo espera pelo Reino de Deus definitivo, que se dará com a nova vinda do Filho do Homem a este mundo.

A Igreja sempre vivia o Advento nesta perspectiva. Tanto é, que as mudanças litúrgicas introduzidas pelo Concílio Vaticano II, não atingiram esse duplo sentido do Advento, mantendo ele suas duas partes.

A primeira parte vai desde o primeiro Domingo do Advento até o dia 16 de dezembro, e é uma preparação remota para a vinda do Salvador, o Filho de Deus. Note-se, que a Liturgia da Palavra nesse período, insistentemente exorta a conversão, a penitência, a mudança de vida.

A segunda parte do Advento, de 17-24 de dezembro é a preparação (dos já convertidos) para a acolhida do Salvador no mistério da Sua Encarnação, que chamamos de Natal.

É óbvio, portanto, que como ambas as partes do Advento são diferentes no seu caráter, o modo de serem vividas tem de ser diferente, também. Ou seja não é conveniente, e mais ainda, não é correto misturar e confundir o que de natureza é diferente.

De um tempo para cá (não sei definir mais precisamente), começou a se difundir uma ideia de antecipar a alegria do Natal. Talvez o III Domingo, chamado o de alegria, houvesse dado esse impulso? Não sei. Apenas sei que rapidamente esse espírito lúdico começou a se estender, atingindo todo o Tempo do Advento. Mais ainda! Este ano eu já vi, na rua, enfeites de decorações “natalinas” antes do Domingo do Cristo Rei do Universo!....

Sim. É sabido que, “desde sempre”, o mundo tem se apropriado dos termos e símbolos de origem católica. Assim, eles se esvaziam e, as vezes, chegam a perder o seu sentido eclesial, não podendo mais ser usados...

Pois é. Esse processo é inevitável. No entanto, há valores que jamais podem ser negociados e “adulterados”. Não é lícito misturá-los com o profano, pois pode-se correr o risco de... PROFANAÇÃO. Sim, profanação mesmo. Pois, reduzir o Sagrado ao profano, significa exatamente a profanação.

Como cristãos, nós não estranhamos que os comerciantes e autoridades civis querendo agradar o povo e atrair os fregueses para seus pontos comerciais, criam ambientes festivos, com enfeites “natalinos”. Todos entendem que tudo aquilo não tem nada a ver com a fé, com a religião.

Porém, quando vemos tal “salada”, tal ignorância litúrgica e teológica nos templos católicos e ambientes religiosos, o que pensar?

Lamentavelmente, não é sustentável uma teoria de que o Advento é uma preparação para o Natal, e por isso, logo no começo pode-se fazer o Presépio, “mas sem a imagem do Menino”... 

É...   Mas, não parece óbvio, para onde vai direcionar um Presépio e, quais sentimentos irá despertar, em conjunto com enfeites profanos dos comerciantes... (sim, com um pingo de imaginação e de consciência reta é possível pressentir o que convém para a glória de Deus).

Não quero julgar. Mas, fico perplexo e indignado, sem entender como as pessoas estudadas podem fazer as coisas, sem pensar no seu sentido e significado?

Mesmo, uma criancinha compreende que o Advento é Advento e, o Natal é Natal. E ainda, para frisar mais: se não houver o Advento (no espírito da Virgem Maria e dos Pobres de Javé), não haverá o Natal, ou seja não haverá a Salvação que nos é dada...

Por que não começarmos a purificar a nossa Fé Católica das “poeiras” que ao decorrer dos tempos cobriram as nossas belas tradições? Sendo mais nítidos os símbolos e costumes religiosos, poderiam contribuir significativamente (como foi no passado) para a evangelização e formação cristã do povo.

Quero propor uma forma simples, mas criativa, do Caminho Adventino-Natalino. Ao lado da tradicional “Coroa do Advento” vais ser um belo elemento catequético. A seguir, colocarei imagens desse Caminho "progressivo", preparado este ano pelos meus Paroquianos.

Conforme a possibilidade do ambiente o Caminho pode-se começar, até mesmo, fora da igreja, dirigindo-se para o futuro presépio. Caminho bruto, arenoso, e longo... A Sagrada Familia lentamente e diariamente vai se aproximando à “gruta”, para entrar nela antes da Missa do Galo. Até lá, na gruta só têm bichinhos dormindo e/ou se alimentando...


O nosso Caminho começou do debaixo do Confessionário. Ao olhar, não se vê o começo do Caminho e, ainda, outro significado: o começo do Caminho para o Encontro com o Salvador, através da Reconciliação...





A continuação do Caminho...















O Caminho continua. À vista o destino...







Dentro apenas pedras e comida...




Imagino que tal apresentação incitará os mesmos pensamentos e sentimentos em todos os que a olharem. Assim, poderá cooperar com a Palavra que chama a conversão e a abertura para Deus...

Do mesmo modo, podem fazer todos os fieis, começando por exemplo o Caminho, do portão da sua casa, para a porta de entrada para casa. Cada dia, saindo ou entrando para casa, vai se lembrando do... Advento e do Natal...

Um Santo Advento para você Leitor e um Feliz Natal, belo fruto do Advento bem vivido!


quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Advento. Natal. Salvar-se. Vírus chinês. Não tenha medo!

Não tenha medo!

Estamos em pleno Advento. O Senhor, o Rei “ha de vir” (= advento) para nos levar ao seu Reino. Um Reino de Vida e Felicidade eternas. Conforme textos litúrgicos nos motivarem, ansiosamente “corremos ao encontro do Filho de Deus” (Oração da Coleta, II Dom.do Advento). 

Em consequência, deixamos de nos preocupar com um “ambiente natalino” já presente no espaço público e nas casas dos ignorantes religiosos. Sim, ignorantes. E ainda, infelizes, pois não vivem nem o Advento, nem irão viver o Natal, permanecendo nos seus pecados e continuando a levar a vida mundana.

Durante este período que vivemos, como cristãos conscientes, nos concentramos nas palavras do Arcanjo Gabriel dirigidas a Santa Virgem Maria: “Não tenhas medo Maria, porque encontraste a graça de Deus” (Lc 1,30). Diante destas palavras seria bom nos perguntarmos a nós mesmos: o que nos atormenta?

O medo é um sentimento natural, conhecido por todos. O medo acompanhou Abraão (Gen 12,10), Jacó estava com medo (Gen 31,31; 32,8), Moisés (Ex 2,14;17,4), Pedro (Mt 26, 69ss. ) Apóstolos (Mc 4,38-40; Mt 26,56). Também, o próprio Jesus, experimentou medo e angústia (Mt 26,37; Lc 22,44).

Sendo “cidadãos do Céu” (Flp 3,20) nós devíamos “temer daquele que pode fazer perecer o corpo e a alma no fogo do Inferno” (Mt 10,28...). No entanto, geralmente, temos medo do que não deveríamos temer... “O que dará o homem em troca da sua vida...?” (Mt 16,26-28).

Muitíssimos, entre nós, temem de não serem aceitos pelo ambiente moderno em que vivem, inconciliável com a fé cristã que professam. Então, caem em tentação de fingir, “manter a imagem”, enfim, serem “corretos politicamente”. Assim, colocam máscaras, tentando se adaptar aos padrões artificiais e inatingíveis.

Outros, alegando que “o mais importante é a saúde” temem para não “pegar” o “vírus chinês”, como que esse fosse o maior perigo do homem neste mundo. E assim, tudo vai se deslocando para trás... Menos o supermercado (cuidar da saúde), farmácia (também, saúde), shopping (saúde, pois não se pode ficar tantos meses dentro da casa), e ainda, bares (a gente precisa de se divertir um pouco para o bem da saúde), etc...

Agora, quanto a Deus, quanto a Culto de Deus, já é outra história...

“Na igreja?

- Pega vírus!!!

- Fique em casa!

- Não vá a igreja! Reze em casa!"

E assim, a Santa Missa em casa, a Comunhão em casa, mesmo sem se confessar... Tem aqui um “porém”. Tanto o Santo Sacrifício, quanto a Comunhão Sagrada requerem a presença real. A virtual não existe...

Quanto a evangelização, a razão de ser da Igreja... Eita! 

- Também em casa??? 

- Ferrado...!

Vamos chamar as coisas pelo nome? O que mais temo hoje, na situação concreta que estou vivendo? O que me impede de ser, o que devo ser? Por que não tenho coragem de tomar decisões importantes, que preciso tomar? E então?

Veja, a frase “não tenha medo”, aparece 365 vezes na Sagrada Escritura. Como se Deus quisesse nos dizer cada dia do ano: “Não tenha medo”! Se o próprio Deus diz isso, então...?

Por si mesmo, “ninguém é forte, ninguém é santo” (Oração da Coleta, XVII Dom.Tempo Comum). Mas, como ouvimos nas palavras do Arcanjo Gabriel a Maria: “Encontraste a Graça diante de Deus". Pois, devemos nos abrir a Deus. A Sua Graça. Buscar a Deus, aproveitando o restante do Advento, no silêncio da oração, na Sagrada Escritura, no Sacramento da Reconciliação (Confissão), e em particular, na Sagrada Comunhão.

Não percamos este santo Tempo do Advento. Sem o verdadeiro Advento não há Natal, assim como sem a gestação não há nascimento dum ser humano.


segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Nova ordem. Fim dos Tempos. Trevas. Lúcifer.

 Tudo começou com um "NÃO"

Na linguagem popular um “não”, a quem tem o direito legítimo de decidir, chamamos de desobediência. E a desobediência a Vontade de Deus é o que chamamos de pecado, cuja paga é a morte (Gen 2,17; Rom 6,23).

A maioria de nós não compreende a gravidade desse mal, pensando ser apenas algo insignificante, e se mal, então secundário. No entanto, pensando bem, esse é o caminho para o Mundo das Trevas, onde “reside” o Pai da Mentira (Jo 8,44). Tudo começo pela mentira, a Grande Mentira.

Foi o Lúcifer quem primeiro disse a Deus “NÃO” (latim: lux (luz) e fero (carregar)), ou seja, o Ser Espiritual, Portador da Luz, o Brilhante, a estrela da Manhã... 


O “não” de Lúcifer, foi a negação da Ordem Divina, da Perfeita Harmonia existente em todos os relacionamentos. A tentação do primeiro ser humano, consistiu em semear a dúvida nesta Ordem Divina e, consequentemente, negá-la para optar pela “nova ordem” proposta por Tentador. E assim, a “nova ordem” das Trevas, com as suas consequências mortíferas entrou no mundo e... sofremos também nós.

Nós já nascemos neste Mundo Confuso, sem ninguém nos perguntar se queremos... A Confusão no nosso mundo não começou com a Modernidade, como alguém pode pensar. Ela foi se expandindo ao decorrer dos séculos, e continuará até a consumação dos tempos (Mt 28,20). 

Diante desse quadro, não temos muitas alternativas. Apenas duas. Acreditar na existência de Deus e na Sua Ordem, reestabelecida e aperfeiçoada pelo Cristo, o Filho do Pai Eterno, ou então, seguir o caminho do negacionismo, proposto e propagado pelo príncipe deste nosso mundo (Jo 14,30). 

É muito lamentável e, este é o maior dos males que afligem a Igreja de Cristo, que a grande quantidade de pessoas que se dizem amigas de Deus (cristãs), frequentam (mas não participam) da Eucaristia, recebem também outros Sacramentos, compõem as “Pastorais” da Igreja, e no entanto, a negação a Deus está latente na sua conduta, nas suas atitudes e escolhas, contarias a Ordem Divina, manifestada expressamente na Lei Natural e no Decálogo.

A negação da Ordem Divina tem as suas consequências. Fica atingida não apenas o indivíduo negacionista, mas também a família e a sociedade. Enfim, a coletividade é composta dos indivíduos. Resultados devastadores desta negação vemos ao nosso redor diariamente e os sentimos na “própria pele”. 

Precisa ser assim? Claro que não. Mas, para ser ser diferentemente é preciso voltar a viver a Ordem de Deus. A conversão que é pregada, sem cessar, desde São João Batista consiste exatamente nisso. Voltar a viver segundo o Plano de Deus, ou a Ordem de Deus. Existe, sim, o concerto para este mundo, que parece não ter mais jeito...

Desde o começo da Cristandade esta consciência estava viva e levava vários cristãos a opôr-se a “nova ordem negacionista” por meio da vida eremítica e/ou comunitária, que posteriormente nomeava-se de Ordem. Ordens religiosas, como tentativa de viver a eterna Ordem Divina. Dentro das Ordens religiosas, um dos elementos constitutivos é a própria ordem na organização do tempo, dos trabalhos, do lazer e do descanso. A síntese da Ordem se resumia numa síntese em latim: “Serva ordinem, et ordo servabit te” (Mantenha a ordem e a ordem te manterá)...

Por muitos séculos a Ordem de Deus regia as sociedades. E não havia conflito, mas mútua  complementação para o bem. Até mesmo nas religiões pagãs não havia e não há nenhuma oposição entre o divino e humano.

Gradualmente, porém, se eliminava Deus das decisões politicas e econômicas, para chegar ao momento de  bani-Lo por completo do cotidiano humano, por ser “inconciliável com os objetivos da sociedade moderna”... 

Hoje esta “nova ordem”, a reverso pervertido da Ordem de Deus, vive o seu tempo de florescimento, reinando quase sem limites e difundindo as suas Trevas mortíferas. Mas... Como nos revelou o Filho de Deus, esse aparente sucesso vai durar muito pouco... 

Precisamos compreender e acreditar firmemente que, realmente, a Ordem de Deus não colide com a ordem da sociedade civil. Ao invés, a inspira, orienta e completa. Não há nenhum conflito. Portanto, precisamos abraçá-la, em vez de iludir-nos com negação, tentando traçar um caminho alternativo para a felicidade, que, no entanto não existe, mas é uma ilusão incutida pelo primeiro Negacionista, o Lúcifer.

“Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra a aflição e a angústia irão apoderar-se das nações pelo bramido do mar e das ondas. Os homens definharão de medo, na expectativa dos males que devem sobrevir a toda a terra. As próprias forças dos céus serão abaladas. Então, verão o Filho do Homem vir sobre uma nuvem com grande glória e majestade. Quando começarem a acontecer essas coisas, reanimai-vos e levantai as vossas cabeças; porque se aproxima a vossa libertação.” (Lc 21,25-28; Mt 28,20).

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Batalha espiritual. Vigiar. Advento. Exorcismo particular

O Advento do Bem ou do...?

É sabido que o mundo invisível que, inevitavelmente, faz parte da vida cotidiana dos seres humanos, não é somente o Bom Deus, que nos chama a felicidade plena consigo. Este é o Mundo da Luz, que foi nos revelado pelo Senhor da Luz (Jo 8,12). Existe também o Mundo das Trevas Eternas, que se finge de Luz, atraindo as pessoas pelas luzes dos shoppings, das propagandas comerciais, dos bares, casas noturnas, etc...

Ai daquele que cair nessa... Pois, é fácil entrar, porém, logo se perde o controle e... para sair, geralmente não tem mais nem a vontade. E quando essa vem, não tem mais forças... Muito melhor ficar longe dessa e ocupar-se com o que enobrece a alma, o corpo e os relacionamentos.


Sumamente importante é lembrar que, as criaturas do Mundo das Trevas não dormem, nem vacilam. Sempre atentas esperam o momento de vacilo, relaxamento ou algum tipo de “namoro” com o que não agrada a Deus. Ai, então, vêm com as ideias e pensamentos, que logo, logo levam longe de Deus (1Pd 5,8). O coração volta-se e começa desejar aquilo que o Mal sugere através das pessoas já corrompidas, dos hábitos viciosos, da moda, etc.

É muito importante que nos tornemos “invisíveis” ao Maligno, permanecendo “escondidos em Deus” e no Seu Mundo da Luz. O príncipe deste mundo (Jo 14,30), juntamente com os anjos caídos e pessoas a ele sujeitas vai fazer de tudo para não entendermos a crueldade da malícia escondida no que ele oferece....

Desse modo, não poderíamos contrariar os seus planos malignos, não privaríamos do seu poder, de “escrever” a História Humana do jeito que ele mesmo quer escrever. E o seu objetivo é chegar a tal estado que não seja mais possível diferenciar a terra do inferno. Algo disso já é dolorosamente visível e sensível aos que são amigos do Bem.

Realmente, é um cenário apavorante. Infelizmente, há muitos fatos que provam que, a cada instante, nos encontramos nas trevas mais espessas. Estamos cada vez mais próximos do inferno – ali, onde não há Deus, não há Mandamentos de Deus, amor ao próximo, compaixão, solidariedade, olhar para o céu, onde o homem torna-se apenas um “animal racional” e não quer ser mais filho de Deus...

Está passando a hora de despertar...

Para uso particular.

Exorcismo

Em nome de Deus Uno e Trino, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, fujam deste lugar, espíritos malignos, não olhem, não escutem, não destruam e não introduzam a confusão ao nosso trabalho e nossos planos, que submetemos ao projeto salvador de Deus. O nosso Deus é vosso Senhor e vos ordena: Retirem-se e não voltem mais aqui. Amém.

Deus, Altíssimo Senhor nosso, pelo Vosso Poder Divino, torne-nos invisíveis para os nossos inimigos! Amém.

São Miguel Arcanjo, que, juntamente com os anjos, vencestes Satanás no céu, nos ajude a vencê-lo na terra. Amém.