quinta-feira, 28 de março de 2019

Pastoral Conjunto. Evangelização. Missão da Igreja. Projeto...Etapas


Como imagino organizar a Pastoral, para ser efetiva

PROPOSTA PASTORAL ( II )

É óbvio que não existe “um documento-instrução” para ser meramente executado. Acho que, no primeiro passo, devemo-nos deixar a questionar, na sinceridade do coração, sobretudo, pelo que está acontecendo hoje. Em seguida, tentar procurar a Vida. Procurá-la em tudo (porque, Ela está em tudo ao nosso redor). Enfim, a Vida é Espírito, e o Espírito é a Vida (Jo 6,63; 1,33).
A Paixão pela Vida deve ser o maior desejo de cada cristão e o fundamento da vida pastoral. Para “o que fazer” gostaria de propor uma “estratégia”. Não invenção minha e não é novidade nenhuma. É o que a Igreja pede, sobretudo, através do Concílio Vaticano II.

1ª etapa.  
Escolher um grupo de pessoas (quanto maior, tanto melhor) que possuem seguintes qualidades:
ü  # A boa vontade e disponibilidade;
ü  # Ao menos, um pouco de inteligência e capacidade de compreender (hoje, sobretudo nas periferias pode ser um problema);
ü  # Algum tipo de atração pelo invisível-infinito (não sendo meros “frequentadores”);
ü  # O hábito de ler, o desejo de participar dos encontros de formação, de estudo, etc.;
ü  # Que demonstram possuir algum ideal;
ü  # Que são “inquietos”, questionam, “investigam”, perguntam;
ü  # Que possuem algum talento, como: cantar, tocar instrumento musical, ler bem em público, etc.;

2ª Etapa.
Trabalhar formando estas pessoas selecionadas (como são Paulo, At 18, 5-11; 19,8-10), até chegarem a certa segurança, acerca da sua identidade cristã-católica. Certamente, este trabalho não deve demorar menos que um ano, com pelo menos dois dias por semana (cf. referencias acima).
Esta etapa poder-se-ia concluir com um tipo de “Iniciação” (por ex. a Renovação do Batismo, declaração verbal do comprometimento, durante a Eucaristia dominical, ou por escrito, como uma adesão consciente a Igreja-Corpo (pode-se providenciar e entregar, alguma medalhinha ou cruzinha, como sinal concreto, que vai lembrar o compromisso assumido).

3ª Etapa.
Concluída a 2ª etapa, promover um evento de evangelização, mas não evento central (paroquial) e, sim, em alguma parte da Paróquia (bairro, setor), para assim facilitar melhor participação dos moradores e, futuramente, trabalhar pastoralmente naquela região. Assim, seria realizado o sonho do Concílio Vaticano II, duma Igreja, Comunidade das Comunidades.

Sugiro os seguintes passos:
1/ um evento aberto para todos os moradores;
2/ visita nas casas do bairro/setor;
3/ a 1ª reunião com os que aceitarem convite de continuar buscando a Deus;
4/ Tentar organizar a infraestrutura, mesmo provisória, (espaço para atividades pastorais e celebrações);
5/ Repetir este processo em todos os bairros/setores, atingindo todo o território da paróquia.

Concluída a evangelização de toda Paróquia (Comunidade distrital, Diocese), forma-se o Conselho Pastoral, composto dos representantes das Comunidades recém-formadas.
O seguinte passo será organizar as Pastorais, desta gente convertida e comprometida, como expressão dum compromisso maior, de viver a fé e participar da Missão da Igreja. Assim nos livraríamos da mentalidade egoísta (a fé individual, isolada) que paralisa a evangelização e da mentalidade hospitalar (só lembra da Igreja, quando algo incomoda).

Obs.:
1/ Depois de realizar a evangelização num bairro, deve-se instituir uma estrutura dirigente local (se possível), que contaria com o apoio do Corpo Central (Matriz), dos evangelizadores designados pelo pároco.
É importante que haja um coordenador, uns formadores-catequistas (para realizar encontros de estudo, formação, oração – pelo menos uma vez por semana) e alguém que seria responsável pelos bens materiais.
2/ A primeira Liturgia (Eucaristia) poderia ser celebrada (para os que “caminharem” naquela Comunidade) depois de um tempo considerável de perseverança, de verificação dos conhecimentos e do compromisso.
Um, ou uns, dias antes da Liturgia, poder-se-ia celebrar o Sacramento da Reconciliação (se todos forem batizados) e/ou do Batismo, dos catecúmenos antecipadamente preparados.
3/ Estas pessoas, além de continuarem a caminhar e crescer na vida de fé (conhecimento mais aprofundado, práticas piedosas, encontros fraternos) começariam a auxiliar o “Corpo Central Paroquial”, no progresso da evangelização e nas iniciativas pastorais e espirituais.

Att. Nunca começar o “recrutamento” dos futuros servos de Cristo, membros das pastorais, por qualquer promessa, tipo: “vai ser bom”... A Igreja não é um clube...

***
Todas as ideias aqui expostas, de como organizar e/ou iniciar a Pastoral numa Paroquia, servem, antes de tudo como uma PROVOCAÇÃO. Por sua vez, valem igualmente para qualquer Pastoral específica a ser criada ou, já existente (que necessita de recuperar a vida), tanto numa Paróquia, quanto numa Diocese.
É perfeito e único este projeto, está ideia? É óbvio que não o é. E não se trata de ser mais um “esquema”. É uma tentativa de iniciar e/ou recomeçar o diálogo dentro da Igreja, que precisa ter interesse da sua própria vitalidade e virilidade. É a questão da nossa identidade de crentes, de filhos de Deus! “Pro”-“vocar”, para deixar-se questionar.
Não se procure e não se favoreça o companheirismo dentro da Igreja... A origem dele não é evangélica. A Igreja é uma Comunidade de irmãos, corresponsáveis reciprocamente pela salvação eterna...

***************
Alguém pode dizer: Exagero! Fantasia! Caçada de bruxas! Frescura!
Poder, pode. Mas, será que tudo que falei é uma pura fantasia? Tudo na Igreja está caminhando, realmente, como o Fundador Divino deseja?
Ora, não podemos desconsiderar o FATO, de que há uma NECESSIDADE urgente para evangelizar o mundo e, também, a própria Igreja, composta na maioria dos “membros declarados” e “fregueses”, que vem fazer os seus negócios. Para esta obra evangelizadora, não bastam diversos encontros e formações, pois para formar é necessário ter um material adequado para isso (para “formar” algum vaso, um oleiro precisa de argila macia e não de uma pedra). Hoje os pastores conscientes da Igreja precisam empregar os métodos praticados no começo da Primeira Evangelização.


Evangelizar. Conversão Pastoral. Igreja e Missão. Projeto de...


Como imagino organizar a Pastoral, para ser efetiva

PROPOSTA PASTORAL ( I )

Não é segredo para ninguém que a vida pastoral da Igreja tem muito a desejar. Tem tanto a desejar, que na verdade, chega-se a duvidar. Ainda é, ou já não é uma pastoral. Os organismos que constituem a Pastoral da Igreja, no momento atual, estão “infectados e viciados” a tal ponto que, honestamente, nem deveriam ser denominados como tais, pois podem levar a confusão e escandalizar, a quem espera encontrar um ambiente para caminhar e crescer na fé. Infelizmente, em vários grupos, chamados de “pastorais”, parece não haver a “Vida”...
Os membros de diversas pastorais da Igreja não passam de serem “consumidores”, que querem se beneficiar dum determinado grupo e satisfazer seus desejos e suas expectativas, lamentavelmente, divergentes da essência da vida de fé, que consiste em fazer a Vontade de Deus. Com isso, não há pastor e não há ovelhas, naqueles agrupamentos (cada um quer se apascentar a si mesmo, fazendo o que quer e quando quer). Exagero? Observe!

                            Cuidar, Reformar, Pintar as sepulturas só faz a diferença “por fora”...

Quero frisar que estas não são acusações! Muito pelo contrário, é a tentativa de um frade franciscano que, sem pretensões e expectativas, simplesmente procura fazer a sua parte, desejando contribuir com esforço daqueles que amam e edificam a Igreja de Cristo.
Sabe-se que o Princípio (a Essência) de toda a vida é invisível. Ela é um Mistério, que se manifesta em formas diversas, a começar pela “vida material”, biológica, humana, social, etc.  Entre inúmeras formas de vida existe a vida espiritual (interior) do ser humano. É uma vida específica que se pode expandir e se pode encolher, dependendo das circunstâncias, que geralmente são opções pessoais. Pode, também, chegar ao estado de “morte” (ainda que nunca morre). A morte espiritual, acontece quando alguém deixa-se invadir e dominar pelo Grande Vazio (veja: Gn 2,15-17; 3,1-13. 23-24). Daí, então, tal “morto”, aparentemente vivo, começa a explorar apenas a dimensão biológica da sua existência humana.

Esse processo, ao meu ver, vem acontecendo na vida da Igreja, que é um Corpo (o Corpo Místico de Deus, de Cristo) composto de vários membros e órgãos. A mais comum forma, na qual se expressa este Corpo, são as irmandades, associações, sociedades, e outros, inúmeros grupos. As Pastorais, amplamente promovidas pelo Concílio Vaticano II, iam ser uma expressão mais completa do Mistério da Igreja e “instrumentos” da sua missão evangelizadora.

Uma Pastoral, no pensamento da Igreja, é um grupo de discípulos-missionários que, pela própria natureza ,da sua identidade assumida, se torna grupo de pastores-ovelhas, continuando a ser discípulos. Para que isto aconteça, há necessidade de conversão pastoral, a qual chama o Papa Francisco e o Documento 100, da CNBB, “Conversão Pastoral”.
Daí é que vem a necessidade de encontrar algum meio, com a finalidade de recuperar a ideia primária da Pastoral, como modo de ser da Igreja, como seu “instrumento” no cumprimento do Mandato Missionário (“Portanto, ide e fazei com que todos os povos se tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo o que ordenei a vocês. Eis que eu estarei com vocês todos os dias, até o fim do mundo” - Mt 28,19-20).

Por algum tempo, de fato, as Pastorais da Igreja tiveram certo impacto na qualidade de vida espiritual (eu ainda me lembro daqueles tempos). Mas, com o passar do tempo, com a expansão da modernidade, a Igreja deixou-se “invadir” pelo secularismo (com todo tipo de “ismos”) e, até mesmo, pela descristianização. Então, as Pastorais começaram a se desorientar e esvaziar...
Hoje, na maioria das organizações eclesiais, não se nota mais, uma viva paixão pela Vida... O que se destaca, porém, é a movimentação, agitação, inquietude... A organização, relatórios, campanhas, encontros, etc.... Em soma, as estruturas parecem ser interpretadas como a verdadeira Igreja de Cristo.

Portanto, há necessidade urgente, duma reflexão serena e tranquila, mas corajosa, sobre o que está acontecendo com a Igreja. E tudo na luz da Verdade. Caso contrario, não fica difícil prever que, promovendo apenas “a manutenção” das estruturas pastorais, na situação em que elas se encontram hoje, só se pode esperar a agonia final.

Fixe-se bem: as estruturas eclesiais são apenas “vasilhas” para a VIDA! Elas, em si, não são a Vida! Eu não sei como entender as pessoas, sobretudo os clérigos, que procuram sustentar, defender e alimentar este atual “modelo de pastoral”. Será que não percebem que nestas expectativas se esconde uma ilusão, que é perigosíssima ameaça da salvação dos “pequeninos” (Mt 11,25)?
Tenho plena consciência, que não basta questionar, se não oferecer uma alternativa, mesmo simples, mas concreta. Então, o que fazer, concretamente, para que a Vida volte a habitar às almas e às Comunidades?
Continuará...


quarta-feira, 27 de março de 2019

Campanha Fraternidade - fora! Conversão. Quaresma. Igreja.


Fora a Campanha da Fraternidade!
Há mais de 50 anos que a CNBB implantou a prática da Campanha da Fraternidade (ano 1962), no Tempo da Quaresma. Os relacionamentos fraternos entre as pessoas são um sonho da humanidade, que vai ficando cada vez mais violenta e inescrupulosa. É o mais que certo a Igreja promover e construir a fraternidade. Porém, o ideal da fraternidade não pode ser reduzido a uma ideologia. A fraternidade é um modo de viver, como irmãos (lat. frater), o que, por sua vez, supõe a mesma procedência, filhos do mesmo “pai”. Para os cristãos é óbvio, que este pai é o Pai de Jesus Cristo, o Pai Eterno. Para esta FAMÍLIA, os cristãos nascem pela Fé e pelo Batismo. E os não crentes, como ficam? Sim, sim. É inegável que preciso buscar promover a “fraternidade” família humana. Mas, neste caso, já estamos falando da outra “fraternidade”...
Outra coisa, para que haja uma fraternidade real, é necessário que os filhos do mesmo Pai, se reconhecem como tais (é óbvio que pela fé), aceitando-se e respeitando-se mutuamente. E aqui encontramos a dificuldade universal, pois, até mesmo numa pequena família natural, os relacionamentos estão conturbados, devido à falta de aceitação recíproca... E esta se chama o Amor, revelado e incumbido à Igreja pelo Senhor, Cristo Jesus (“Eu dou a vocês um mandamento novo: amem-se uns aos outros. Assim como eu amei vocês, vocês devem se amar uns aos outros”, Jo 13,34).
Por isso, venho a insistir salientando que, a condição indispensável para se sonhar, que um dia possa acontecer o ideal da fraternidade (em qualquer âmbito) é a CONVERSÃO PESSOAL de cada indivíduo. Sem esse “detalhe” lutar-se-á por uma ideologia.
Portanto, por melhor intenção que a Igreja do Brasil possa ter tido, o tempo para realizar qualquer Campanha, mesmo a da fraternidade, não é o Tempo da Quaresma! Este sagrado Tempo Quaresmal, desde sempre, foi estabelecido pela Igreja, para a conversão pessoal, e esta é a condição fundamental de qualquer fraternidade, como já dissemos acima.
Ora, desviar a atenção dos católicos, no Tempo da Quaresma, para qualquer assunto que não seja a conversão, compreendida como retorno a amizade real com Deus – não parece ser uma ideia meramente evangélica... Neste contexto proponho refletir um breve texto evangélico: Lc 13,1-5.
Por estes motivos, aqui vai o nosso filial - NÃO!!!
Não! A Campanha da Fraternidade do tempo da Quaresma!
O nosso povo fiel precisa e quer viver um verdadeiro espírito da Quaresma. Precisa, através da mortificação preparar-se para a Páscoa, tanto a Litúrgica, quanto a Páscoa Definitiva!
FORA A POLÍTICA DE DENTRO DA IGREJA,
a IMACULADA ESPOSA DO CORDEIRO IMACULADO!
Queremos uma Igreja efetivamente comprometida com a evangelização, que sabe ajudar a conhecer e aceitar o Evangelho do Pai, que é o nosso Salvador, o Cristo Jesus.
Fora as ideologias, mesmo revestidas de “teologia”!
Fora as Teologias de Libertação! Queremos uma teologia tradicional, ingenuamente bíblica e patrística, que ajuda no conhecimento da Doutrina da Santa Igreja, no crescimento na fé e estimule a busca da Verdade!
Queremos conhecer e ver Jesus! (Jo 12,20-22). Não nos alimenta e não satisfaz um mero ritualismo, que resulta no formalismo religioso, alienando e esvaziando o coração!
Está passando da hora de adorarmos a Deus em nossos templos que, não isoladamente, se tornam “palcos de peças teatrais”, que poucos já entendem. Está passando da hora de celebrar com piedade e temor o Culto Sagrado, de ajudar aos fieis a se arrependerem e converterem, confessando sacramentalmente os seus pecados (Jo 20,23).
E mais uma vez, vai o nosso filial, mas firme:
NÃO! – a Campanha da Fraternidade
no Tempo da Quaresma


quinta-feira, 21 de março de 2019

Liturgia. Celebrar. Preparar-se. Ato de Entrega.


Preparar-se para celebrar. Sempre!

Estamos vivendo o sagrado Tempo da Quaresma. Caminhamos para a Páscoa da Ressurreição de Jesus e da nossa ressurreição - dos vícios e más inclinações... A Liturgia,
especialmente neste Tempo Quaresmal, é um meio mais poderoso, que pode nos levar mais perto de Cristo Jesus, na Sua Paixão, Morte e Ressurreição (a Eucaristia é esse Mistério).
Como Igreja, temos um problema sério com a nossa própria identidade cristã-católica. As pessoas que vêm para celebrar a Sagrada Liturgia e, também, as que dela participam mais ativamente (comentaristas, leitores, cantores, etc.), em vez de se prepararem, para um Evento Cósmico, que é a Sagrada Eucaristia, conversam à toa (e não só).... Já chegando distraídas, se distraem mais ainda...
Faz um bom tempo, que num dos sites encontrei este texto, a seguir, que pode ajudar a conscientizar e motivar mais, tanto os que servem durante a Liturgia, quanto os que dela participam. Traduzido, eis aqui o Ato de Entrega, como a minha contribuição: 


ATO DE ENTREGA 
DO SERVIÇO LITÚRGICO 
AO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA

Maria, Mulher Eucarística,
contempladora da Palavra de Deus,
permanecendo ao lado de Jesus,
em Seu sublime Sacrifício
e, unida a Ele com todo teu coração,
te declarastes Serva do Senhor.
Ao teu Imaculado Coração
confiamos a todos os que Deus chamou
a exercer funções especiais nas celebrações litúrgicas.
Acolha, no teu amor materno,
todos os grupos litúrgicos
de crianças, adolescentes e adultos.
Ore por nós,
que Deus nos dê um coração puro,
afeição pelo serviço a Deus
e obediência a Igreja,
na celebração da Sagrada Liturgia.
Desejamos glorificar,
com toda a nossa vida,
ao Pai Todo-Poderoso,
ao Seu Filho, Jesus Cristo
e ao Espírito Santo, Santificador,
o único Deus,
que vive e reina pelos séculos, dos séculos.
Amém.

quarta-feira, 6 de março de 2019

Quaresma. Graça. Conversão. Vida Nova. Ressurreição.


QUARESMA - TEMPO DA GRAÇA ESPECIAL

Olá! Bom dia!
Primeiramente, desejo a você, meu Amigo ou Visitante, uma... Feliz Quaresma!
É sim, Feliz Quaresma. Iniciamos hoje este Tempo Litúrgico, muito exigente, mas, igualmente proveitoso. São 40 dias de “mortificação da carne” (tentativas de inibição dos impulsos da vontade própria, que impede a realizar a Vontade de Deus). É um Tempo de preparação para a Páscoa. E a Páscoa não é apenas uma data, mas um Mistério. Mistério da Vida Nova, que Deus comunica aos que querem recebe-la. Isso acontece através da fé.
O que é esta Vida Nova? A vida natural (da natureza humana) nós já temos. Você e eu. Mas, além desta vida, existe uma outra, a de comunhão com o Mistério (Deus) que a humanidade havia perdido por causa do pecado “original” (Gen 3). Devido aos efeitos daquele pecado, a grande maioria da humanidade, até hoje, não sabe nada daquela vida e não consegue enxergar os sinais da sua existência. Há uns 2000 anos atrás, o Filho do Pai Eterno, (o Verbo Eterno – Evangelho de João, 1) se fez Homem, para revelar esta vida e instituir a um meio de acesso a ela. Tudo isso realizou, através da Sua Paixão, Morte e Ressurreição, o que chamamos de Páscoa (literalmente: passagem). Portanto, a Páscoa é um Mistério da Revelação e da Comunicação da Vida Nova, ou seja, Vida Divina. O homem pode possuir a Vida Divina... Mas..., somete através da fé.

A Quaresma é um tempo, da “paixão e morte” da nossa vida natural, que nos pode levar a “ressurreição”, a experiência, cada vez mais profunda desta Vida Nova. Portanto, as renúncias (que sempre serão um sofrimento) não são um masoquismo. Nós as praticamos, unicamente, em vista da posse desta Vida, conquistada pelo Senhor Ressuscitado. Elas são um meio e não finalidade em si.
Abaixo seguem algumas sugestões que podem ser aproveitadas neste tempo quaresmal. Veja se aproveita alguma coisa. No entanto, não se esqueça que é preciso cooperar com o desejo de Deus (Joel, 2) que gratuitamente oferece esta Vida (Jo 7,37), porém, sem dominar os caprichos da vontade própria este sonho de Deus será “frustrado”. O que segue abaixo, são iniciativas pessoais. Acho que mais vale a penitência, que é a OBEDIÊNCIA a Deus, aos deveres resultantes da fé (Mandamentos de Deus e da Igreja, testemunho e compromisso cristão), da vocação (casado, solteiro, etc), da profissão, do trânsito, da vida na sociedade...

ALGUMAS PROPOSTAS PARA A QUARESMA
ADULTOS
Não comer carne (nenhuma) *
Reservar algum dia para o jejum total ou parcial *
Diminuir ou mesmo tirar as refeições intermediárias (como o lanche da tarde) *
Rezar alguma oração mais prolongada de joelhos (se possível)
Descer um ponto antes do ônibus e fazer uma parte do caminho à pé (se possível)
Deixar de usar o carro e pegar um transporte coletivo
Não reclamar das contrariedades do dia, mas agradecer e louvar a Deus
Acordar mais cedo para fazer oração
Não ouvir música (além da clássica)
Não assistir TV, mas dedicar este tempo à leitura
Reduzir a frequência às redes sociais, celular e computador (reduzir a poucas vezes)
Não usar jogos eletrônicos
Fazer algum trabalho voluntário (se possível)
Rezar mais pelos outros, do que por si mesmo
Ler a Bíblia diariamente
Não faltar na celebração da Via Sacra, da procissão penitencial
Reservar dinheiro para dar esmolas, mas sobretudo, atenção aos mendigos
Não se defender quando alguém lhe acusa
Falar bem das pessoas que se gostaria de criticar
Ouvir as pessoas incômodas sem as interromper
Dormir no horário, mesmo sem vontade.

CRIANÇAS:
Não comer doces, refrigerantes, chocolate e demais guloseimas
Comer legume ou verdura que não se goste muito
Rezar alguma oração mais prolongada de joelhos
Não reclamar das contrariedades do dia, mas agradecer e louvar a Deus
Reduzir a frequência às redes sociais, celular e computador (reduzir a poucas vezes)
Fazer os serviços mais incômodos na casa e no trabalho, ajudando os outros
Acordar mais cedo para fazer oração
Não ouvir música (além da clássica)
Não assistir TV, mas dedicar este tempo à leitura
Não usar jogos eletrônicos
Rezar mais pelos outros, do que por si mesmo
Não se defender quando alguém lhe acusa
Falar bem das pessoas que se gostaria de criticar
Ouvir as pessoas incômodas sem as interromper
Dormir no horário, mesmo sem vontade.

* Atenção! Obedecer o ritmo das medicações e orientações do médico! (o mesmo vale para as crianças)