O matrimônio e a
fidelidade.
Diante da “praga de divórcios” que se alastra,
também, entre os crentes da Igreja Católica surgem questionamentos acerca do
futuro. Aonde vamos chegar? Já existe um grande número de crentes que vêm para
as Celebrações, mas não participam da Comunhão Sacramental... E o que será daqui
a 20 anos, se não houver a mudança? Será que seja correto “modernizar-se”
buscando recursos para “legalizar” conflitos conjugais permanentes?
Deve se lembrar que, o Direito Canônico da Igreja
afirma, que a aliança conjugal, através da qual o homem e a mulher constituem uma
comunidade por toda a vida, foi elevada
por Cristo a dignidade do sacramento. Além disso, Jesus, em seu
ensinamento, apontava categoricamente para o sentido original da relação entre
o homem e a mulher, como o Criador quis desde o começo (cân 1055).
Assim, Jesus anulou permissões que se infiltraram na
Lei Mosaica, permitindo o rompimento do vínculo matrimonial. Portanto, a união matrimonial
do homem e da mulher é inseparável; o próprio Deus a implementou: “Portanto,
o que Deus uniu, o homem não separe” (Mt 19,6).
Essa explícita afirmação acerca da
indissolubilidade do matrimônio causou embaraço entre os apóstolos de Jesus.
Se sentirem desorientados, assim, como muitos se sentem hoje, pois aquilo lhes
parece ser uma exigência irreal (Mt 19,10).
Cristo, no entanto, não sobrecarrega os cônjuges
com um jugo impossível de ser carregado. Restaurando a ordem original da
criação, corrompida pelo pecado, o Filho de Deus dá força e graça para viver o
matrimônio, para vivenciá-lo na dimensão do Reino de Deus (Deus ou nada,
Card. R.Sarah). “Vinde a mim, todos vós que estais cansados e sobrecarregados...”
(Mt 11,28-30)
Seguindo a Cristo, renunciando a si mesmos, tomando
a sua cruz de cada dia, os esposos conseguirão entender o significado original
do matrimônio e vivenciá-lo com ajuda de Cristo. A graça do matrimônio cristão
é um dos frutos da cruz de Cristo (Deus ou nada, Card. R.Sarah).