O
coração do ser humano foi feito para ser a fonte do bem, do belo e da
criatividade construtiva. Infelizmente, foi corrompido, pela desobediência (Gn
3,1-19). Daí, muitas vezes, ele é a fonte de inseguranças, desorientações e
enfim, más escolhas que resultam nos problemas.
Há
quem diz que é preciso fazer “o que o coração pede”. Mas, e aonde vai ficar a
razão que deve ser responsável pela análise de escolhas?
Ainda
que se deva “amar de todo o coração”, o coração não pode ser um exclusivo
centro decisivo, mas o objeto da sua atração deve ser apresentado à análise da
razão. Por que? Por causa da corrupção.
Já no
começo da Bíblia encontramos as palavras
de Deus, que nos diz: “O Senhor viu que havia crescido a maldade do homem na
terra, e como os projetos do seu coração tendiam sempre para o mal” (Gn
6,5). Os Jesus, nos Evangelhos também
alerta perante a confiança no coração: “Porque é do interior do coração dos homens
que saem os maus pensamentos, as prostituições, roubos, assassínios,
adultérios, ambições, perversidade, má fé, devassidão, inveja, maledicência,
orgulho, desvarios. Todas estas maldades saem de dentro e tornam o homem
impuro” (Mc 7,21).
E o
que deu quando ouvimos a nós mesmos? Quando conhecemos os encantos de
autorealização, quando experimentamos a liberdade de escolha? O que nos restou?
Muitas vezes como disse o profeta, apenas "corar de vergonha" (Ba
1,15). Muitas vezes, apenas "calamidades e a maldição" (Ba 1,20).
Apenas "ai"...