Tenho a satisfação de apresentar um texto do Pe. dr.prof.
Wald Chrost, que acabei de traduzir. É uma matéria de boa qualidade,
solidamente fundamentada na Sagrada Escritura. É a minha contribuição humilde,
na tentativa de ajudar aos que ficaram desorientados pelo lobby da “multi-diversidade
sexual”. Creio, que na maioria maciça, das pessoas que se “identificam” com a
sexualidade diferente da que possuem, são vítimas das inescrupulosas ideologias
modernas. Ora, estas ideologias têm um único objetivo – o destruir a vida.
Desde a primeira ilusão, na qual caíram os Adão e Eva, representantes da
humanidade, o objetivo do Dragão continua sempre o mesmo, apenas os meios
evoluem...
Para maior comodidade, vou dividir este texto em duas partes.
O HOMOSSEXUALISMO À LUZ DA BÍBLIA SAGRADA - I
Enquanto a crescente pressão do lobby homossexual, não poupa
nem mesmo as pessoas da Igreja, provocando desorientação e confusão entre os fiéis,
se faz urgente atencioso retorno à mensagem das Sagradas Escrituras. Na sua
luz, e não através da ótica dos meios de comunicação em massa, o cristão
deveria moldar a sua própria visão, do fenômeno conhecido como sodomia. Habitantes de Sodoma e Gomorra,
dos quais lemos no Livro de Gênesis (19,19-29), foram severamente punidos pelas
aberrações que praticavam descaradamente.
Dignidade da
corporeidade e da sexualidade humana.
O fundamento para qualquer reflexão sobre este assunto, é a
narrativa bíblica sobre a criação do mundo e do homem, que termina com as
palavras: “Deus criou o homem à sua
imagem, à imagem de Deus o criou - homem e mulher os criou” (Gn 1,27). A
palavra hebraica 'sēlēm', traduzida como 'imagem', significa literalmente
'estátua', 'estatueta', 'imagem', 'semelhança' e evoca associações claras com o
físico.
Deus é Espírito, invisível e incorpóreo. Ao contrário,
o homem é ao mesmo tempo
um ser espiritual e corpóreo e, portanto, a corporeidade
humana, e não apenas a esfera espiritual, também, exprime algo de Deus. Além do
mais, a sua dignidade é tão grande que Deus, em Jesus, se fez homem. Portanto,
o mistério da criação anuncia, assim, o mistério da Encarnação, e já nos
primórdios da humanidade, aparece a premonição da Anunciação.
A distinção de gênero resulta do desígnio de Deus Criador. O
ser humano existe como homem e
mulher. No entanto, na última parte do texto hebraico, não há substantivo
"iš", que significa "homem", nem "išša", que
significa "mulher". Há, no entanto, os substantivos "zākār"
e "neqēvā", que enfatizam destacando a corporeidade e a sexualidade,
porque indicam o que é especificamente masculino e o que é especificamente
feminino.
O que une o homem e a mulher é o amor, que se exprime na
esfera espiritual e corporal, refletindo algo de Deus que é Amor e, as riquezas
de Sua vida interior, como Pai, Filho e Espírito Santo. A narrativa bíblica da
criação, se encerra com elogio do matrimônio,
como uma união de homem e mulher: “Portanto,
o homem deixa seu pai e sua mãe e se une a sua esposa, tão intimamente que eles
se tornam uma só carne” (Gn 2,24). A
corporeidade e a sexualidade são um laço entre homem e mulher, permitindo
a participação no dom da fecundidade e da transmissão da vida.
Eles são inscritos na ordem da natureza, daí a conclusão,
que a homossexualidade é uma perversão e atinge a ordem querida e estabelecida
por Deus.
À luz do Antigo
Testamento.
O fato, de que o homossexualismo destrói a ordem da criação,
fez com que as transgressões deste gênero, são severamente condenadas no Antigo
Testamento. Na legislação inclusa no Livro de Levítico, que protege a família e
o matrimônio, lemos duas vezes: “Não se deite com um homem, como se fosse com
mulher: é uma abominação” (Lev 18,22). E mais: “O homem que se deita com outro
homem, como se fosse mulher, está cometendo uma abominação. Os dois serão réus
de morte, e o sangue deles cairá sobre eles mesmos” (Le 20,13).
Continuará...
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