O HOMOSSEXUALISMO À LUZ DA BÍBLIA SAGRADA - II
A primeira proibição ocorre no contexto de duas outras: a
proibição do sacrifício de crianças ao Moloc, deus pagão e as relações sexuais
com animais. Esta ordem ressalta o peso daquelas transgressões e a culpa por
elas causada. As últimas palavras da segunda proibição, atestam que, os que
se envolvem em atos homossexuais têm
total responsabilidade por eles. O ato homossexual foi definido como
"tōēvā", significando "abominação", "repulsa",
portanto, algo que sendo uma perversão provoca nojo e é escandaloso.
Da mesma forma, se denominava os hediondos costumes dos Cananeus,
que causavam repulsa aos israelitas. O comportamento perverso, quando se torna
conhecido, é punido com a morte. Não se sabe se realmente, em todos os casos, a
sentença foi executada, mas não há dúvida, de que a sanção tão severa, adverte perante
a prática do mal, que deveria ser completamente erradicado da comunidade dos
seguidores de Deus.
Neste contexto, é preciso colocar, também, a proibição, que ia
prevenir as transgressões, estabelecendo a linha de separação entre os sexos: “A
mulher não deve vestir roupas de homem ou um homem com roupas de mulher, porque
qualquer um que faz tal coisa é abominável ao Senhor teu Deus” (Dt 22,5 ).
Diversos “desfiles de igualdade” ilustram, o que é e para
onde leva, a abolição das diferenças de vestuário, entre homens e mulheres, e desrespeito
dos limites que distinguem ambos os sexos, no modo de ser e no modo de se
vestir. Nas contemporâneas tentativas de justificar a homossexualidade, há
opiniões que a abordagem severa que encontramos no Antigo Testamento, deve ser
vista no contexto da antiga legislação e costumes. Mas, este argumento é
completamente desacertado, porque, embora seja verdade que muitos regulamentos
e leis do Antigo Testamento, têm seus paralelos nas culturas e na legislação do
antigo Oriente Médio, porém, de forma alguma se aplica à homossexualidade.
Nas culturas vizinhas, do Israel bíblico, o homossexualismo
foi, mais ou menos, abertamente aprovado e não encontramos sua condenação nos
códigos da lei pagã. A legislação bíblica, nesta matéria é a exceção
absoluta e não compartilha visão, própria aos pagãos, porque está enraizada
na fé em Deus e na profissão de fé, de que o Criador do mundo e do homem,
estabeleceu a ordem, que deve ser reconhecida e respeitada. Abusos flagrantes,
e estes são relacionamentos homossexuais, destruindo esta ordem, introduzem
um caos devastador.
À luz do Novo
Testamento
A questão da sodomia e relacionadas a ela anormalidades o Novo
Testamento vê do mesmo modo. O apóstolo Paulo, a trata como digna de condenação
conduta pagã, dos que não conhecem a Deus, nem a dignidade do ser humano, que é
a Sua imagem. Firme e claro testemunho deste ensinamento se encontra na Carta
aos Romanos, onde fala dos efeitos da depravação moral dos pagãos: “Por isso, Deus entregou os homens a paixões
vergonhosas: suas mulheres mudaram a relação natural em relação contra a
natureza. Os homens fizeram o mesmo: deixaram a relação natural com a mulher e
arderam de paixão uns com os outros, cometendo atos torpes entre si, recebendo
dessa maneira em si próprios a paga pela sua aberração. Os homens desprezaram o
conhecimento de Deus; por isso, Deus os abandonou ao sabor de uma mente incapaz
de julgar. Desse modo, eles fazem o que é indigno” (Rom 1,26-28).
A promoção dos comportamentos homossexuais no âmbito da fé e
moralidade cristãs, traz um perigo de infectar a Igreja com as degenerações
pagãs. Na Primeira Carta aos Coríntios, São Paulo apresenta as sanções pela vida
réproba, em nova perspectiva. Não se detém, como o fazia o Antigo Testamento,
no plano temporal, mas – baseando-se na fé da ressurreição de Jesus e da nossa
- realça a motivação escatológica: “Não
se deixem enganar! Nem os imorais, nem os idólatras, nem adúlteros, nem
promíscuas, nem sodomitas, nem ladrões, nem os avarentos, nem bêbados, nem
maldizentes, nem ladrões herdarão o reino de Deus” (1Cor 6,9-10).
Os atos homossexuais foram relacionados em conjunto com
outras transgressões graves, que afetam a vida e a saúde moral da comunidade. A
Primeira Carta a Timóteo vê o papel da Lei do Antigo Testamento, como um alerta
perante o que é mal e, enumerando vários crimes graves, inclui entre eles os
"homossexuais" (1Tm 1,10).
O Catecismo da Igreja Católica, seguindo a linha dos ensinamentos
do Novo Testamento, obriga ao respeito, compaixão e delicadeza para com as
pessoas que apresentam “contrárias a lei natural” e “profundamente radicadas tendências
homossexuais”. Em seguida, acrescenta: “Estas pessoas são chamadas a realizar
na sua vida a vontade de Deus e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz
do Senhor as dificuldades que podem encontrar devido à sua condição” (Nº 2358).
Não sendo excluídas da comunidade cristã, têm determinada obrigações: “As
pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes do autodomínio,
educadoras da liberdade interior, e, às vezes, pelo apoio duma amizade
desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem
aproximar-se, gradual e resolutamente, da perfeição cristã” (Nº 2359).
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