quinta-feira, 4 de abril de 2019

Castidade. Sexualidade. Atos homossexuais e Bíblia.


O HOMOSSEXUALISMO À LUZ DA BÍBLIA SAGRADA - II

A primeira proibição ocorre no contexto de duas outras: a proibição do sacrifício de crianças ao Moloc, deus pagão e as relações sexuais com animais. Esta ordem ressalta o peso daquelas transgressões e a culpa por elas causada. As últimas palavras da segunda proibição, atestam que, os que se envolvem em atos homossexuais têm total responsabilidade por eles. O ato homossexual foi definido como "tōēvā", significando "abominação", "repulsa", portanto, algo que sendo uma perversão provoca nojo e é escandaloso.

Da mesma forma, se denominava os hediondos costumes dos Cananeus, que causavam repulsa aos israelitas. O comportamento perverso, quando se torna conhecido, é punido com a morte. Não se sabe se realmente, em todos os casos, a sentença foi executada, mas não há dúvida, de que a sanção tão severa, adverte perante a prática do mal, que deveria ser completamente erradicado da comunidade dos seguidores de Deus.
Neste contexto, é preciso colocar, também, a proibição, que ia prevenir as transgressões, estabelecendo a linha de separação entre os sexos: “A mulher não deve vestir roupas de homem ou um homem com roupas de mulher, porque qualquer um que faz tal coisa é abominável ao Senhor teu Deus” (Dt 22,5 ).

Diversos “desfiles de igualdade” ilustram, o que é e para onde leva, a abolição das diferenças de vestuário, entre homens e mulheres, e desrespeito dos limites que distinguem ambos os sexos, no modo de ser e no modo de se vestir. Nas contemporâneas tentativas de justificar a homossexualidade, há opiniões que a abordagem severa que encontramos no Antigo Testamento, deve ser vista no contexto da antiga legislação e costumes. Mas, este argumento é completamente desacertado, porque, embora seja verdade que muitos regulamentos e leis do Antigo Testamento, têm seus paralelos nas culturas e na legislação do antigo Oriente Médio, porém, de forma alguma se aplica à homossexualidade.

Nas culturas vizinhas, do Israel bíblico, o homossexualismo foi, mais ou menos, abertamente aprovado e não encontramos sua condenação nos códigos da lei pagã. A legislação bíblica, nesta matéria é a exceção absoluta e não compartilha visão, própria aos pagãos, porque está enraizada na fé em Deus e na profissão de fé, de que o Criador do mundo e do homem, estabeleceu a ordem, que deve ser reconhecida e respeitada. Abusos flagrantes, e estes são relacionamentos homossexuais, destruindo esta ordem, introduzem um caos devastador.

À luz do Novo Testamento
A questão da sodomia e relacionadas a ela anormalidades o Novo Testamento vê do mesmo modo. O apóstolo Paulo, a trata como digna de condenação conduta pagã, dos que não conhecem a Deus, nem a dignidade do ser humano, que é a Sua imagem. Firme e claro testemunho deste ensinamento se encontra na Carta aos Romanos, onde fala dos efeitos da depravação moral dos pagãos: “Por isso, Deus entregou os homens a paixões vergonhosas: suas mulheres mudaram a relação natural em relação contra a natureza. Os homens fizeram o mesmo: deixaram a relação natural com a mulher e arderam de paixão uns com os outros, cometendo atos torpes entre si, recebendo dessa maneira em si próprios a paga pela sua aberração. Os homens desprezaram o conhecimento de Deus; por isso, Deus os abandonou ao sabor de uma mente incapaz de julgar. Desse modo, eles fazem o que é indigno” (Rom 1,26-28).

A promoção dos comportamentos homossexuais no âmbito da fé e moralidade cristãs, traz um perigo de infectar a Igreja com as degenerações pagãs. Na Primeira Carta aos Coríntios, São Paulo apresenta as sanções pela vida réproba, em nova perspectiva. Não se detém, como o fazia o Antigo Testamento, no plano temporal, mas – baseando-se na fé da ressurreição de Jesus e da nossa - realça a motivação escatológica: “Não se deixem enganar! Nem os imorais, nem os idólatras, nem adúlteros, nem promíscuas, nem sodomitas, nem ladrões, nem os avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem ladrões herdarão o reino de Deus” (1Cor 6,9-10).
Os atos homossexuais foram relacionados em conjunto com outras transgressões graves, que afetam a vida e a saúde moral da comunidade. A Primeira Carta a Timóteo vê o papel da Lei do Antigo Testamento, como um alerta perante o que é mal e, enumerando vários crimes graves, inclui entre eles os "homossexuais" (1Tm 1,10).

O Catecismo da Igreja Católica, seguindo a linha dos ensinamentos do Novo Testamento, obriga ao respeito, compaixão e delicadeza para com as pessoas que apresentam “contrárias a lei natural” e “profundamente radicadas tendências homossexuais”. Em seguida, acrescenta: “Estas pessoas são chamadas a realizar na sua vida a vontade de Deus e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar devido à sua condição” (Nº 2358). Não sendo excluídas da comunidade cristã, têm determinada obrigações: “As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes do autodomínio, educadoras da liberdade interior, e, às vezes, pelo apoio duma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem aproximar-se, gradual e resolutamente, da perfeição cristã” (Nº 2359).

Nenhum comentário:

Postar um comentário