segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Convite




“Vai, vende tudo que tens e dá aos pobres, e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me” (Mc 10,21).


Segue-me. "Eu tenho para você o melhor dos caminhos! Vamos lá”!

Deixe tudo o que você tem. Não é possível carregar tudo isso e mantê-lo. É desnecessário para você!

- Desnecessário? Posses, dinheiro, terras, emprego, amigos... Tudo isso me faz viver! Como eu poderia deixá-lo? Estás exigindo demais! Demais!

Aliás, gostaria de segui-Lo, mas...

É difícil caminhar com uma mochila grande e cheia. Das coisas. Dos apegos. Das ansiedades de algo ou de alguém deixado lá distante.

Jesus não põe condições, para o jovem provar que é digno do caminho. Ele simplesmente chama: Venha! E apenas orienta: com esta mochila não conseguirás fazer nem sequer um passo. Deixe-a, não vale a pena...

Em algum momento do caminho estou perdendo as minhas forças. Fico para trás. Jesus olha para mim, sorri... "Deixe esta mochila, não necessitas dela!” Vamos lá!

Correrei atrás dele, ou sentarei quebrado no caminho?

Fonte: www.wiara.pl


domingo, 27 de fevereiro de 2011

O tempo




É preciso ser previdente. De alguma forma é preciso se assegurar. Se algo inesperado acontecer, estarei seguro. É um objetivo importante. Trata-se do meu amanhã. Para ele compensa dedicar o tempo.

Deus não ensina a ser estúpido e desatento. Mas ele diz: não vos preocupeis. Não consagres o "hoje" para o "amanhã", que, afinal, não conheceis. Amanhã pode não chegar. Pode vos surpreender apesar de todas as previdências.

Existe uma realidade que não pode ser recuperada. É o tempo. Hoje é o momento de se aproximar a Deus. Hoje é o tempo para amar... Hoje é o tempo para trabalhar, brincar, descansar. Hoje é o momento de aproximar-se a uma pessoa. Amanhã pode ser tarde demais.

Não perca o dia para se preocupar com o que ainda está por vir. Faça o bem hoje. Se, por este motivo, não te assegurarás diante do "amanhã", eu me mesmo cuidarei de te - promete Deus.
Ele é fiel. Vejo o todos os dias. Então porque me preocupo?

Leonardo da Vinci disse uma vez: "O tempo é a porta através da qual o futuro passa para o passado".
Qual vantagem, portanto, dos bens acumulados sem medida, na hora da passagem pela última porta?
Não desanimemos na busca de Deus. Confiemo-nos a Sua Providência. Ele realmente nos ama.


sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Amigo




"Afasta-te dos teus inimigos e toma cuidado com os amigos” (Eclo 6,13).


Parece muito esquisita esta advertência do Sirácida. Não confiar a ninguém? Suspeitar? Expor à prova seus amigos?

Não. Assim, não.

Mas, a vida mostra quem é e, quem não é, um amigo verdadeiro. O cuidado com a escolha do amigo pode prevenir das decepções e sofrimentos desnecessários.

Há amizades interesseiras. E não se trata aqui, exclusivamente do dinheiro. Pode ser um bom ouvinte ou um bajulador...

Pode ser amigo que, quando não se atende as suas expectativas, rapidamente passa para a hostilidade. Pode ser, também, o que vira as costas no dia em que estás triste, porque... estragas lhe bom humor.

Um amigo verdadeiro é um tesouro (Eclo 6,14).

Não precisa necessariamente de estar perto. Importa que é.

Importa que sempre, na hora da aflição, estará ao seu lado, embora não necessariamente concordando com o teu jeito, com a tua conduta...

Aqui não há sentimentalismo barato, mas um amor autêntico, capaz de se sacrificar pelo outro.

Uma vez, Jesus disse: Já não vos chamo servos, (...) e sim, amigos... (Jo 15,15). E de fato, Ele me trata assim.



quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Entre a auto-confiança e o orgulho






Não confie nas suas riquezas, não se deixe seduzir pelas paixões, não desprezes os outros, não zomba da misericórdia de Deus...

Muito atuais parecem soar estas orientações do autor do Livro de Eclesiástico (Eclo 5,1-10). Dá para ver que a natureza humana é imutável.

A e as tentações que o Inimigo emprega para iludir o homem, sempre são as mesmas...

O começo deste mal está no excesso do limite imperceptível entre a fé e orgulho, entre a convicção de auto-estima e exaltação arrogante sobre os outros, entre agilidade e esperteza, entre a fé na misericórdia Divina e a zombaria d’Ela...

Às vezes, as lições de humildade são muito úteis...



quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Quem a ama...





Quem a ama, ama a vida, e quem madruga por ela será repleto de alegria Ecl 4,13)


Necessito da sua sabedoria, Senhor.

Para não acordar com o rosto amargurado, para não, me tornar um indivíduo constantemente insatisfeito e arrastando-se" por este mundo.

Preciso da sabedoria para sonhar e aspirar alto.

Preciso da sabedoria para amar os que não me suportam.

Preciso da sabedoria para entender a Vossa vontade para a minha vida.

Por isso, clamo por ti, Senhor: dá-me a sabedoria, faça-me capaz para que queira e saiba aceitá-la.

Com a Tua graça quero ser testemunha alegre do fato de que concedes a sabedoria àqueles que lha pedem.



terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Quem é?





"Quem dizeis que eu sou?" Mt 16,15


Quem és Tu para mim...?

Será que a resposta depende do meu humor ou ela permanece profundamente gravada em meu coração e é imutável?

Estou próximo ou distante da afirmação de que, Tu Senhor, és o meu pastor e nada me faltará...?
Senhor, deixa-me entender que somente Tu me bastas. Por favor, me conduza para junto às águas, onde posso descansar; restaura a minha alma.

Eu preciso de Te. Especialmente quando me parece que darei conta sozinho e que tudo vai do meu jeito.

Conduza-me... Carrega-me...


segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Só pelo jejum




"Esse tipo de (do mau espírito) só se pode expulsar pela oração e pelo jejum" Mc 9, 29


Assim termina o Evangelho de hoje.

Em nossa vida moderna, muitas vezes se esquece deste segundo elemento. Muito se fala sobre dietas e regimes. Tudo isso para ficar saudável e bonito.

Jejum virou um tema incômodo e pouco conveniente.
Às vezes a oração não é suficiente. Porém, para entender isso, é preciso ter a sabedoria. E o Senhor a dá generosamente àqueles que o amam...

O que de extraordinário tem em si o jejum? Que graça traz? É só fazer a experiência.

Jejum não é para os eleitos. Sempre foi uma prática freqüente dos cristãos. Jesus mostra-o como caminho para mim e para você...


domingo, 6 de fevereiro de 2011

Voltemos a Nazaré











O monge Moris Maurin, francês, da Congregação dos Irmãozinhos de Jesus, que há 20 anos vive na Polônia; neste fim de semana fez esta interessante colocação:

Jesus rejeitou a riqueza, porque ela é uma grande armadilha. Do deserto, onde se encontrou ‘cara a cara’ com o Pai, voltou cheio de amor por Deus e pelo povo. Ele acreditava que um homem rico pode ser infeliz se tiver dificuldades em abrir seu coração para os pobres.

Ele mostrou que na vida importante é a simplicidade, a pobreza e a fraternidade. Estes são os valores de Nazaré, que Ele vivia e morreu com um pobre...

http://info.wiara.pl/doc/726280.Wrocmy-do-Nazaretu

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Sal e luz...


"Vós sois o sal da terra... Vós sois a luz do mundo" (Mt 5,13)

Como cristãos, temos cada vez mais dificuldades em compreender a concepção de vida que Cristo nos propõe. Estamos infectados pelo pensamento do mundo, e o que é mais triste, que estamos perdendo a fé, de que a linha determinada pelas bem-aventuranças de Jesus tem ainda qualquer significado.

As bem-aventuranças não combinam com as nossas expectativas. Tornam-se uma convenção de pouco valor, umas estrofes poéticas que, além de um valor sentimental, nada mais oferecem. A situação de vida inteira, que assim nasce, começa a assemelhar-se a um corredor, dividido por um vidro grosso blindado - torna-se assim a lógica do mundo, que por força invade a nossa maneira de pensar, avaliar, especificando os critérios para as escolhas.

Enxergamos ainda Cristo, os ideais cristãos, mas já não ouvimos as palavras que nos fala... O vínculo torna-se cada vez mais fraco, até finalmente estourar. Está-se perdendo a identidade cristã. A partida se torna uma realidade. Assim, o sal se torna insosso.

Os efeitos não demoraram a chegar: as luzes se apagam. E quando a escuridão começa a dominar, a cultura da morte prevalece. As pessoas privadas do sinal da “luz num monte" não sabem para onde ir. Portanto, o nosso dever é mostrar-lhes novamente esta luz. Para isso, é preciso primeiramente a reacender em si mesmo, a redescobrir Jesus Cristo, começar a viver o espírito das bem-aventuranças. É difícil, mas é possível...