Como todos sabem, aos 13 de
março o Papa Francisco anunciou o Ano Jubilar, Ano da Misericórdia:
"Decidi convocar um Jubileu Extraordinário que tenha o seu centro na
Misericórdia de Deus. Será um Ano Santo da Misericórdia".
O que é Ano Santo? Tem a sua
origem no Ano Jubilar hebraico. A cada 50 anos, durante um ano inteiro (chamado
ano sabático), era necessário libertar escravos, perdoar as dívidas e, entre
outras exigências, deixar de cultivar as terras... Um ano de “descanso” (Lv
25,8).
A Igreja assimilou esta prática
rica em conteúdo. Na tradição católica, o Jubileu também dura a um ano, mas tem
um sentido mais espiritual. Consiste, sobretudo, na conversão interior (o que,
enfim, leva a conversão social, ao novo tipo de relacionamentos) e no perdão
dos pecados dos fiéis, quando cumprirem disposições prescritas pela Igreja
(veja: Indulgências).
A palavra Jubileu vem do
hebraico "yobel" que se refere ao chifre do cordeiro (servia como
instrumento). No latim, o “jubileu” vem do "iubilum", que significa
grande contentamento, grito de alegria.
A celebração de um Jubileu
ocorre durante um ano, por isso, tal ano é chamado de "Ano Santo" ou
"Ano Jubilar. O Jubileu, ou Ano Santo, pode ser ordinário ou
extraordinário. É ordinário, quando a celebração ocorre a cada 25 anos, e o
extraordinário, quando é proclamado pelo Papa, antes deste tempo, para celebrar
algum acontecimento, de forma especial.
O Jubileu da Misericórdia, é um Jubileu extraordinário e foi iniciado hoje, no dia da Imaculada Conceição de Maria, com um gesto simbólico de abertura da Porta Santa da Basílica de São Pedro. O encerramento do Ano Santo será no dia 20 de novembro de 2016, na Solenidade de Jesus Cristo Rei do Universo.
No próximo dia 13 de dezembro,
serão abertas as portas-santas nas catedrais e santuários do mundo, em comunhão
com a Igreja de Roma. O gesto simbólico de abrir as portas revela a abertura e
aponta para o encontro. Quando alguém esperado está para chegar, lhe abrimos a
porta. Ao visitar alguém, somos recebidos com as portas abertas. Isto
“representa deixar vir e, ao mesmo tempo, ir ao encontro. Passar pela porta da
misericórdia também é revelar a busca pela misericórdia”.*
“A misericórdia faz parte do
nosso dia a dia onde manifestamos nossas relações. Por isso, fazemos a
experiência das frustrações, das ofensas, do encontro com os pobres e com
aqueles que não possuem a mesma fé. Então, é na convivência diária que podemos
perceber, a partir da misericórdia de Deus, que somos chamados a sermos
misericordiosos como o Pai”, disse dom Leonardo Steiner, Secretário Geral da
CNBB*.
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