terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Ano da Misericórdia. Jubileu. Ano Santo

Como todos sabem, aos 13 de março o Papa Francisco anunciou o Ano Jubilar, Ano da Misericórdia: "Decidi convocar um Jubileu Extraordinário que tenha o seu centro na Misericórdia de Deus. Será um Ano Santo da Misericórdia".
O que é Ano Santo? Tem a sua origem no Ano Jubilar hebraico. A cada 50 anos, durante um ano inteiro (chamado ano sabático), era necessário libertar escravos, perdoar as dívidas e, entre outras exigências, deixar de cultivar as terras... Um ano de “descanso” (Lv 25,8).
A Igreja assimilou esta prática rica em conteúdo. Na tradição católica, o Jubileu também dura a um ano, mas tem um sentido mais espiritual. Consiste, sobretudo, na conversão interior (o que, enfim, leva a conversão social, ao novo tipo de relacionamentos) e no perdão dos pecados dos fiéis, quando cumprirem disposições prescritas pela Igreja (veja: Indulgências).
A palavra Jubileu vem do hebraico "yobel" que se refere ao chifre do cordeiro (servia como instrumento). No latim, o “jubileu” vem do "iubilum", que significa grande contentamento, grito de alegria.
A celebração de um Jubileu ocorre durante um ano, por isso, tal ano é chamado de "Ano Santo" ou "Ano Jubilar. O Jubileu, ou Ano Santo, pode ser ordinário ou extraordinário. É ordinário, quando a celebração ocorre a cada 25 anos, e o extraordinário, quando é proclamado pelo Papa, antes deste tempo, para celebrar algum acontecimento, de forma especial.

O Jubileu da Misericórdia, é um Jubileu extraordinário e foi iniciado hoje, no dia da Imaculada Conceição de Maria, com um gesto simbólico de abertura da Porta Santa da Basílica de São Pedro. O encerramento do Ano Santo será no dia 20 de novembro de 2016, na Solenidade de Jesus Cristo Rei do Universo.
No próximo dia 13 de dezembro, serão abertas as portas-santas nas catedrais e santuários do mundo, em comunhão com a Igreja de Roma. O gesto simbólico de abrir as portas revela a abertura e aponta para o encontro. Quando alguém esperado está para chegar, lhe abrimos a porta. Ao visitar alguém, somos recebidos com as portas abertas. Isto “representa deixar vir e, ao mesmo tempo, ir ao encontro. Passar pela porta da misericórdia também é revelar a busca pela misericórdia”.*
“A misericórdia faz parte do nosso dia a dia onde manifestamos nossas relações. Por isso, fazemos a experiência das frustrações, das ofensas, do encontro com os pobres e com aqueles que não possuem a mesma fé. Então, é na convivência diária que podemos perceber, a partir da misericórdia de Deus, que somos chamados a sermos misericordiosos como o Pai”, disse dom Leonardo Steiner, Secretário Geral da CNBB*.
  



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