quarta-feira, 27 de março de 2019

Campanha Fraternidade - fora! Conversão. Quaresma. Igreja.


Fora a Campanha da Fraternidade!
Há mais de 50 anos que a CNBB implantou a prática da Campanha da Fraternidade (ano 1962), no Tempo da Quaresma. Os relacionamentos fraternos entre as pessoas são um sonho da humanidade, que vai ficando cada vez mais violenta e inescrupulosa. É o mais que certo a Igreja promover e construir a fraternidade. Porém, o ideal da fraternidade não pode ser reduzido a uma ideologia. A fraternidade é um modo de viver, como irmãos (lat. frater), o que, por sua vez, supõe a mesma procedência, filhos do mesmo “pai”. Para os cristãos é óbvio, que este pai é o Pai de Jesus Cristo, o Pai Eterno. Para esta FAMÍLIA, os cristãos nascem pela Fé e pelo Batismo. E os não crentes, como ficam? Sim, sim. É inegável que preciso buscar promover a “fraternidade” família humana. Mas, neste caso, já estamos falando da outra “fraternidade”...
Outra coisa, para que haja uma fraternidade real, é necessário que os filhos do mesmo Pai, se reconhecem como tais (é óbvio que pela fé), aceitando-se e respeitando-se mutuamente. E aqui encontramos a dificuldade universal, pois, até mesmo numa pequena família natural, os relacionamentos estão conturbados, devido à falta de aceitação recíproca... E esta se chama o Amor, revelado e incumbido à Igreja pelo Senhor, Cristo Jesus (“Eu dou a vocês um mandamento novo: amem-se uns aos outros. Assim como eu amei vocês, vocês devem se amar uns aos outros”, Jo 13,34).
Por isso, venho a insistir salientando que, a condição indispensável para se sonhar, que um dia possa acontecer o ideal da fraternidade (em qualquer âmbito) é a CONVERSÃO PESSOAL de cada indivíduo. Sem esse “detalhe” lutar-se-á por uma ideologia.
Portanto, por melhor intenção que a Igreja do Brasil possa ter tido, o tempo para realizar qualquer Campanha, mesmo a da fraternidade, não é o Tempo da Quaresma! Este sagrado Tempo Quaresmal, desde sempre, foi estabelecido pela Igreja, para a conversão pessoal, e esta é a condição fundamental de qualquer fraternidade, como já dissemos acima.
Ora, desviar a atenção dos católicos, no Tempo da Quaresma, para qualquer assunto que não seja a conversão, compreendida como retorno a amizade real com Deus – não parece ser uma ideia meramente evangélica... Neste contexto proponho refletir um breve texto evangélico: Lc 13,1-5.
Por estes motivos, aqui vai o nosso filial - NÃO!!!
Não! A Campanha da Fraternidade do tempo da Quaresma!
O nosso povo fiel precisa e quer viver um verdadeiro espírito da Quaresma. Precisa, através da mortificação preparar-se para a Páscoa, tanto a Litúrgica, quanto a Páscoa Definitiva!
FORA A POLÍTICA DE DENTRO DA IGREJA,
a IMACULADA ESPOSA DO CORDEIRO IMACULADO!
Queremos uma Igreja efetivamente comprometida com a evangelização, que sabe ajudar a conhecer e aceitar o Evangelho do Pai, que é o nosso Salvador, o Cristo Jesus.
Fora as ideologias, mesmo revestidas de “teologia”!
Fora as Teologias de Libertação! Queremos uma teologia tradicional, ingenuamente bíblica e patrística, que ajuda no conhecimento da Doutrina da Santa Igreja, no crescimento na fé e estimule a busca da Verdade!
Queremos conhecer e ver Jesus! (Jo 12,20-22). Não nos alimenta e não satisfaz um mero ritualismo, que resulta no formalismo religioso, alienando e esvaziando o coração!
Está passando da hora de adorarmos a Deus em nossos templos que, não isoladamente, se tornam “palcos de peças teatrais”, que poucos já entendem. Está passando da hora de celebrar com piedade e temor o Culto Sagrado, de ajudar aos fieis a se arrependerem e converterem, confessando sacramentalmente os seus pecados (Jo 20,23).
E mais uma vez, vai o nosso filial, mas firme:
NÃO! – a Campanha da Fraternidade
no Tempo da Quaresma


Nenhum comentário:

Postar um comentário