domingo, 16 de março de 2014

Gênero - ideologia totalitária - II parte

Gender - ideologia totalitária

ENTREVISTA COM PE. DARIO OKO
(continuação)

- A temática da gender, na maioria das vezes, aparece no contexto da educação: temos sociedades e associações de educação contra a discriminação com base no sexo, estudos de gender em universidades de renome, treinadores de gender anunciar suas oficinas em escolas, etc. Por trás dessas instituições estão organizações de alcance global (ONU), europeu (UE) e nacional (Ministério da Educação, Ministério da Saúde). O contexto de tais autoridades pode enganar as pessoas desprevenidas, pode levar a erro  quem desconhece tais coisas. Como podemos nos defender contra a ideologia gender?
- As instituições mencionadas tronaram-se um anexo à ideologia de gênero - como antigamente os governos do bloco socialista à União Soviética. Todas as instituições nos países socialistas tinham que funcionar de acordo com os princípios do marxismo, lhe servir e o propagar. Cada universidade tinha de haver a cátedra do marxismo e cada aluno teve que passar na prova de marxismo-leninismo. Enfim, um terço do Planeta estava sob o domínio do comunismo. Mas, aos poucos, as pessoas deixavam de reconhecer estes absurdos criminosos e, no final, ninguém - nem os governados, nem os governantes - acreditavam nisso. O marxismo degenerou-se e reduziu-se à lamentável tampinha para uma pura cobiça de conquista e preservação do poder. Agora, temos o estágio de desenvolvimento do genderismo; a decomposição virá mais tarde. Atualmente, a violência ideológica é imposta não através de tanques de guerra, mas por poderosos recursos políticos e financeiros. Assim como o Moscou tentou nos impor o comunismo, assim hoje, a Bruxelas ou a ONU querem nos impor o genderismo. Assim como no passado tivemos que lutar contra a falsidade e a prepotência do comunismo, assim hoje temos que lutar contra a falsidade e a prepotência do genderismo. Isto é inevitável. As pessoas que se declaram ateus, inimigos da Igreja, vão nos atacar. Os inimigos de Deus são também inimigos dos cristãos. O cristianismo é a religião mais perseguida no mundo, porque é a religião mais próxima a Deus. Estima-se que, desde o tempo de Cristo até hoje foram assassinados cerca de 70 milhões de cristãos, e a maioria deles no século XX – no século das maiores loucuras ideológicas. Também os ateus, na Coréia do Norte, neste exato momento, em seus campos de concentração, aprisionam, torturam e assassinam milhares de cristãos. O ódio que experimentamos da parte de genderistas é apenas uma partícula do ódio maior, global.

- Mas os adeptos do genderismo parecem tão poderosos...
- Antes de tudo, é preciso abordar esta questão com calma. Olhar distante, melhor na perspectiva final. A luta faz parte da essência da nossa vida. Em nível corporal estamos constantemente atacados por milhões, bilhões de bactérias e vírus que querem viver à nossa custa e, no final, nos destruir completamente. Para viver precisamos combatê-los, precisamos produzir milhões e bilhões de glóbulos brancos do sangue, que são os nossos soldados e defensores. Esta luta continua em nossas veias 24 horas por dia; a sua vitória é condição de vida.
O mesmo acontece no mundo espiritual. As pessoas que vivem num grande erro ou numa grande ilusão ou mentira, também precisam dar razões para sua existência. Portanto, produzem novas teorias, igualmente loucas e absurdas, assim como as suas vidas. De alguma forma eles têm que justificar as suas teofobias, cristofobias, heterofobias. Para a sua maior auto segurança tentam impor estes absurdos à sociedade inteira. Esta é uma das principais fontes de bactérias e vírus espirituais que circulam na nossa cultura. Ao genderismo pode-se, ainda, atribuir "honroso" título de "AIDS espiritual" do nosso tempo. Igualmente como os vírus HIV enfraquecem o sistema imunológico humano, assim vírus gender debilitam a sua capacidade de pensar criticamente. Após a aceitação de tal absurdo, a aceitação de qualquer outro se torna ainda mais possível.
No entanto, até mesmo uma teoria mais absurda, quando torna-se uma ferramenta de grupos poderosos, pode ter sucesso. Afinal de contas, no passado, em todas as universidades na Alemanha reinava primeiro hegelianismo e, depois, nazismo. Em todas as universidades do "bloco socialista" reinava marxismo (na Cuba e na Coréia do Norte reina até hoje). Em contraste, os professores de universidades católicas que criticaram estes absurdos eram, por isso, cruelmente perseguidos e até mesmo assassinados. No entanto, foi a eles que a história deu a razão. Portanto, deve-se levar em consideração a sua opinião, quando dizem que com o genderismo acontecerá o mesmo. É só uma questão de tempo.
- O que pode fazer uma pessoa comum constantemente bombardeada por essa ideologia?
- Primeiramente, criar a imunidade a ela, como nos imunizamos à propaganda comunista, e compreender que é preciso vê-la por avesso. Quando, um quarto de século atrás, a mídia comunista elogiava muito alguém, sabíamos que ele devia ser um homem de conduta particularmente perversa. E quando alguém era violentamente atacado, sabíamos que ele devia ser um homem excepcionalmente nobre, valioso. De modo igual acontece hoje: quando os maiores meios de comunicação estão nas mãos dos pós-comunistas, quando com tanta dedicação promovem o homossexualismo e com tanto ódio atacam a Igreja, assim, como no passado íamos à procura dos impressos da resistência clandestina, também hoje é preciso buscar os outros meios de comunicação formais e informais, mas comprometidos com a verdade. Esse senso crítico e a busca das adequadas fontes da verdade são muito importantes, porque, senão, os produtores da mentira se tornarão senhores de nossas mentes e corações.  Também, devem ser tomadas sábias decisões políticas e devem ser impedidos ou afastados do poder aqueles que procedem não de acordo com a realidade, mas de ideologia. É preciso, também, engajar-se pessoalmente na política, porque se as pessoas honestas se abstivessem dela, irão nos governar as pessoas indignas, até mesmo criminosas. Após a conquista do poder político, já podem com facilidade dominar toda sociedade e todas as suas instituições.

- Um campo especial de luta torna-se agora a escola...
- Sim, depois do relativo fracasso da implantação de uniões homo afetivas, o foco de combate concentra-se na escola. Os adeptos da "gender" querem introduzir a educação sexual obrigatória para todos, segundo o programa formulado pelos genderistas, ou seja, de pessoas muitas vezes profundamente transtornadas sexualmente. Em seus livros proíbem-se palavras como "mãe", "pai", "matrimônio”, "lealdade", e promovem-se tais, como: "genitor A", "genitor B", "parceria num período de vida". Em geral, o seu programa é baseado numa antropologia extremamente primitiva. O amor é reduzido à fisiologia, promove-se o sexo sem regras e restrições, que é inédita promiscuidade e libertinagem. Eu conheço isto bem, de diversos países do Ocidente, onde passei 10 anos em total. Concretamente é assim que, por exemplo, durante essas aulas na Alemanha as meninas de 12 anos de idade, são forçadas a colocar preservativos no pênis artificial e, depois, lamber como pirulitos e avaliar os seus sabores. Os pais, se não mandarem seus filhos para tais aulas, podem sofrer a pena de prisão e perder os direitos dos pais. Na Suíça, em Basileia, no jardim de infância, para crianças de 4 anos de idade, foram fornecidos pênis artificiais em estado de ereção, e as vaginas abertas, para se divertirem com aquilo. Pois, segundo genderistas, o sexo necessariamente tem de ser praticado desde a mais terna infância. Isto em particular claro mostra com quem estamos lidando. É visível que realiza-se aqui um plano diabólico: a depravação e ateização através da sexualização. As pessoas obcecadas por sexo querem que todos os demais vivam igualmente. Isso é extremamente perigoso, porque destrói o berço da humanidade, transtorna ou impede o desenvolvimento humano, destrói o futuro da família. Em consequência de tal educação, os jovens facilmente podem cair em promiscuidade, uso de drogas e sexoholismo, tornar-se incapazes de crer, nem de casar e construir a família. Neste sentido o genderismo é pior do que o bolchevismo, porque aquele destruía os laços sociais e econômicos, e este destrói a própria humanidade e a família. Introduzir o genderismo nas escolas é o mesmo que introduzir aulas obrigatórias de pornografia. Esta é uma terrível violência na alma de uma criança, que pode arruinar todo o seu futuro. É um inédito desprezo da sua dignidade e seus direitos, como também de seus pais.

- Frutos de tais ações já são visíveis...
- Sim, principalmente na forma de catástrofe demográfica europeia. As pessoas assim educadas procuram o máximo prazer de sexo, mas o mínimo de filhos. Filho é para eles apenas um fardo muito problemático, na corrida de sempre novas sensações e novos parceiros. Portanto, há muito sexo, muitos parceiros, muitas doenças venéreas, muitos abortos, mas poucos matrimônios, poucas famílias e poucas crianças. Isto acontece particularmente na Alemanha, onde para uma mulher estatisticamente incide 0,9 filho, enquanto para preservar o mesmo nível de população é necessário o mínimo de 2,1 filhos por mulher. A Alemanha tem uma das menores taxas de aumento natural no mundo. Para 100 aposentados incide 60 filhos, e apenas 40 netos. Mas, também, a maioria dos alemães trai suas esposas, e o país tem cerca de 400 mil prostitutas, ou seja 1% de mulheres deste país "trabalha" nesta “profissão”. Todos os dias elas têm cerca de 1 milhão e 200 mil de "clientes", ou seja, cerca de 3% de homens deste país. Em Marselha (França), o árabe tornou-se idioma oficial, francês caiu para o segundo lugar. Estes são também frutos da mentalidade de promiscuidade. Da mesma forma como o comunismo levava os países ao colapso econômico, assim o genderismo leva à destruição da família e ao desastre demográfico. Há um inteiro oceano de sexo, e não há filhos. Áreas inteiras da Europa estão começando a se parecer com cosas públicas, mas lá não tem lugar para as crianças.

- Este estado de coisas entendem as pessoas responsáveis, esclarecidas, mas se por trás de programas para as escolas que prepara-se no Ministério da Educação estão tais organizações como: Organização Mundial da Saúde, Ministério da Saúde, Academia Polonesa de Ciências (em sua sede foi realizada conferência sobre os aspectos chocantes de educação sexual nas escolas), então, qualquer "Zé-ninguém", vai ficar desorientado. Como, então, proteger os nossos filhos?
- É preciso protegê-los com todas as forças, porque são o nosso maior tesouro e objeto de maior responsabilidade. Não se pode permitir que as pessoas ideologicamente e sexualmente transtornadas entrem nas escolas e tenham contato com as crianças. Deve-se apontar que a educação dos filhos em contraste com as mais sagradas e profundas convicções dos pais é um crime grave, uma espécie de sequestro, que o Estado tem o dever de investigar e punir. Educar os filhos dos cristãos segundo o genderismo é como converter, a força, as crianças judias ao islamismo. Ninguém tem o direito de invadir, com botas e pau, o santuário da família. Por isso, é preciso participar de marchas e outras formas de protesto, escrever e enviar cartas para o ministro de Educação e outros membros do governo. Os escândalos deve se divulgar nos meios de comunicação e procurar a assistência jurídica, não ter medo da luta judicial. Também deve se ter controle sobre o que acontece na escola, cuidadosamente acompanhar as atividades escolares. O diretor da escola não tem o direito de fazer qualquer coisa, nesta área, sem o consentimento expresso dos pais. É importante divulgar qualquer abuso nessa área, porque o mal gosta de operar no escuro. A regra genderista é fazer a "revolução de cima", a "marcha através das instituições". Ao interceptarem os meios de comunicação e os centros de poder, tentam impor à maioria algo que nunca seria aceito de forma democrática. Por isso, acabam por serem inimigos da democracia.

- Esses esforços trazem resultados?
- Claro. Nos Estados Unidos, se alguém realizasse uma aula de educação sexual no estilo de genderismo europeu acabaria na prisão por molestar menores. Graças aos protestos da senhora Gabriela Kuba, na Alemanha conseguiu-se forçar o Ministério da Educação de retirar o opúsculo genderista, no qual os pais foram solicitados ao comportamento pedófilo, em relação a seus próprios filhos. Em Basileia, na Suiça, os pais forçaram as autoridades cantonais a retirar das creches esses subsídios genderistas em forma de pénis e vagina. Na Noruega, o governo deixou de financiar os genderistas (após 30 anos), porque finalmente eles mesmos se ridicularizaram e desacreditaram. A marcha dos genderistas foi interrompida na Hungria, Lituânia, Estónia e Rússia. Continuam ter pouco a dizer nos países islâmicos. Na Lituânia homopropaganda é juridicamente proibida. O que é absurdo, pode ser vencido; é só querer e organizar-se bem.

- E quais chances temos na Polônia?
- Muito grandes. Nós já o demonstramos no século XX, quando à loucura da ideologia submeteram-se tão grandes e sábias nações como a Alemanha e a Rússia, nossos vizinhos. Na Polônia a tentativa falhou. Para nós tais ideologias tinham que ser trazidas de fora, implantadas por meio de bombas, tanques de guerra e baionetas, nas escuridões de câmaras de tortura da Gestapo e UB. Nós não enlouquecemos e não deixamo-nos seduzir. Devemos isso, acima de tudo, a nossa fé, porque quanto mais verdadeira fé nas mentes e nos corações, tanto menos lugar para as ideologias, ou seja, crenças equivocadas. É por isso que o comunismo, na nossa terra, sempre foi o mais fraco e mais rápido caiu em ruina. Devemos isso principalmente à Igreja. Temos o direito de nos orgulhar disto.  Este pode ser o nosso presente especial para a Europa: a nossa fé e o senso crítico quanto às ideologias, que construímos sobre a sabedoria muita profunda e na experiência, por vezes muito sangrenta.

- Será que temos a base para construir a nossa esperança?
- Claro.  Tudo tem que se olhar na perspectiva de Deus, na perspectiva do absoluto, de algum modo "de acima", metafisicamente. E nesta perspectiva, todo o mal é mais fraco do que Deus, cada sua vitória é localizada e pequena, transitória e temporária. Gender-imperio entrará em colapso e cairá, como caíram e se desintegraram a "invencível, de 1000 anos" Germânia e o "bloco dos países irmãos socialistas", construído sobre o marxismo, ou seja, na "teoria mais iluminada e científica que a humanidade jamais viu e jamais iria ver”. Trata-se de isso acontecer o quanto antes e neste período consuma o mínimo de vítimas, especialmente entre as crianças e adolescentes. A contribuição para isso é um dever sagrado e alegre de todos e de cada um de nós.
***
Pe. Dariusz Oko - sacerdote da Arquidiocese de Cracóvia. Doutor em Filosofia e doutor em Teologia, funcionário do Departamento de Filosofia da Universidade Pontifícia de João Paulo II, em Cracóvia. Depois de sua ordenação, estudou por seis anos nas universidades na Alemanha, Itália e Estados Unidos. Ao longo de seus 28 anos de sacerdócio engajado paralelemente no trabalho científico e na pastoral (como residente permanente nas paróquias polonesas, europeias e americanas). Durante 16 anos foi responsável pela pastoral de universitários e há 16 anos é assistente de Serviço de Saúde da Arquidiocese de Cracóvia. Durante seus estudos, conferências científicas e peregrinações com os médicos, cerca de 10 anos passou ​​além das fronteiras, visitou mais de 40 países em 6 continentes. Conhecido também, das atividades jornalísticas, especialmente da crítica da teologia liberal e da gender ideologia, homo ideologia e homo heresia.

(As frases destacadas de cor vermelha são da minha iniciativa).

Traduzido duma fonte de livre acesso. Identificação disponível, quando solicitada



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