A matéria
foi publicada no periódico semanal... Traduzido duma fonte de livre acesso. Identificação disponível, quando solicitada
Vamos
dividi-la em duas partes. A segunda será postada logo a seguir.
Gender - ideologia totalitária
ENTREVISTA COM PE. DARIO OKO
ANNA CICHOBŁAZIŃSKA: - Nos meios de comunicação estão se
tornando mais frequentes termos: gênero, ideologia do gênero, totalitarismo do
gênero, filosofia do gênero. O que eles significam?
Pe. DARIUSZ OKO: - Deve-se falar nem tanto da
"filosofia" quanto da “ideologia” do gênero. A filosofia é uma busca
radical da verdade e do bem, enquanto a ideologia é um instrumento de luta
implacável pelos interesses particulares, mesmo à custa da verdade e do bem.
Pretende ela levar a vitória das ideias e a satisfação dos desejos egoístas de
algum grupo social, até mesmo com o maior detrimento de outros grupos. Neste
sentido, "gender" é um exemplo clássico de ideologia, é uma
ferramenta na luta implacável pelos benefícios do "gender" ateu e do
lobby gay.
O próprio nome vem da palavra inglesa "gender",
o que significava gênero gramatical, em oposição à palavra "sexo"
para significar a sexualidade biológica. Hoje, a palavra "gênero"
começou a ser usada para determinar a sexualidade no sentido cultural. O
principal axioma desta ideologia é, que a nossa sexualidade é determinada,
antes de tudo, não biologicamente, mas culturalmente, no processo educacional.
Quer dizer, não nascemos como criaturas de sexo
masculino ou feminino, mas, como tais estamos formados após o nascimento. Sobre este princípio os ideólogos da
gender constroem toda a sua teoria; é a sua pedra angular. Afirmam que a nossa
identidade sexual não procede da natureza, mas da cultura. Pode-se dizer que é
nossa invenção ou até mesmo uma espécie de nossa fantasia. Portanto, é quase
totalmente flexível, pode ser formada no processo de educação; melhor,
atualmente, se de acordo com a ideologia de gênero.
Desta forma, começa uma avalanche, porque
se até mesmo uma coisa tão natural e óbvia como a sexualidade tem que ser
formada culturalmente, tem que ser questão de um acordo, tanto mais todo o
resto pode ser formado do mesmo modo. Assim se abre o campo para os engenheiros
sociais, do qual nem sequer sonhavam os comunistas.
- Qual é a base de tais pressupostos e por
que são tão perigosos?
- Atitudes espirituais dos autores da
gender-ideologia. Estes são na sua maioria ateus de esquerda. Ateísmo se baseia
numa falsa suposição da não-existência de Deus e, portanto, inevitavelmente
possui uma errônea percepção do homem e do mundo. É como uma criança que vive
no ventre da mãe alegasse que a sua mãe simplesmente não existe. O ateísmo é
como um erro cometido no início da cadeia de equações, que irá se repetir em
cada fase seguinte e não irá permitir obter resultado correto.
Uma vez que este é um erro enorme,
portanto possui consequências muito negativas. Os maiores erros culturais e
econômicos, como também os maiores crimes na história da humanidade, cometiam
os ateus (ao mesmo tempo ferrenhos inimigos do cristianismo), que nunca se
arrependeram publicamente e não pediram desculpas. Por conta do nazismo foram
cerca de 50 milhões de vítimas da Segunda Guerra Mundial. Por conta do
comunismo, pelo menos 150 milhões de vítimas - como resultado de todas as suas
revoluções, extermínios e outros "experimentos" sociais. Somente o
extermínio de mais ricas famílias de camponeses na Rússia atingiu cerca de 7
milhões de vítimas. A Grande Fome na Ucrânia consumiu talvez até 14 milhões de
pessoas. A Revolução Cultural na China custou cerca de 40 milhões de vidas. Aqueles
que são mais furiosos inimigos de Deus, inevitavelmente tornam-se os mais
zelosos servos de Satanás. É preciso lembrar que exatamente ele torna-se a
principal fonte de seu pensamento.
No entanto, após este oceano de crimes e
absurdos, os ateus encontram dificuldades de subir no poder através do marxismo
clássico, pois já se tornou muito desacreditado. Ao mesmo tempo, como qualquer
homem, os ateus precisam de alguma concepção do mundo, algum sentido do mundo,
alguma compreensão geral da realidade. Quando o marxismo não conseguiu cumprir
estas funções, então, inventaram a sua mutação, que é genderismo. Assim,
criaram para si a ilusão de missão, de serviço. Como antigamente
"ajudavam" aos operários e camponeses, tomando todo o poder para si,
criando as piores, as mais sangrentas ditaduras conhecidas na história, assim
agora querem "ajudar" as pessoas sexualmente diferentes e, nesta
oportunidade, ganhar poder totalitário. Porque eles são descendentes
espirituais, ou até mesmo biológicos, dos piores ateus criminosos, deve-se
esperar que igualmente sejam perversos, hipócritas e sem escrúpulos nas suas
ações.
- Por que se fala tanto do sexo e tanto
concentra-se nele?
- Isso também é coisa típica ao ateísmo.
Quando se nega o que é mais importante, mais espiritual no homem, ou seja, a
sua comunhão com Deus e com os homens, por força empobrece-se ao extremo a
existência humana e afunda-se no que é mais baixo, até mesmo puramente
fisiológico. A sexualidade é uma das forças mais poderosas da nossa
corporeidade, daí a sua supervalorização, a entrega passiva a ela e o
desligamento do amor e da responsabilidade, facilmente levam à escravidão, à
busca da satisfação e de uma felicidade, quase que exclusivamente dentro de
seus limites, inclusive no caminho de comportamentos muito desviados. É por
isso que os ateus muito facilmente tornam-se sexomaníacos, sexohólicos ou
sexonarcômanos, e ainda querem impor estas atitudes doentias a toda sociedade.
- Existem outras fontes dessa ideologia?
- Sim, deve-se especificar pelo menos mais
três. O primeiro, são gays militantes, que promovem o seu modo de vida,
evidentemente perturbado, como o melhor, fabricando uma teoria justificatória
da sua conduta. Há, também, feministas fanáticas (muitas vezes, também,
lésbicas), que sob a "libertação" das mulheres querem
"libertá-las" da maternidade, dos filhos, do matrimônio, da família e
dos homens. As motivações desses dois grupos podem ser até u certo ponto
compreendidas, levando em consideração os danos e injustiças de que se tornaram
vítimas no passado. No entanto, não se pode ignorar a aversão, o ressentimento
e até mesmo o ódio, que estas pessoas têm, principalmente contra homens comuns.
Após a "guerra de classes", proclama-se a "guerra de
sexos". No entanto, o ódio e o desejo de vingança nunca são bons
conselheiros; p. ex., a Segunda Guerra Mundial foi em grande parte o resultado
do desejo dos nazistas alemães de "tirar a satisfação" por terem
perdido a Primeira.
- E qual é a terceira fonte?
- Geralmente, pode-se dizer que todos os
inimigos de Deus e da religião estão a favor da ideologia do gênero,
especialmente os inimigos das religiões bíblicas - cristianismo, judaísmo e
islamismo. Uma força significativa, naturalmente, são os maçons, mas, também,
um grupo dos mais ricos bilionários americanos, que chegaram à conclusão de que
na Terra tem gente demais e, por isso, investem gigantescas quantias de
dinheiro na anticoncepção, no aborto e no desenvolvimento e promoção da
ideologia de gênero. O que está em jogo é que haja mais sexo e o mínimo de crianças. As pessoas possuídas pelo sexualismo são mais fáceis a serem
controladas e manipuladas, porque as suas mentes são absorvidas principalmente
por esta área. Em nossa cultura a ideologia do gênero tornou-se a principal arma
dos inimigos da fé, o seu aríete intelectual, em torno do qual se reúnem e se
concentram. Bem o sabem porquê. A ideologia do gênero e o cristianismo são
inconciliáveis, assim, como
bolchevismo e cristianismo. Aqui é um radicalismo: ou um ou outro, ou isto, ou
aquilo.
- Fala-se até do risco global desta
ideologia...
- Com razão fala-se de
gender-totalitarismo, pois os genderistas de fato almejam o poder total, querem
dominar tudo e governar tudo; fazer todos felizes à força, ou seja, fazer
escravos ou reféns da sua ideologia. Isto é, de algum modo, inscrito na lógica
das ideologias ateias. Biologizam o ser humano, as pessoas consideram como
animais inteligentes, mas a si próprios, é claro, animais inteligentíssimos. E
os animais mais fortes matam e devoram os mais fracos. Daí, a sua justificativa
para os crimes passados e recentes. Antes para a justificativa dos crismes da
Kolyma (região no extremo nordeste da Rússia, sinônimo de trabalhos forçados),
e hoje da violação dos direitos humanos fundamentais das pessoas que têm fé, do
desprezo incrível dos crentes. Isso pode ser percebido até mesmo na incrível
arrogância e ódio com que, às vezes, falam dos católicos nos meios de
comunicação e na política. Não é por acaso que os ateus, que mais apoiam o
genderismo na política e nos meios de comunicação, como Janusz Palikot (o
político polonês anticlerical) e Jerzy Urban (político e publicitário
anticlerical), também batem o recorde de linguagem do cinismo, ódio,
vulgaridade e desprezo. Assim pisam o fundamental direito do homem, o respeito
da sua dignidade e, também, outros direitos. Deve-se mencionar aqui também o
direito de participar da vida social, democrática e medial, o que está sendo
destruído pela exclusão dos meios de comunicação da oposição, porque não há
democracia sem a oposição, e não há oposição, sem meios de comunicação livres.
Aqui está também o direito sagrado dos pais de educar seus filhos de acordo com
a sua própria cultura e suas convicções religiosas, que são violados pela
imposição de educação segundo genderismo. É assim, que a Polônia e, outros
países do Ocidente, tornam-se um lugar onde se calca os direitos humanos
fundamentais.
Há muitas semelhanças entre o genderismo e
o marxismo: o orgulho ateu, a hipocrisia e a prepotência, a total falta de
respeito pelos outros, as semelhantes derrotas da razão e da consciência ateia.
Os marxistas assassinavam as pessoas que pensavam diferentemente, os
genderistas demonstram grande desprezo pelas pessoas que pensam de forma
diferente e, por enquanto, assassinam através de palavras. Os comunistas por
apenas uma frase de crítica a Stalin, colocavam na cadeia ou assassinavam, e os
genderistas por uma frase de crítica de sua ideologia, também querem
aprisionar; querem curar de “homofobia", assim como os stalinistas
"curavam" de "tendências de “desvios para a direita”. A si
mesmos, no entanto, excluem de qualquer crítica, colocando-se acima dela. Aos
outros, especialmente aos católicos, pode-se ofender e insultar à vontade; a
eles mesmos, nunca.
- Como é que se chega a tal atitude?
- De novo, isso é algo típico para o
ateísmo. Observa-se, com razão, que o ateu, geralmente, não reconhece nenhum
Deus - a não ser a si mesmo. É óbvio que, quem não reconhece a Deus, a si próprio
atribuí qualidades divinas. É
assim que procede o lobby gay, porque a imunidade a qualquer crítica é a marca
do divino. Mas, quando um homem começa a atribuir a si mesmo as qualidades
divinas, abre-se um abismo - assim era de Nero até o Stalin. Isto, de fato, é
orgulho satânico: "Não vou servir, não reconheço a ordem da natureza
criada por Deus. Eu mesmo vou criar novas leis, e eu mesmo serei deus”. Não foi
por nada que o atual Papa Francisco, ainda quando primaz da Argentina, alertava
para não ser ingênuo, para perceber que a gender e a homoideologia são obras
de Satanás. O futuro Papa enfrentou ataques, verdadeiramente diabólicos, da
mídia e dos políticos. Ele, porém, apenas confirmou aquelas palavras e mostrou
o quanto o próprio Deus quer que se faça a oposição à ideologia sinistra.
continuará...
(As frases destacadas de cor vermelha são da minha iniciativa - fn).
Nenhum comentário:
Postar um comentário