domingo, 16 de março de 2014

Gênero - ideologia totalitária - I parte

A entrevista com Padre Oko, doutor em teologia e filosofia, contribui significativamente para o conhecimento mais sólido do totalitarismo, que é ideologia de gênero. 

A matéria foi publicada no periódico semanal... Traduzido duma fonte de livre acesso. Identificação disponível, quando solicitada

Vamos dividi-la em duas partes. A segunda será postada logo a seguir.


Gender - ideologia totalitária
ENTREVISTA COM PE. DARIO OKO

ANNA CICHOBŁAZIŃSKA:  - Nos meios de comunicação estão se tornando mais frequentes termos: gênero, ideologia do gênero, totalitarismo do gênero, filosofia do gênero. O que eles significam?

Pe. DARIUSZ OKO: - Deve-se falar nem tanto da "filosofia" quanto da “ideologia” do gênero. A filosofia é uma busca radical da verdade e do bem, enquanto a ideologia é um instrumento de luta implacável pelos interesses particulares, mesmo à custa da verdade e do bem. Pretende ela levar a vitória das ideias e a satisfação dos desejos egoístas de algum grupo social, até mesmo com o maior detrimento de outros grupos. Neste sentido, "gender" é um exemplo clássico de ideologia, é uma ferramenta na luta implacável pelos benefícios do "gender" ateu e do lobby gay.

O próprio nome vem da palavra inglesa "gender", o que significava gênero gramatical, em oposição à palavra "sexo" para significar a sexualidade biológica. Hoje, a palavra "gênero" começou a ser usada para determinar a sexualidade no sentido cultural. O principal axioma desta ideologia é, que a nossa sexualidade é determinada, antes de tudo, não biologicamente, mas culturalmente, no processo educacional. Quer dizer, não nascemos como criaturas de sexo masculino ou feminino, mas, como tais estamos formados após o nascimento. Sobre este princípio os ideólogos da gender constroem toda a sua teoria; é a sua pedra angular. Afirmam que a nossa identidade sexual não procede da natureza, mas da cultura. Pode-se dizer que é nossa invenção ou até mesmo uma espécie de nossa fantasia. Portanto, é quase totalmente flexível, pode ser formada no processo de educação; melhor, atualmente, se de acordo com a ideologia de gênero.

Desta forma, começa uma avalanche, porque se até mesmo uma coisa tão natural e óbvia como a sexualidade tem que ser formada culturalmente, tem que ser questão de um acordo, tanto mais todo o resto pode ser formado do mesmo modo. Assim se abre o campo para os engenheiros sociais, do qual nem sequer sonhavam os comunistas.

- Qual é a base de tais pressupostos e por que são tão perigosos?
- Atitudes espirituais dos autores da gender-ideologia. Estes são na sua maioria ateus de esquerda. Ateísmo se baseia numa falsa suposição da não-existência de Deus e, portanto, inevitavelmente possui uma errônea percepção do homem e do mundo. É como uma criança que vive no ventre da mãe alegasse que a sua mãe simplesmente não existe. O ateísmo é como um erro cometido no início da cadeia de equações, que irá se repetir em cada fase seguinte e não irá permitir obter resultado correto.

Uma vez que este é um erro enorme, portanto possui consequências muito negativas. Os maiores erros culturais e econômicos, como também os maiores crimes na história da humanidade, cometiam os ateus (ao mesmo tempo ferrenhos inimigos do cristianismo), que nunca se arrependeram publicamente e não pediram desculpas. Por conta do nazismo foram cerca de 50 milhões de vítimas da Segunda Guerra Mundial. Por conta do comunismo, pelo menos 150 milhões de vítimas - como resultado de todas as suas revoluções, extermínios e outros "experimentos" sociais. Somente o extermínio de mais ricas famílias de camponeses na Rússia atingiu cerca de 7 milhões de vítimas. A Grande Fome na Ucrânia consumiu talvez até 14 milhões de pessoas. A Revolução Cultural na China custou cerca de 40 milhões de vidas. Aqueles que são mais furiosos inimigos de Deus, inevitavelmente tornam-se os mais zelosos servos de Satanás. É preciso lembrar que exatamente ele torna-se a principal fonte de seu pensamento.

No entanto, após este oceano de crimes e absurdos, os ateus encontram dificuldades de subir no poder através do marxismo clássico, pois já se tornou muito desacreditado. Ao mesmo tempo, como qualquer homem, os ateus precisam de alguma concepção do mundo, algum sentido do mundo, alguma compreensão geral da realidade. Quando o marxismo não conseguiu cumprir estas funções, então, inventaram a sua mutação, que é genderismo. Assim, criaram para si a ilusão de missão, de serviço. Como antigamente "ajudavam" aos operários e camponeses, tomando todo o poder para si, criando as piores, as mais sangrentas ditaduras conhecidas na história, assim agora querem "ajudar" as pessoas sexualmente diferentes e, nesta oportunidade, ganhar poder totalitário. Porque eles são descendentes espirituais, ou até mesmo biológicos, dos piores ateus criminosos, deve-se esperar que igualmente sejam perversos, hipócritas e sem escrúpulos nas suas ações.

- Por que se fala tanto do sexo e tanto concentra-se nele?
- Isso também é coisa típica ao ateísmo. Quando se nega o que é mais importante, mais espiritual no homem, ou seja, a sua comunhão com Deus e com os homens, por força empobrece-se ao extremo a existência humana e afunda-se no que é mais baixo, até mesmo puramente fisiológico. A sexualidade é uma das forças mais poderosas da nossa corporeidade, daí a sua supervalorização, a entrega passiva a ela e o desligamento do amor e da responsabilidade, facilmente levam à escravidão, à busca da satisfação e de uma felicidade, quase que exclusivamente dentro de seus limites, inclusive no caminho de comportamentos muito desviados. É por isso que os ateus muito facilmente tornam-se sexomaníacos, sexohólicos ou sexonarcômanos, e ainda querem impor estas atitudes doentias a toda sociedade.

- Existem outras fontes dessa ideologia?
- Sim, deve-se especificar pelo menos mais três. O primeiro, são gays militantes, que promovem o seu modo de vida, evidentemente perturbado, como o melhor, fabricando uma teoria justificatória da sua conduta. Há, também, feministas fanáticas (muitas vezes, também, lésbicas), que sob a "libertação" das mulheres querem "libertá-las" da maternidade, dos filhos, do matrimônio, da família e dos homens. As motivações desses dois grupos podem ser até u certo ponto compreendidas, levando em consideração os danos e injustiças de que se tornaram vítimas no passado. No entanto, não se pode ignorar a aversão, o ressentimento e até mesmo o ódio, que estas pessoas têm, principalmente contra homens comuns. Após a "guerra de classes", proclama-se a "guerra de sexos". No entanto, o ódio e o desejo de vingança nunca são bons conselheiros; p. ex., a Segunda Guerra Mundial foi em grande parte o resultado do desejo dos nazistas alemães de "tirar a satisfação" por terem perdido a Primeira.

- E qual é a terceira fonte?
- Geralmente, pode-se dizer que todos os inimigos de Deus e da religião estão a favor da ideologia do gênero, especialmente os inimigos das religiões bíblicas - cristianismo, judaísmo e islamismo. Uma força significativa, naturalmente, são os maçons, mas, também, um grupo dos mais ricos bilionários americanos, que chegaram à conclusão de que na Terra tem gente demais e, por isso, investem gigantescas quantias de dinheiro na anticoncepção, no aborto e no desenvolvimento e promoção da ideologia de gênero. O que está em jogo é que haja mais sexo e o mínimo de crianças. As pessoas possuídas pelo sexualismo são mais fáceis a serem controladas e manipuladas, porque as suas mentes são absorvidas principalmente por esta área. Em nossa cultura a ideologia do gênero tornou-se a principal arma dos inimigos da fé, o seu aríete intelectual, em torno do qual se reúnem e se concentram. Bem o sabem porquê. A ideologia do gênero e o cristianismo são inconciliáveis, assim, como bolchevismo e cristianismo. Aqui é um radicalismo: ou um ou outro, ou isto, ou aquilo.
- Fala-se até  do risco global desta ideologia...
- Com razão fala-se de gender-totalitarismo, pois os genderistas de fato almejam o poder total, querem dominar tudo e governar tudo; fazer todos felizes à força, ou seja, fazer escravos ou reféns da sua ideologia. Isto é, de algum modo, inscrito na lógica das ideologias ateias. Biologizam o ser humano, as pessoas consideram como animais inteligentes, mas a si próprios, é claro, animais inteligentíssimos. E os animais mais fortes matam e devoram os mais fracos. Daí, a sua justificativa para os crimes passados e recentes. Antes para a justificativa dos crismes da Kolyma (região no extremo nordeste da Rússia, sinônimo de trabalhos forçados), e hoje da violação dos direitos humanos fundamentais das pessoas que têm fé, do desprezo incrível dos crentes. Isso pode ser percebido até mesmo na incrível arrogância e ódio com que, às vezes, falam dos católicos nos meios de comunicação e na política. Não é por acaso que os ateus, que mais apoiam o genderismo na política e nos meios de comunicação, como Janusz Palikot (o político polonês anticlerical) e Jerzy Urban (político e publicitário anticlerical), também batem o recorde de linguagem do cinismo, ódio, vulgaridade e desprezo. Assim pisam o fundamental direito do homem, o respeito da sua dignidade e, também, outros direitos. Deve-se mencionar aqui também o direito de participar da vida social, democrática e medial, o que está sendo destruído pela exclusão dos meios de comunicação da oposição, porque não há democracia sem a oposição, e não há oposição, sem meios de comunicação livres. Aqui está também o direito sagrado dos pais de educar seus filhos de acordo com a sua própria cultura e suas convicções religiosas, que são violados pela imposição de educação segundo genderismo. É assim, que a Polônia e, outros países do Ocidente, tornam-se um lugar onde se calca os direitos humanos fundamentais.

Há muitas semelhanças entre o genderismo e o marxismo: o orgulho ateu, a hipocrisia e a prepotência, a total falta de respeito pelos outros, as semelhantes derrotas da razão e da consciência ateia. Os marxistas assassinavam as pessoas que pensavam diferentemente, os genderistas demonstram grande desprezo pelas pessoas que pensam de forma diferente e, por enquanto, assassinam através de palavras. Os comunistas por apenas uma frase de crítica a Stalin, colocavam na cadeia ou assassinavam, e os genderistas por uma frase de crítica de sua ideologia, também querem aprisionar; querem curar de “homofobia", assim como os stalinistas "curavam" de "tendências de “desvios para a direita”. A si mesmos, no entanto, excluem de qualquer crítica, colocando-se acima dela. Aos outros, especialmente aos católicos, pode-se ofender e insultar à vontade; a eles mesmos, nunca.

- Como é que se chega a tal atitude?
- De novo, isso é algo típico para o ateísmo. Observa-se, com razão, que o ateu, geralmente, não reconhece nenhum Deus - a não ser a si mesmo. É óbvio que, quem não reconhece a Deus, a si próprio atribuí qualidades divinas. É assim que procede o lobby gay, porque a imunidade a qualquer crítica é a marca do divino. Mas, quando um homem começa a atribuir a si mesmo as qualidades divinas, abre-se um abismo - assim era de Nero até o Stalin. Isto, de fato, é orgulho satânico: "Não vou servir, não reconheço a ordem da natureza criada por Deus. Eu mesmo vou criar novas leis, e eu mesmo serei deus”. Não foi por nada que o atual Papa Francisco, ainda quando primaz da Argentina, alertava ​​para não ser ingênuo, para perceber que a gender e a homoideologia são obras de Satanás. O futuro Papa enfrentou ataques, verdadeiramente diabólicos, da mídia e dos políticos. Ele, porém, apenas confirmou aquelas palavras e mostrou o quanto o próprio Deus quer que se faça a oposição à ideologia sinistra.
continuará...

(As frases destacadas de cor vermelha são da minha iniciativa - fn).


Nenhum comentário:

Postar um comentário