sábado, 10 de outubro de 2020

Apostolado. Evangelizar. Catequisar. Obedecer a Deus

Evangelizar é amar...

A Antiguidade (filosofia grega) existiam dois conceitos para o amor. O “eros” e “filia”. Aa características de ambos, o papa Bento XVI, expões detalhadamente, na encíclica “Deus é Amor”. Só para entrarmos no assunto que vamos tratar, explico, para quem não sabe, que o primeiro, de onde vem “erotismo”, é uma expressão carnal, sensual do amor. É um amor possesivo. O segundo é amor de amizade, que já envolve o interior da pessoa e não escraviza o outro, não cria dependências. Respeita a sua liberdade e procura o seu beneficio.

A “caridade”, porém, é um termo cunhado pelos cristãos que, ao verem os conceitos existentes não expressarem o sentido do amor do Cristo, criaram o “ágape”. Esse termo da origem grega, se traduz ´para o latim, como “carita”, de onde vem a caridade. É um bem-querer não só para o amigo, mas a todas as pessoas, mesmo inimigas.... Assim, como Deus ama...

Aqui podemos ver o porque desta postagem. Quem ama, quem tem a caridade, não pode deixar de evangelizar. É um dever moral de cada batizado, amigo de Deus. Pois, não é possível querer melhor a alguém, que não fosse o Amor de Deus, a vida plena em Jesus, o Salvador. Por isso, também, não se pode deixar de amar-evangelizar aos que nos combatem (Mt 5,38-47).

O que notamos, ao decorrer da história, que os cristãos frequentemente se omitem a evangelizar, e quando o fazem, lhes falta um ardor missionário renovado, como escreve, no ano 1990, papa João Paulo II, em “Redemptoris Missio”.

Com muita dor notamos, o quanto a Igreja perdeu vigor deste Amor-Evangelização. Há muitos Documentos da Igreja (por sinal valiosos); encontros e reuniões, sem dúvida, em excesso; a Liturgia (por si evangelizadora e catequética) banalizada; a Catequese, nem sei descrever... Mas, as vezes me parece ser um meio que legaliza a profanação dos Sacramentos (admitindo as pessoas não praticantes, ignorantes e sem fé...).

Antes de evangelizar o mundo, deixe cada um dos batizados, a ser evangelizado, primeiramente ele mesmo. Isso que o Papa João Paulo II, chama de nova evangelização (Carta Apost. “Novo Millenio Ineunte”). A dos batizados, que já perderam fé e, hoje, cultivam apenas hábitos de realizar certos ritos religiosos, como maior ou com menor frequência...

Não há fé, não há obras, não há vida... E não poderá ser diferente, sem uma conversão pessoal, autentica, que decide mudar de vida e começar a “pensar o que Deus pensa e fazer o que Deus faz” (Is 55,8-10).

E, para ficar claro, antes de evangelizar os outros ou o mundo, é necessário abrir a própria vida para o Evangelho, e aceitá-Lo, pois Ele é uma Pessoa, Jesus Cristo, Evangelho do Pai para o mundo. Ele revela a humanidade que o mundo pode ser verdadeiramente melhor se os homens obedecerem a Deus, assim, sendo seus filhos adotivos, em Cristo Jesus, o único Filho amando do Pai Eterno.

Um batizado evangelizado só pode ser discípulo-missionário (vive sempre aprendendo e sendo Palavra no seu ambiente)

Se isso não acontecer, um tal “cristão-atrapa” é "de todos os homens, os mais digno de lástima" (1Cor 15,17). Uma vida sendo gastada nas ilusões...

"Sabei, pois: só os que creem é que são filhos de Abraão" (Gal,3-7).

"Todos os que são conduzidos pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. Porquanto não recebestes um espírito de escravidão para viverdes ainda no temor, mas recebestes o espírito de adoção pelo qual clamamos: Aba! Pai! O Espírito mesmo dá testemunho ao nosso espírito de que somos filhos de Deus. E, se filhos, também herdeiros, herdeiros de Deus e coerdeiros de Cristo, contanto que soframos com ele, para que também com ele sejamos glorificados." (Rom, 8,14-17)


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