sábado, 16 de abril de 2011

Paixão


O Domingo da Paixão tem um duplo significado. Lembra a entrada solene de Jesus em Jerusalém e o inicia a Semana Santa. Encontram-se assim a alegria (pois em Jesus Cristo cumprem-se anúncios dos profetas; Ele entra na cidade de Davi como rei) e o drama do Deus que não é reconhecido, é desprezado e rejeitado pelo povo.
Celebrando e vivenciando a Paixão de Cristo não podemos nos deter apenas nas emoções. Elas são fugazes demais para serem próprias como fundamento da construção da vida.
O cardeal Joseph Ratzinger, ao presidir a Via Sacra no Coliseu de Roma, em 2005, pedia a Jesus: "Ajude-nos a acompanhá-Lo, não só em nobres pensamentos, mas no Teu seguimento de coração e, até mais: nas ações concretas da nossa vida cotidiana. Ajude-nos a entrar no caminho da cruz, de corpo e alma, e para sempre permanecer no Teu caminho "... (tradução livre, fn).
A cruz não é um mero sofrimento e, em conseqüência, uma maldição. É um mistério profundo que, inevitavelmente, faz parte de toda vida humana. Por isso, precisa ser descoberto, integrado e assumido, como o fez Jesus.

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