Santíssimo Sacramento do Corpo e Sangue de Cristo
O mistério da Eucaristia atrai e
encanta os crentes, mas... incomoda os “inteligentes” e “iluminados”. A
inteligência não é capaz de desvendar o Mistério e a “iluminação” pretensiosa
não leva a Verdade, impedindo assim, o proveito que poderia ser lucrado.
Do mesmo modo foi no passado,
quando Deus Invisível, se fez Homem e vivia entre os homens, no Oriente Médio.
Os crentes (mesmo sendo desprezados e marginalizados pelas vigentes “correções
políticas”) se alegravam e aproveitavam da Sua Presença, enquanto os fariseus
(de todos os tipos) não conseguiam se conformar, procurando meios para se
livrar de tal “embaraço”...
Enquanto isso, a Eucaristia-Presença (diferenciando da
Eucaristia-Ação, que é Liturgia) é a máxima
expressão do Amor Eterno. Deus sempre quis servir ao homem. Sim! Desde
a criação. E, até mesmo, o pecado original não aniquilou aquele divino desejo.
Talvez, até, o tinha aumentado (se for possível aumentar o que é eterno) ...

A partir daquele momento, o
mundo já não é o mesmo. Sem o saber, iniciou a nova etapa da sua história, começou
a viver novamente no Paraíso, tendo Deus ao seu lado. De um modo diferente,
pois, modificado pelo Pecado das Origens, Deus está no meio dos homens, ainda
que, dum modo velado. Deus entrou no mundo do homem. Entrou muito
humildemente e, do mesmo modo, espera para ser reconhecido e aceito
livremente pelo homem. Não exige nada, não força, não ameaça. Apenas se
oferece...
Para o homem poder viver, de
fato, no Paraíso só lhe falta convidar este Deus-Eucaristia, e deixar Ele habitar
no seu mundo individual, no seu pequeno universo.
Instituindo a Divina Presença
Eucarística, Deus-Homem cumpre, de fato, o que havia prometido: “eu estarei convosco, todos os dias, até o
fim dos tempos” (Mt 28,20). A Sua presença na Eucaristia não é
simbólica, parcial ou temporal (alguns acham que Ele está no Pão, somente
durante a Ação Litúrgica). É uma presença real, total (a Trindade) e permanente
(enquanto as espécies eucarísticas mantiverem as suas características próprias).
Deus-Homem disse: “isto
é o meu Corpo...” então, é. É
o Corpo de Deus-Homem. É, agora e será
depois... pelo poder da Palavra Divina! Deus não faz coisas descartáveis. É a
mesma Palavra pela qual tudo foi criado (Deus
disse e... foi feito, como lemos no Gênesis), que no Cenáculo, realizou
uma “nova criação”... a Presença Divina Eucarística.
Sabemos que a presença humana e
atuação, de Deus-Homem, no nosso mundo, não foi perfeita. Foi limitada pelas restrições
naturais, como o espaço, como a conjuntura
de vida numa pequena nação
ou, condicionamentos decorrentes da própria natureza humana (“Quanto a esse dia e essa hora, ninguém sabe
nada, nem os anjos do céu, nem o Filho. Somente o Pai é quem sabe” Mt
24,36).

A Procissão no dia de “Corpus
Christi” tem como objetivo a proclamação da fé da Igreja e a expressão
do desejo de Deus, de estar com os homens, no seu cotidiano, e de não ser
limitado apenas aos espaços sagrados e locais de culto. Deus no meio do Seu
povo, no meio dos seus afazeres, das alegrias e tristezas – eis a central mensagem
do “Corpus Christi”.
Viva Deus-Eucaristia!
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