Sete desafios para a
Igreja de hoje (tradução)
Resolvi traduzir mais uma matéria interessante, atual e importante. É o artigo do Professor Américo
Pablo López-Ortiz, presidente do Apostolado Mundial Internacional de Fátima, e
foi publicado em maio do ano passado.
Como responder aos apelos de
Maria no centenário das revelações de Fátima?
Fátima tem muito a oferecer. É
um lugar de ação especial da graça de Deus, um lugar de fortalecimento na fé -
uma espécie de prova para a existência de Deus que é amor.
O primeiro desafio
que enfrentamos é a grande responsabilidade de cumprir a missão evangelizadora que Cristo confiou à Igreja.
Devemos cooperar com a Igreja proclamando uma mensagem autêntica de Fátima,
pois é a ferramenta ideal para desafiar o mundo, que diz “não” a Deus. Devemos,
a exemplo dos santos pastorzinhos, viver a nossa fé, acima de tudo, a fé.
Vivê-la em nossas famílias, em ambientes de trabalho e nas comunidades. Temos
de mostrar que a Igreja é para nós um guia no tempo difícil que se aproxima.
Hoje, o mundo está perdendo rapidamente
sua fé e moral saudável. Essa perda de fé e de moral faz parte da profecia de
Fátima. A Jacinta, que no dia 13 de maio foi canonizada, predisse este estado
da crise espiritual dos nossos tempos: o tempo do domínio do espírito maligno, do
espírito mundano, do materialismo prático, hedonismo, ideologias totalitárias e
racionalismo.
Todos esses anti-valores destroem os tesouros espirituais de
nossa civilização e os substituem pelo conceito de que o homem é o mais
importante, que os seres humanos são a medida de todas as coisas. Por isso, o
segundo desafio que enfrentamos consiste em conscientizar os fiéis de que a mensagem de Fátima é um grande
manifesto dirigido a toda a Igreja e ao mundo inteiro. Não podemos permitir que
a mensagem de Fátima seja rejeitada, afirmando que é uma “revelação privada”.
As pessoas devem entender, deva entender a Igreja, que Fátima é um compromisso; entender que o mundo poderá voltar à fé e à moral, se sermos diante dele testemunhamos da
primazia de Deus.
Deus é o primeiro - é o que diz Fátima. Temos de ser
testemunhas do amor de Deus, temos de manifestar aos outros a nossa experiência
religiosa, baseada precisamente no amor de Deus. Precisamos renovar em nós o
poder do espírito. A vida da Igreja tem de ser mudada, da mesma maneira que foram
transformadas as vidas dos pastorzinhos, quando foram mergulhados no amor de
Deus.
As pessoas não têm tempo para
orar, vivem em neurose causada pela solidão e falta de influência para a sorte
do mundo. O terceiro chamado, que está diante da Igreja, é ensinar as pessoas como orar. Precisamos lhes mostrar como orava o nosso
Salvador e a Sua Mãe. Fátima é uma escola de oração.
Devemos contemplar o
mistério de Deus, meditando os mistérios do Santo Rosário. Deus veio para
habitar nas almas dos homens. É por isso, que a Santíssima Virgem prometeu a
paz ao mundo, que reza todos os dias no rosário. A presença de Deus nos traz
paz. Temos de viver da oração, para vivermos em paz e transmitir esta paz aos
nossos semelhantes; para sermos testemunhas desta paz que está no Reino de Deus.
O PODER DOS SACRAMENTOS
A vida espiritual da Igreja esmorece
quando os fiéis não recebem santos sacramentos, especialmente, o sacramento da
Reconciliação e da Eucaristia. Desparece, também a consciência do pecado. A
consciência deixa de ser formada devidamente, o mal não é chamado de mal. As
pessoas não precisam de conversão.
O quarto desafio, que a Igreja enfrenta, é encorajar os fiéis à vida sacramental.
Ao promover a devoção dos primeiros sábados, a “esquecida mensagem de Fátima”,
ensinamos as pessoas a praticar regularmente a Confissão e receber dignamente a
Sagrada Comunhão. E tudo isso, no espírito de reparação ao Imaculado Coração de
Maria, o que é um antídoto especial para crescente desobediência dos fiéis, ao
ensinamento de Pedro.
A promessa de Maria, de perseverar na fé e preservar a
unidade da Igreja pela devoção dos primeiros sábados, é um sinal de que nosso
comprometimento é uma missão recebida do Céu. Chegou a hora, para Igreja olhar
essa devoção com olhos diferentes, e entender, que ela não é, apenas, uma particular
devoção mariana, mas sobretudo, um meio de salvar as almas e preservar a
unidade e o poder da Igreja.
Continuará...
Obs. Frases sublinhadas e em negrito - intervenções minhas.
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