segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Nova ordem. Fim dos Tempos. Trevas. Lúcifer.

 Tudo começou com um "NÃO"

Na linguagem popular um “não”, a quem tem o direito legítimo de decidir, chamamos de desobediência. E a desobediência a Vontade de Deus é o que chamamos de pecado, cuja paga é a morte (Gen 2,17; Rom 6,23).

A maioria de nós não compreende a gravidade desse mal, pensando ser apenas algo insignificante, e se mal, então secundário. No entanto, pensando bem, esse é o caminho para o Mundo das Trevas, onde “reside” o Pai da Mentira (Jo 8,44). Tudo começo pela mentira, a Grande Mentira.

Foi o Lúcifer quem primeiro disse a Deus “NÃO” (latim: lux (luz) e fero (carregar)), ou seja, o Ser Espiritual, Portador da Luz, o Brilhante, a estrela da Manhã... 


O “não” de Lúcifer, foi a negação da Ordem Divina, da Perfeita Harmonia existente em todos os relacionamentos. A tentação do primeiro ser humano, consistiu em semear a dúvida nesta Ordem Divina e, consequentemente, negá-la para optar pela “nova ordem” proposta por Tentador. E assim, a “nova ordem” das Trevas, com as suas consequências mortíferas entrou no mundo e... sofremos também nós.

Nós já nascemos neste Mundo Confuso, sem ninguém nos perguntar se queremos... A Confusão no nosso mundo não começou com a Modernidade, como alguém pode pensar. Ela foi se expandindo ao decorrer dos séculos, e continuará até a consumação dos tempos (Mt 28,20). 

Diante desse quadro, não temos muitas alternativas. Apenas duas. Acreditar na existência de Deus e na Sua Ordem, reestabelecida e aperfeiçoada pelo Cristo, o Filho do Pai Eterno, ou então, seguir o caminho do negacionismo, proposto e propagado pelo príncipe deste nosso mundo (Jo 14,30). 

É muito lamentável e, este é o maior dos males que afligem a Igreja de Cristo, que a grande quantidade de pessoas que se dizem amigas de Deus (cristãs), frequentam (mas não participam) da Eucaristia, recebem também outros Sacramentos, compõem as “Pastorais” da Igreja, e no entanto, a negação a Deus está latente na sua conduta, nas suas atitudes e escolhas, contarias a Ordem Divina, manifestada expressamente na Lei Natural e no Decálogo.

A negação da Ordem Divina tem as suas consequências. Fica atingida não apenas o indivíduo negacionista, mas também a família e a sociedade. Enfim, a coletividade é composta dos indivíduos. Resultados devastadores desta negação vemos ao nosso redor diariamente e os sentimos na “própria pele”. 

Precisa ser assim? Claro que não. Mas, para ser ser diferentemente é preciso voltar a viver a Ordem de Deus. A conversão que é pregada, sem cessar, desde São João Batista consiste exatamente nisso. Voltar a viver segundo o Plano de Deus, ou a Ordem de Deus. Existe, sim, o concerto para este mundo, que parece não ter mais jeito...

Desde o começo da Cristandade esta consciência estava viva e levava vários cristãos a opôr-se a “nova ordem negacionista” por meio da vida eremítica e/ou comunitária, que posteriormente nomeava-se de Ordem. Ordens religiosas, como tentativa de viver a eterna Ordem Divina. Dentro das Ordens religiosas, um dos elementos constitutivos é a própria ordem na organização do tempo, dos trabalhos, do lazer e do descanso. A síntese da Ordem se resumia numa síntese em latim: “Serva ordinem, et ordo servabit te” (Mantenha a ordem e a ordem te manterá)...

Por muitos séculos a Ordem de Deus regia as sociedades. E não havia conflito, mas mútua  complementação para o bem. Até mesmo nas religiões pagãs não havia e não há nenhuma oposição entre o divino e humano.

Gradualmente, porém, se eliminava Deus das decisões politicas e econômicas, para chegar ao momento de  bani-Lo por completo do cotidiano humano, por ser “inconciliável com os objetivos da sociedade moderna”... 

Hoje esta “nova ordem”, a reverso pervertido da Ordem de Deus, vive o seu tempo de florescimento, reinando quase sem limites e difundindo as suas Trevas mortíferas. Mas... Como nos revelou o Filho de Deus, esse aparente sucesso vai durar muito pouco... 

Precisamos compreender e acreditar firmemente que, realmente, a Ordem de Deus não colide com a ordem da sociedade civil. Ao invés, a inspira, orienta e completa. Não há nenhum conflito. Portanto, precisamos abraçá-la, em vez de iludir-nos com negação, tentando traçar um caminho alternativo para a felicidade, que, no entanto não existe, mas é uma ilusão incutida pelo primeiro Negacionista, o Lúcifer.

“Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra a aflição e a angústia irão apoderar-se das nações pelo bramido do mar e das ondas. Os homens definharão de medo, na expectativa dos males que devem sobrevir a toda a terra. As próprias forças dos céus serão abaladas. Então, verão o Filho do Homem vir sobre uma nuvem com grande glória e majestade. Quando começarem a acontecer essas coisas, reanimai-vos e levantai as vossas cabeças; porque se aproxima a vossa libertação.” (Lc 21,25-28; Mt 28,20).

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