sábado, 17 de maio de 2014

Católico e Maçonaria

Na postagem sobre a desobediência na Igreja escrevi que uma das formas dela é associar-se aos grupos e às organizações hostis à Igreja. Entre estas organizações encontra-se a Maçonaria e suas diversas ramificações, entre outras: Nova Ordem Mundial, Rosacruz, Lions Club, Rotary Club, Rotary Internacional, Estrela do Oriente, que também são organizações maçônicas. (http://intellectus-site.com/site2/artigos/maconaria-braco-direito-do-diabo2.htm).
O que falei naquela postagem é apenas uma parte da verdade sobre a Maçonaria. De fato pertença a uma das organizações maçônicas é ato de uma desobediência a Igreja, porque hoje é difícil imaginar que exista uma pessoa de consciência reta que não saiba qual é a posição da Igreja frente a Maçonaria. Mais provável encontrar alguém que não conhece porque se satisfaz com as informações correntes e/ou vantagens que lhe são prometidas pelos recrutadores daquelas organizações. Portanto, possuindo a ignorância vencível (que pode ser vencida se procurar a verdade) quem se associa à Maçonaria comete ato de desobediência e entra no pecado.
Não só por esta razão que um católico não pode se maçom e não pode associar-se às organizações maçônicas. A Maçonaria é uma organização altamente secreta, ateia e anticlerical, hostil e perigosa à vida cristã. Desde que se manifestou (não se sabe exatamente a data da sua fundação), no começo do século XVII, nunca foi vista pela Igreja como ambiente aceitável ou recomendado aos cristãos.
      Símbolos maçônicos
Há diversos símbolos que a Maçonaria emprega para, diversos graus e, que expressam a identificação com os fins e funções da organização e comunicação entre seus membros (não obstante aos idiomas diferentes).
As palavras de Goethe expressam a importância da simbologia nas organizações maçônicas: "O Simbolismo transforma os fenômenos visíveis em uma idéia, e a idéia em imagem, mas de tal forma que a idéia continua a agir na imagem, e permanece, contudo, inacessível; e mesmo se for expressa em todas as línguas, ela permanece inexprimível1.

Mais informações sobre os símbolos maçônicos publicaremos em breve.

      DOCUMENTOS OFICIAIS DA IGREJA SOBRE MAÇONARIA
Assim, o papa Clemente XII (In Eminenti, 28 de abril de 1738) proibiu a adesão à Maçonaria, punindo os desobediente de excomunhão (é a maior pena eclesial que existe).
O mesmo afirmaram: Papa Bento XIV, na Constituição In Eminenti (18 de maio de 1751), depois Pio VII, na “Ecclesiam a Jesu Christo” (13 de setembro de 1821), Leão XII, “Quo Gravioria Mala” (13 de março de 1825), Pio VIII, “Traditi Humilitati” (24 de maio de 1829), Carta Apostólica, Litteris Altero (25 de março de 1830).
Pio IX, na encíclica “Qui Pluribus” (09 de novembro de 1846), aqui o papa condena Maçonaria indiretamente, como quem coloca razão acima de fé e leva ao indiferentismo religioso. O mesmo Pio IX, no pronunciamento “Quibus Quantisque Malis” (20 de abril de 1849) faz a condenação expressa da Maçonaria.
Na Carta encíclica “Quanta Cura” (8 de dezembro de 1864) Papa Pio IX  fala sobre os principais erros da época e, também, da Maçonaria. No pronunciamento “Multiplices Inter” (25 de setembro de 1865) o Pio IX condena a Maçonaria e outras sociedades secretas. O mesmo faz nas duas encíclicas: “Apostolicae Sedis Moderatoni” (12 de Outubro de 1869) e a “Etsi Multa” (21 de novembro de 1873). Nesta última o Papa condena a Maçonaria, dizendo que os grupos maçônicos estão entre as “seitas” das quais “…a sinagoga de Satanás é construída…”
O Papa, na encíclica “Etsi Nos” (15 de fevereiro de 1882) chama a maçonaria de uma “seita perniciosa” em guerra com Jesus Cristo. Na encíclica “Humanum Genus” (20 de abril de 1884) o Leo XIII diz que: “Uma árvore boa não pode produzir mau fruto, nem árvore má dar bons frutos… a seita maçônica produz frutos que são perniciosos e do mais amargo sabor”.
Na Encíclica “Officio Sanctissimo” (22 de dezembro de 1887) o papa Leão XIII diz que a Maçonaria é um “contágio”, e é uma “seita das trevas”.  Encíclica “Dall’Alto Dell’Apostolico Seggio” [Do alto da sede] (15 de outubro de 1890) diz que o “programa maçônico” envolve “ódio mortal à Igreja”. Mais uma encíclica do papa Leo XII, a “Inimica Vis” (18 de dezembro de 1892). Carta encíclica “Custodi di Qualla Fede” (18 de dezembro de 1892) e Carta “Praeclara Gratulationis Publicae”  (20 de junho de 1894). Encíclica ‘Annum Ingressi’ (18 março de 1902).
No Código de Direito Canônico de 1917, no cânone 2335,  a Igreja declarou que “aqueles que se juntam a uma seita maçônica ou outras sociedades do mesmo tipo conspiram contra a Igreja ou contra as autoridades civis legítimas, estão sujeitos à excomunhão”.
O vigente Código de Direito Canônico, promulgado no ano 1983 também condena a maçonaria, no cânone 1734: “Aquele que se entra para uma associação que conspira contra a Igreja deve ser punido com justa pena; aquele que promove ou dirige tal associação, no entanto, deve ser punido com interdito”.
No mesmo período, aos 26 de Novembro de 1983, a Congregação para a Doutrina da Fé emitiu uma Declarando que afirma: “a posição negativa da Igreja sobre as associações maçônicas, portanto, permanece inalterada, uma vez que seus princípios sempre foram considerados incompatíveis com a doutrina da Igreja… os católicos inscritos em associações maçônicas estão envolvidos em pecado grave e não podem se aproximar da Santa Comunhão”.
A questão das relações entre Catolicismo e Maçonaria, com freqüência aparece, também em Anápolis, visto que muitos católicos são convidados a entrarem na Maçonaria, onde esperam desfrutar de benefícios materiais ou profissionais, sem prejuízo a sua fé. Todavia a filiação à Maçonaria é considerada pela Igreja Católica pecado grave, pois as concepções de Deus e religião são irreconciliáveis ​​com os da Igreja.
Esta é posição da Igreja. Definitiva para hoje, enquanto persistirem os atuais princípios maçônicos. Existe a INCOMPATIBILIDADE entre a Igreja e Maçonaria
Não se pode justificar pertença a Maçonaria recorrendo aos argumentos tipo: “conheço uma pessoa de dentro da Igreja..., um diácono ou um padre, ou seja, quem for que participa da Maçonaria e ainda recebe benefícios econômicos. Se, de fato, algum membro da Igreja desobedecer as resoluções referentes a Maçonaria, ipso facto, torna-se inimigo d’Ela (pelo pecado grave que rompe a Comunhão e impedimento de participar dos Sacramentos), conforme a Declaração da Santa Sé Apostólica, que publicamos a seguir. Um católico, seja qual for o seu status, só pode ser readmitido aos Sacramentos se romper efetivamente com esta organização.

Segue, na íntegra, a Declaração da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé:
“Tem-se perguntado se mudou o parecer da Igreja a respeito da Maçonaria pelo fato, que no novo Código de direito Canônico, ela não vem expressamente mencionada como no Código anterior.
Esta Sagrada Congregação quer responder que tal circunstância é devida a um redacional, seguido também quanto às outras associações igualmente não mencionadas, uma vez que estão compreendidas em categorias mais amplas.
Permanece, portanto, imutável o parecer negativo na Igreja a respeito das associações maçônicas, pois os seus princípios foram sempre considerados inconciliáveis com a doutrina da Igreja e, por isto, permanece proibida a inscrição nelas. Os fiéis que pertencem às associações maçônicas, estão em estado de pecado grave, e não podem aproximar-se da Sagrada Comunhão.
Não compete às autoridades eclesiásticas locais pronunciar-se sobre a natureza das associações maçônicas com um juízo que implique derrogação de quanto foi acima estabelecido, e isto segundo a mente de Declaração desta Santa Congregação, de 17 de fevereiro de 1981 (cf. AAS 73, 1981, pp.240s).
O Sumo Pontífice João Paulo II, durante a audiência concedida ao subscrito Cardeal Prefeito, aprovou a presente Declaração, definida em reunião ordinária desta Sagrada Congregação, e ordenou a sua publicação.
Roma, da Sede da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, 26 de novembro de 1983.
                        + Josef Card.Ratzinger                                                        + Jerônimo Hamer, OP
                                    Prefeito                                                                            Secretário

1/ Goethe (Johann Wolfgang von Goethe), pensador, cientista, poeta, romancista e teatrólogo alemão (Frankfurt am Main, Alemanha, 1749 - Weimar, Alemanha, 1832).

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