No final do mês de abril passado a
Agência de Notícias ACIdigital, informou que a Austrália reconheceu
oficialmente o gênero “neutro” da sexualidade humana. “A Suprema Corte da
Austrália decidiu reconhecer o gênero “neutro”; isto em resposta ao processo
judicial de Norrie, um homem que depois de realizar uma mudança de sexo, disse
não sentir-se homem ou mulher e por isso reclamou a criação de um novo gênero.
Conforme informou a imprensa local, o tribunal decidiu de forma unânime que uma
pessoa seja identificada como gênero “não específico”, quer dizer que
"pode não ser nem do sexo masculino, nem do sexo feminino”. (http://www.acidigital.com/noticias/australia-reconhece-o-genero-neutro-78542).
Este não é o primeiro absurdo
legislativo num país civilizado, pois tal já existe na Alemanha e no
Nepal. Os cidadãos daqueles países podem colocar nos seus documentos um “X”, no
espaço "sexo".
O que pensar destas atitudes? Como devem vê-las os pais, educadores,
formadores de consciências? O que pensar do nosso mundo que entra no caminho
muito perigoso. Chamo isto de absurdo, porque não encontro outro termo mais
apropriado. É um absurdo tanto mais preocupante, que promovido e promulgado
pelas pessoas consideradas estudiosas, cultas. Absurdo reconhecido (o silêncio
diante destes atentados é um consentimento) pelas populações que igualmente se
consideram inteligentes e formadas intelectualmente. Mas, sem ofender a
ninguém, deve-se perguntar: que formação é essa? que estudo? que cultura?
Até
mesmo uma criatura humana sem estudar, mesmo a primeira serie do ensino
fundamental, compreende que não existe e não existirá no nosso mundo um
“fenômeno”, de ser humano “neutro”, recentemente “descoberto” pelos “cientistas”.
Sim, estou zombando desta forma de fazer a “ciência”. Isto ai, é uma
evidente encomenda dos lobby’s internacionais, pois faz parte do totalitarismo
do “gênero”. É a promoção corrupta da ideologia de gênero, pois muitos dos
legisladores que aprovam tais leis nem sequer conhecem sentido correto dos
termos empregados por esta ideologia (para veracidade desta afirmação tenho
testemunhas do grupo Pró Vida, de Brasília). Se de fato é assim, então, a
votações são feitas a partir do qual critério, qual princípio?
Sem dúvida, as investidas do totalitarismo de gênero são promoção de uma
“nova” cultura, que na verdade é a velha cultura da morte, vencida pela Páscoa
de Jesus Cristo. Esta cultura da morte renasce e, por meio dos sucessos
legislativos, manifesta o seu poder destrutivo, porque sabe que, cada dia que
passa se aproxima a batalha final e, que inevitavelmente se aproxima o seu fim
definitivo (Ap 12,12b).
Se achares que exagero, meu amado leitor, então compare a arte e a
cultura moderna com aquela “primitiva” medieval, ou anterior e posterior a ela.
Aquela “primitiva” era bela, cativante, criativa porque nascia de uma vida
autenticamente ancorada em Deus. O patrimônio cultural daquelas épocas nos
encanta, admiramo-lo até hoje. A arte pela própria definição deve ser bela. E
esta beleza é encantadora na antiga arquitetura (realizada sem recursos que
hoje possuímos), na arte, música, cultura pessoal...
E hoje, com o impressionante desenvolvimento geral da humanidade, parece
que a cultura em vez de progredir vai regressando de um modo desordenado.
Regressamos frontalmente, em tudo que se refere a humanidade do homo
sapiens. A arte moderna é muito pobre, em grande parte, para não dizer
vulgar. A “criatividade da arte” moderna não é criativa, mas muitas vezes
consiste em deformação de símbolos, tradições e bom senso humano. As vezes,
esta “arte” é uma expressa profanação do sagrado e dos sentimentos religiosos. É
mais escândalo repugnante do que uma arte. Acho que os exemplos, por serem
numerosos, são dispensáveis.
Para onde se foi a beleza da arte? Da arquitetura, da música? O que está
acontecendo hoje com a cultura do ser humano? Parece que a causa principal
desta decadência é o vazio interior, a morte da alma humana. O coração do homem
moderno tornou-se tremendamente vazio, indiferente e frio. Por isso, as
expressões de tal coração, as obras que produz, são vazias, feias, ofensivas,
sem comunicar a beleza verdadeira. Não comunicam estes valores, porque os seus
íntimos estão vazios ou cheios de feiura.
O materialismo, consumismo, hedonismo e demais “ismos” modernos alienam
o homem, o reduzem ao nível de animal irracional, a quem basta satisfazer os
impulsos e necessidades vegetativas. Homem sem dúvida possui o intelecto, mas
este se trona atrofiado, porque não se empenha a busca da verdade. Não quer
saber que possui em si, um “elemento” imortal, que sobrevive a morte biológica.
Em consequência, o considera inexistente e, portanto, mergulha totalmente no
que consegue ter, sentir, ver... Enquanto isso, uma vida que desconsidera a
verdade caminha em direção da morte.
Como um ser humano civilizado pode concordar que as pessoas paranoicas e
portadoras de graves deficiências de personalidade, determinem o rumo e ritmo
de vida de população inteira? Sejam tais pessoas o que quiserem. Estão livres.
Sejam mesmo “neutras” ou até “inexistentes”! Sintam-se, se o quiserem, mesmo
extraterrestres! Quem impede elas se sentirem assim? Mas, o que tem a ver isso
com na sociedade inteira, com os que querem ser, simplesmente o que são pela
natureza, mulheres e homens? Em nome de que pretende-se impor, a esta grande
maioria da população, as fantasias paranoicas de alguns?
As leis são instituídas para sociedade toda. Devem servir a toda
população, facilitar e promover a sua vida. Mas, não terrorizar! Pois legalizar
quaisquer deviações e a elas submeter nação inteira é uma violência à
liberdade, é um terrorismo. Os indivíduos paranoicos e confusos na sua
identidade humana, não podem impor os seus caprichos e suas fantasias
perturbadas ao mundo inteiro. Não podem terrorizar a sociedade que tem o
direito que viver a vida de família, dentro de padrões e da hierarquia de
valores recebidos dos antepassados ou assumidos como princípios das suas
convicções religiosas.
A curiosidade da gente leva a perguntar como vai se vestir tal criatura
humana ”neutra”? Pois não existe um “vestuário neutro”. Vai usar a roupa
feminina ou masculina? Talvez uma parte de feminina e outra de masculina? Se
for assim, não vai parecer uma caricatura? Bem que, no final de contas, é disso
que se trata. O Inimigo eterno do homem e o Anticristo (é o mesmo) faz de tudo
para deformar o ser humano, degradar, desumanizar e fazer dele uma caricatura
da obra prima de Deus.
A ideologia de gênero é um absurdo. Sejamos inteligentes e com firmeza
digamos NÃO ao Gênero. Manifestemos publicamente a desaprovação e repugnância
ao erro difundido. Ao mesmo tempo, apoiemos a vida em todas as suas fases.
Promovamos a cultura de vida em nossas atitudes e comportamentos. Jesus Cristo
Ressuscitado é a prova e garantia desta vida e da sua vitória final. Aleluia!
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