sábado, 9 de junho de 2018

Cristão. Luz e trevas. Testemunho. Jovens. Liturgia. Sacerdote (II)


Tenham a coragem de ir contra a corrente (tradução) - 2a Parte

Sacerdote – fidelidade a vocação
Queridos irmãos sacerdotes, agora estou endereçando estas palavras,
especialmente para, vocês. O Santíssimo Sacrifício da Santa Missa é um lugar, onde encontrareis a luz para o vosso ministério. O mundo em que vivemos constantemente quer algo de nós.
Constantemente estamos em movimento. Seria muito perigoso se fossemos vistos como assistentes sociais. Neste caso, não poderíamos levar ao mundo da Luz de Deus, mas a nossa própria luz, que não é, a que os homens esperam. Saibamos voltar-nos a Deus durante a celebração litúrgica, concentrada, cheia de respeito, silêncio e imbuída de santidade. Por conta própria, não inventemos nada na liturgia, tudo aceitemos de Deus e da Igreja. Não pretendamos fazer um espetáculo ou sucesso.
A liturgia nos ensina que, ser padre, não significa, acima de tudo, fazer muitas coisas. Significa, permanecer com o Senhor na Cruz. A liturgia é um lugar onde o homem encontra Deus face a face. Neste momento extremo, Deus nos ensina a ser “conformes à imagem do seu Filho, para que este seja o primogênito entre muitos irmãos” (Rm 8,29).
A Liturgia não é, e não pode ser, uma oportunidade para dividir, combater e disputar. Tanto na forma ordinária como na forma extraordinária do Rito Romano, a essência é dirigir-se à Cruz, a Cristo, nosso Oriente, nosso Tudo, nosso único horizonte. Seja na forma ordinária ou extraordinária, sempre saibamos celebrar o Santíssimo Sacrifício, assim como hoje, em conformidade com o que nos ensina o Concílio Vaticano II, com a nobre simplicidade, sem sobrecarga desnecessária, sem uma estética artificial e teatral, mas, com a sensibilidade do sagrado, com zelo, acima de tudo, pela glória de Deus e em verdadeiro espírito dos filhos da Igreja, de hoje e da eterna.
Queridos irmãos sacerdotes, tenham sempre a certeza: o celibato sacerdotal proclama ao mundo a permanência com Cristo na Cruz. A ideia, apresentada mais uma vez, por alguns, de separar o celibato do sacerdócio, através da ordenação dos homens casadas (“viri probati”) - como alegam, por razões de necessidades pastorais, de fato, terá consequências graves - a ruptura definitiva com a Tradição apostólica. Implantaremos o sacerdócio à nossa medida humana, mas não nos perpetuaremos, não prolongaremos o sacerdócio de Cristo, obediente, pobre e casto. O sacerdote não é apenas "alter Christus", é outro Cristo. É verdadeiramente "ipse Christus", o próprio Cristo. E é por isso que, assim como o Cristo e a Igreja, será sempre um sinal de contradição.
Cristo Crucificado leva a liberdade
E a vocês, queridos cristãos leigos, engajados na comunidade humana, quero lhes dizer com poder: não tenham medo. Não tenham medo de levar a este mundo a Luz de Cristo. O vosso primeiro testemunho deve ser a vossa própria vida, vosso próprio exemplo de viver. Não escondam a fonte da vossa esperança. Pelo contrário, anunciem, testemunhem, evangelizem. A Igreja necessita de vocês. Lembrem a todos, que somente o Cristo crucificado revela o autêntico significado da liberdade.
Para vocês, queridos pais, quero dirigir uma mensagem muito especial. Ser pai e mãe de uma família no mundo de hoje é uma aventura difícil, cheia de sofrimentos, obstáculos e preocupações. A Igreja lhes agradece. Sim, agradece pelo generoso dom de si mesmos. Tenham a coragem de criar seus filhos na Luz de Cristo. Às vezes tereis que combater contra a corrente dominante, suportar o escárnio e a zombaria do mundo, mas não estamos aqui para agradar ao mundo. Nós anunciamos a Cristo crucificado, que é um escândalo para os judeus e loucura para os gentios (1Cor 1,23).
Não tenham medo, não desistam. Através da voz dos papas, e especialmente, da encíclica 'Humanae vitae', a Igreja confia-lhes uma missão profética. Testemunhem diante de todos a vossa alegre confiança em Deus, que nos fez guardiões inteligentes da ordem natural. Proclamem aquilo que Jesus nos revelou com a sua vida. Queridos pais e mães de famílias, a Igreja ama vocês. Amem a Igreja. Amem esta vossa Mãe.
Obs. Subtítulos e frases sublinhadas, são as minhas intervenções.

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