domingo, 27 de março de 2011

O cântaro e o poço





O cântaro é útil e até importante. Mas, pode tornar-se um empecilho, se considerado como exclusivo meio para levar a vida. Por maior que fosse, ele sempre será limitado em comparação a fonte de “água viva”. A sede sempre será maior. O cântaro tornar-se-á insuficiente mais cedo ou mais tarde...

A Samaritana encerra uma metáfora da sorte humana. Seguramos teimosamente este minúsculo (o cântaro) crendo que pode dar-nos a vida. Não percebemos que deste modo construímos para si mesmos um luxuoso presídio. Sim, somente um presídio. O cântaro é o símbolo desta limitação...

“Oh, se tu conhecesses o dom de Deus...” (Jo 4,10) que tem o poder de trocar o seu cântaro pela fonte de água viva! Depois do diálogo com Jesus a Samaritana larga o seu cântaro junto ao poço. Ao largá-lo ganhou a alegria de viver e a coragem de enfrentar a realidade da sua vida. Perdeu o medo e a tibieza. Tornou-se alegre comunicadora daquela experiência inédita e transformadora que resultou em largar o seu cântaro e interessar-se por outra água.

Como a Samaritana temos o nosso cântaro. Que tal largá-lo, aceitando a promessa da outra água, “água viva”?

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