sábado, 26 de março de 2011

O poder da misericórdia



Lc 15, 11-32



O filho pródigo exigiu o que teve como seu direito: a liberdade e a felicidade. Mas longe do Pai, estes valores tornaram-se uma contradição: o que era para garantir sucesso levou à destruição. A experiência de perder tudo permite olhar para dentro de si mesmo e entrar no seu interior.

Esta parábola é de alguma forma, a imagem de nossas vidas, de como disperdiçamos a graça de Deus e como nossos ardentes desejos se voltam contra nós. Deus nos dá a chance de retornarmos. E realmente, receberemos o que temos de direito, como herdeiros de Deus: uma festa no céu.

É difícil compreender a lógica da misericórdia. Comumente, ou não se goza d’ela ou se abusa d’ela. Não se recorre a ela contando, mesmo inconscientemente, com os próprios merecimentos. Abusa-se d’ela continuando a pecar, pois “Deus vai me perdoar”.

O Pai encarna a plenitude da misericórdia. Sai ao encontro de ambos perdidos. Do mais novo e do mais velho, que apenas fisicamente estava perto e parecia ser de casa.

A misericórdia é gratuita, mas não é ingênua e irresponsável. Ela requer a conversão. Não elimina, nem diminui o poder destruidor do mal.

Humanamente, a misericórdia pode parecer uma injustiça, pois se volta àqueles que “não merecem”... Mas, é o amor. O mais puro amor.


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