sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Leigo e Liturgia. Amor Encarnado. Sagrada Comunhão.


Lembretes a partir da Instrução sobre o Culto do Mistério Eucarístico “Inaestimabile Donum”

Nas postagens anteriores podíamos ver, o quanto a Sagrada Liturgia é importante na vida da Igreja. É um culto, no espirito e na verdade, anunciado por Jesus (Jo 4,23), querido por Deus. Por esta razão, todo cristão crente, consciente da potestade de Sagrada Liturgia deve, dentro de suas atribuições, contribuir para que ela seja conhecida e amada, em vez de vulgarizada e/ou profanada.
A Igreja nos motiva para tais atitudes, ensinando a verdade. Nos convida a haurirmos a Graça, através da Liturgia, seja ela Eucarística, Sacramental ou Liturgia das Horas. Nenhum outro tipo de oração ou de culto é equiparável ao culto litúrgico.
Na postagem anterior mostramos a preocupação da Igreja, quanto a confusão de papeis, do consagrado e do leigo. A Instrução sobre o Culto do Mistério Eucarístico, “Inaestimabile Donum” volta a esta questão e diz: “Está reservado ao sacerdote, em virtude de sua ordenação, proclamar a Oração Eucarística, a qual por sua própria natureza é o ponto alto de toda a celebração. [...] Por outro lado isso não significa que a assembléia permanece passiva e inerte.
Ela se une ao sacerdote através do silêncio e demonstra a sua participação nos vários momentos de intervenção providenciados para o curso da Oração Eucarística: as respostas no diálogo Prefácio, o Sanctus, a aclamação depois da Consagração, e o Amém final depois do Per Ipsum. O Per Ipsum (Por Cristo, com Cristo, em Cristo) por si mesmo é reservado somente ao sacerdote. Este Amém final deveria ser enfatizado sendo feito cantado, desde que ele é o mais importante de toda a Missa (ID 4).
Portanto, quando um padre ou um bispo, convida para rezar juntos “Por Cristo, com Cristo...” ou a oração pela Paz, antes da Comunhão – você fique calado! Você estará diante de uma criatura ignorante ou rebelde que, conforme ouvimos na postagem anterior, falsifica a Liturgia Católica.
Gostaria de abordar, ainda, a maneira de como deve se receber a Sagrada Comunhão Eucarística, já que nota-se certa insegurança, em virtude das “criatividades espontâneas”. Então, a “Inaestimabile Donum” diz assim: “A Igreja sempre pediu dos fiéis, respeito e reverência pela Eucaristia no momento de recebê-la. No que diz respeito à maneira de ir para a Comunhão, o fiel pode recebê-la de ambos os modos; ajoelhando-se ou ficando de pé, de acordo com as normas estabelecidas pela conferência episcopal: Quando o fiel comunga ajoelhado, nenhum outro sinal de reverência pelo Santíssimo Sacramento é requerido, uma vez que ajoelhar é por si só um sinal de adoração. Quando se recebe a Comunhão estando em pé, é rigidamente recomendado que, ao vir em procissão, faça-se um sinal de reverência antes de receber o Sacramento. Isto pode ser feito no exato momento e lugar, de forma que a ordem das pessoas que vêm e voltam da Comunhão não fique interrompida (Instr. Eucharisticum mysterium, 34; Institutio generalis Missalis Romani, 244; 246; 247).
O Amém dito pelo fiel ao receber a Comunhão é um ato que expressa a sua fé pessoal na presença de Cristo (ID 11).

Se faz jus, acentuar que ao receber a Sagrada Comunhão, o comungante deve-se concentrar n`Aquele que acabou de receber. Por isso, não seja desviada a sua atenção para qualquer coisa, por mais importante que parecesse. O mais apropriado seja um momento de recolhimento, expressado de acordo com a própria piedade e criatividade. O documento da Santa Sé, a “Inaestimabile Donum” acentua esta importância, dizendo: “Aos fiéis, recomenda-se que não se omitam em fazer uma apropriada ação de graças depois da Comunhão. Eles podem fazê-lo durante a celebração com um período de silêncio, com um hino, salmo ou outra canção de louvor. Ou também depois da celebração, se possível permanecendo em oração por um considerável espaço de tempo” (ID 17).
Para encerrar as reflexões que proporciona a Instrução sobre o Culto do Mistério Eucarístico, “Inaestimabile Donum”, assinada pelo Papa João Paulo II, lembremos as palavras do seu antecessor, Paulo VI. Ao promulgar os Documentos do Concílio Vaticano II, ele disse: “É algo muito sério, quando a divisão é introduzida precisamente onde congregavit nos in unum Christi amor, na Liturgia e no Sacrifício Eucarístico, através da recusa em obedecer às normas estabelecidas na esfera litúrgica. É em nome da tradição, pedimos a todos nossos filhos e filhas, à todas as comunidades católicas, que celebrem com dignidade e fervor a Liturgia renovada” (Alocução consistorial, 24/05/1976).
Eu, Irmão Menor, imitando o Pai são Francisco, peço a todos, os que lerem estas palavras, a amarem Santíssima Eucaristia e a defenderem de todos os perigos de negligência ou profanação, porque, Ela é o verdadeiro Mistério do Amor Encarnado...


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