Certa vez a Madre Tereza de
Calcutá, foi surpreendida pela pergunta de um dos jornalistas, que queria saber
o que ela sentia, ao ser aclamada santa. A Madre, hoje já canonizada,
respondeu: “A
santidade não é um luxo, é uma necessidade”.
A
solenidade de Todos os Santos, que hoje celebramos, é Festa da Igreja
Peregrina, da Padecente e a da Triunfante. É a Comunhão dos santos, celebrada e
vivenciada, como louvor ao Deus Misericordioso e como estímulo para os
batizados, a seguirem o caminho da santidade. É a Deus que louvamos e adoramos
na santidade das criaturas humanas, que abriram as suas vidas ao Amor
Misericordioso, que como em Virgem Maria, fez neles “grandes coisas” (Lc 1,49). Ele, exclusivamente, é a
fonte de toda a santidade. A santidade é o maior desejo de Deus para o homem e
um dom, gratuito e generoso. “Esta é a vontade de Deus, a vossa santificação”
(1Tes 4,3).
Na “imensa multidão de gente de todas
as nações, tribos e línguas, que ninguém podia contar” (Ap 7,9) homenageamos hoje os santos
incógnitos, homens e mulheres, casados e solteiros, leigos e consagrados, “que vieram da grande tribulação e
alvejaram as suas roupas no sangue do Cordeiro” (Ap 7,14b)
O ser humano precisa desejar a santidade, para
recebe-la. Precisa querer ser como Deus é, porque é Seu filho adotivo e a vida
diferente da de Deus é incompatível com a dignidade de Seu filho (1Jo 3,1-3).
Igualmente se dá com a oração. Só consegue rezar, ou seja, entrar em relação
amigável com Deus, quem O deseja sinceramente.
Se alguém
deseja a santidade é guiado pelo Espírito de Deus para seguir o caminho que
percorreu Jesus Cristo. O caminho de Filho. Caminho marcado pela força do
Espírito Santo, mas também pela cruz. A cruz é inseparável do caminho da
santidade e consiste, sobretudo, em renunciar os bens da vida temporal, para
alcançar os bens, onde “o
ladrão não rouba e a traça não corrói” (Mt
6,19).
Entre as bem-aventuranças, o
caminho da santidade proposto por Jesus, a primeira é: “Bem-aventurados os pobres em
espírito, porque deles é o Reino dos Céus” (Mt 5,3). Trata-se de tornar-se
“pobre” voluntariamente, como Jesus (Flp 2,5-8). Entregar tudo, para buscar em
primeiro lugar o Reino do Céu (cf. Mt 6,33) e amar a Deus sobre todas as coisas
(o Primeiro Mandamento do Decálogo). “Entregar
tudo” significa não deixar
para si nenhuma “ponte”, nenhuma segurança humana, como o fizeram Ananias e
Safira (At 5,1-11). Nisto consiste a pobreza espiritual, que se abandona à
Providência de Deus e deixa guiar pelo Seu Espírito.
“Sede santos porque Eu sou santo” (1Pd 1,16-26) é um programa de vida e um
lembrete, que pode ajudar viver a vida presente com gosto, em paz e na
liberdade, recordado que somos peregrinos nesta terra e cidadãos do céu (Flp
3,20-21). Portanto, tudo que somos e que fazemos, deve nos ajudar a seguir o
caminho que leva ao céu.
Neste dia de Todos os Santos,
gostaria de me congratular com todos os que desejam ser santos e se esforçam
para permanecer no seguimento de Jesus Cristo, apesar das suas fraquezas. A
todos vocês: Feliz o Dia de
Todos os Santos!
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