Querendo definir, pode sie dizer que, o Ano Litúrgico é um
modo de cronometrar, ou melhor, viver o tempo, que se divide em distintos períodos
(Tempos Litúrgicos). Distintos, quanto ao tempo de duração, e quanto ao caráter
específico de cada um. O Ano Litúrgico divide-se em seguintes Tempos (só para lembrar, porque, anteriormente já o
fizemos): Advento, Natal, Tempo Comum (breve), Quaresma, Páscoa, Tempo
Comum (até o fim de Ano, que é a Solenidade de Jesus Cristo Rei do Universo). O
mais extenso é o Tempo Comum, como que fosse o cotidiano da vida, em que os
cristãos vivenciam aqueles grande Mistérios celebrados.
O objetivo do Ano Litúrgico, é viver na presença de Deus, o
que proporciona a sintonia do crente com a dinâmica própria de cada Tempo
Litúrgico. Pretende-se vivenciar o Seu Amor nos Mistérios celebrados e, assim, “assimilar”
a vida eterna, a salvação, recebida gratuitamente do Filho de Deus feito Homem.
Sem dificuldade pode-se notar, pela comparação, que a
dinâmica e o objetivo do Ano Civil, são diferentes. Enquanto a Ano Litúrgico “celebra”
os Mistérios da fé, fazendo os reais e eficazes, o Ano Civil “comemora” os acontecimentos
do passado e, também, os do tempo corrente.
Assim, com razão, pode-se dizer, que o Ano Litúrgico, ao contemplar
e celebrar os mistérios da salvação, comunica a vida, constrói a
comunhão fraterna entre as pessoas, suscita e alimenta esperança num
“amanhã” melhor. Motiva e contribui para o bem da realidade temporal, em que a
Igreja se encontra neste momento.
O Ano Litúrgico não nos prende ao passado, por mais glorioso
que fosse (as memórias dos santos, também é para a inspiração e interpretação atual). Não alimenta sentimentalismo pelos
acontecimentos passados. Não é um saudosismo que pode anestesiar a iniciativa e
criatividade.
A vivência do Ano Litúrgico, nos motiva para a ação, para iniciativa,
para abertura e vigilância, em vista da “visita” de Deus que “há de vir” e, que
já está no meio de nós, vindo ao nosso encontro incessantemente com Seu Amor,
Sua Misericórdia e com a plenitude de Vida, que é comunhão com Ele. Deus nos “visita”
para ficar, para fazer parte da nossa vida, Aguardando, como sempre, a nossa
decisão, resposta... (Lc 1,26-38).
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